segunda-feira, 28 de julho de 2014

"Filmes de mulher mal comida" WHAT???



       Recentemente após a estréia de A culpa é das estrelas (He we GO again) prometo que este será o ultimo post sobre o filme, tive o desprazer de ler uma postagem grosseira no facebook. Uma amiga compartilhou um link em que um “cavalheiro” por assim dizer, estragava o final do filme em questão e ainda chamou as meninas que o assistiram de “mal comidas” e que o filme era “filme de mulher mal comida” Sério que existe preconceito cinematográfico? Parece que sim. 
        E essa não foi a primeira vez que ouvi essa triste expressão. Anteriormente foi na sessão de Amanhecer parte 2 da saga Crepúsculo. Muitos comentários maldosos por parte dos meninos pipocaram na época da saga, mas este foi o mais pejorativo. Falar dos defeitos de um filme é completamente aceitável afinal cada pessoa tem uma visão diferente a respeito de uma obra, mas daí chegar ao ponto de ofender seus telespectadores é muita canastrice. Mais canastrice do que o elenco inteiro de crepúsculo junto.                    Infelizmente é o que acontece. Enquanto nós meninas quando somos questionadas sobre um filme de “brucutus” daqueles com caras grandões que batem,socam, atiram, manobram carros tonados e etc... simplesmente respondemos “não gosto muito desse gênero” (cada uma com suas palavras e tom de voz) e nem assim chegamos a ignorância. É claro que existem meninas que AMAM esse tipo de filme e aplaudo essas girl powers porque olha...nem que eu tivesse testículos...Contudo nós que somos a maioria e que gostamos dos gêneros de “esquerda” somos ridicularizadas nas redes sociais. Os filmes de “mulher mal comida” na comunidade do cinema são chamados de “filme água com açúcar”, ou melhor, “filmes de mulherzinha” (nesta categoria também se enquadra os chamados chick flicks) que são aqueles em que o casal perfeitos um pro outro se conhecem, se apaixonam, brigam, mas no final ficam juntos. Mas neste meio termo muita coisa acontece e geralmente proporcionam as melhores cenas. Mas é claro que não existe uma regra. A culpa é das estrelas é um exemplo, o final não foi nada parecido com o que descrevi acima. Foi doloroso e as lagrimas desceram e essas lagrimas também são características dos filmes água com açúcar. Alguns exemplos desse tipo de filme: 

Diario de uma paixão (Rachel macadans é a rainha do gênero) 
Sintonia do amor 
Como perder um homem em dez dias
 Chocolate
 Só você
 Casamento grego
 Para sempre (lá vem a Rachel again)
 O guarda- costas
 Ghost – do outro lado da vida
 Dirty dancing – ritmo quente
 Uma linda mulher 
Querido John

       

       Enfim... A lista é infinita. E esses são os filmes que os meninos odeiam. Filmes sensíveis, com ótimas historias e (alguns) com uma grande lição de vida. É realmente lastimável que os garotos dessa geração não possam ser amáveis e admiráveis como os homens desses filmes. Tantas meninas que merecem um Gus, um Edward cullen, um Noah mas preferem se contentar com pouco. But easy girls...ainda há esperanças. Enquanto os adeptos dos “brucutus” estavam nos xingando pelas redes sociais (e criticando pessoalmente, graças a Deus o MEU não) aqueles que têm capacidade de arrumar uma namorada estavam ao lado delas no cinema. Segurando a mão, emprestando o ombro, enxugando o rosto e mesmo que não gostou do filme a noite eles tiveram sua recompensa. E os machões? Estavam na companhia de um lençinho de papel. Quem não tem sexo agora hein?

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A Culpa é das estrelas okay? okay!


        Foi quase um ano de espera. E há cada escalação de elenco, fotos e trailer que iam saindo a empolgação dos fãs foram aumentando a cada dia mais. E como fã da obra de John Green posso dizer que fiquei bastante satisfeita com o resultado final.
       Se você é fã e ainda não viu o filme (what's wrong with you?) relaxa, porque todas as cenas que você gostaria que estivessem, estão lá. E exatamente da forma que imaginamos. Só senti falta de algumas que são bobas e dispensáveis. Mas mesmo assim gostaria de de tê-las visto. Como a da garotinha experimentando a cânula da Hazel no shopping (que por sinal teria o John Green mas foi cortada da edição final) e a dos pais brigando com Gus por ir a Amsterdam. Também gostaria que alguns personagens do livro desses as caras, como a amiga de Hazel e a ex de Gus (Que mesmo morta poderia aparecer em flashbacks) mas sei que se tudo fosse incluído, esse filme teria mais coisas em comum com Titanic do que só as lágrimas. Teria umas quatro horas de duração. o que realmente não seria um problema para mim.
       O lado ruim de um filme ser completamente fiel ao livro é que não há surpresas. Não houve momentos ou falas que me surpreendessem. O que foi meio incomodo mas nada que boas atuações, uma boa trilha sonora e algumas risadas obvias não curassem.
       Para aqueles que não conhecem a historia esse filme é uma bela surpresa e possui uma grande reviravolta que nos faz nadar em rios de lagrimas.
Há quem diga que este é o tipico filme adolescente criado para fazer chorar e comover plateias. E que esta foi a formula para chamar o publico, eu discordo, quem vai para o cinema com a intensão de chorar? fomos ao cinema com a intenção de ver uma historia de amor que mesmo com itens clichês supera todos os maneirismos e passa por cima das coisas obvias.
        Esta não é aquela historia sobre o casal que apesar de um deles estar muito doente eles ultrapassam isso com o poder do amor e a pessoa doente se cura e são felizes para sempre. Aqui não há aquela morbidez e aquele pessimismo tipico dos filmes sobre doentes. pelo contrario. Dessa vez vemos protagonistas e coadjuvantes (Isaac) conformados e que fazem piada com seu estado de saúde, com suas tristezas e até com a morte.


       Contudo, alem do sarcasmo de A culpa é das estrelas ainda há aquele desejo subliminar de ultrapassar as barreiras da doença e lutar pela vida. Ele possui aquele áurea de filme romântico da antiga sessão da tarde que nos arrebata e nos faz chorar até começar a novela. Filmes como Meu primeiro amor.
       Fico muito feliz pelo filme ter encontrado publico alem dos leitores. muitos puderam conhecer a linda love story de Hazel e Gus, muito bem interpretados por Shailene e Ansel. Ela é ótima e todo mundo já sabia e ele se encaixa perfeitamente no perfil de um cara charmoso e conquistador. Gus Waters é um príncipe contemporâneo. E é mais um daqueles personagens que você sabe que não existe na vida real mas mesmo assim você insiste em esperar por ele. A culpa é das estrelas foi um belo presente pra todos nós e foi um sinal esperançoso de que no futuro nossos livros preferidos sejam retratados de forma tão fiel como foi este.