Velozes e furiosos é quase uma franquia dividida em duas partes. Os primeiros filmes eram basicamente sobre as corridas de ruas e a inserção de Brian O’conner neste mundo clandestino, por que até então no primeiro filme ele era um policial infiltrado na gangue veloz e furiosa de Dominic Toretto. Após a derrapada que foi Velozes e furiosos – desafio em Tóquio, os filmes começaram a ter enredos diferentes. As corridas ficaram em segundo plano e agora eles tinham em mãos roteiros diferentes para explorar. Nada brilhante, apenas a velha perseguição de sempre contra o grupo de ladrões. Eram vilões contra anti-heróis, que sempre tem um plano em mãos onde os carros tonados são a atração principal, as corridas estão lá, só não são as protagonistas e isso foi um pontapé inicial para que a os filmes tivessem grandes bilheterias e arrebatasse fãs fiéis pelo mundo todo. Eles deram uma turbinada na trama, nas cenas de ação e deu uma base para tudo, a tal “família” que eles tanto enfatizam.
Chegamos ao sétimo filme com todos os
integrantes oficiais da trupe. Dominic (Vin diesel) o boss, Letty (Michelle
rodrigues) a mulher mais cheia de testosterona de toda e qualquer franquia,
Brian (Paul walker) que graças a seu trágico acidente não terminou o filme, Mia
Toretto (Jordana Brewster) a esposa de Brian, Roman pearce (Tyrese Gibson) o
Piadista, Tej (Ludacris) o nerd e com a volta de Luke hobbs (Dwayne Johnson,
que pra mim vai ser pra sempre The rock) e novos rostos conhecidos de outros
filmes onde interpretaram durões, como o Jason statham, o Kurt russell e Djimon
Hounsou.
Todos estão de volta para enfrentar mais
perseguições, dessa vez por parte do personagem de Statham que pretende vingar
a morte do irmão no filme anterior interpretado por Luke evans. Este capitulo é
melhor em alguns aspectos, apesar da premissa repetitiva ele amarra as pontas
soltas dos filmes anteriores, ele segue uma linha e até quem não viu os outros
consegue entender o que se passa. Ele volta no filme anterior, dá marcha ré no
de Tóquio e volta para o filme atual. Você não se perde e não se culpa por não
se lembrar dos outros filmes você apenas se delicia com as cenas de luta, o
mano a mano que acontece são os melhores, tanto o do Dwayne vs statham quanto o
da Michelle enfrentando Ronda Rousey, uma lutadora parruda que parece
recém-saída do ring de MMA. Outro ponto positivo foi a homenagem ao Paul walker
que além de merecida e necessária também foi na medida certa. Sem exagerar e
sem se conter muito. É claro que o sentimento de melancolia é presente por todo
filme até por que você já sabe o que está por vir e quando toca See you again
do Whiz khalifa é o momento certo para se entregar a emoção. Os fãs certamente
devem ficar emocionados.
Saindo das partes emocionantes
e falando das partes técnicas, Velozes 7 poderia ter se policiado em alguns
aspectos. Enquanto nos outros eles tinham um destino especifico, nesse eles
pulam de lugar em lugar, podendo confundir, eles vão de Tóquio a Los Angeles,
dando uma parada no Oriente médio da ostentação. É lá que se mostra provavelmente
o carro mais sensacional de todos os filmes e o que eles fazem com ele?
Destroem! Além de fazê-lo voar pelos prédios luxuosos das arábias. Neste eles
aderiram a ideia de ter carros voadores, pois em outra cena eles saltam de
paraquedas com os carrões. Não posso criticar as cenas absurdas de ação do
filme até por que elas são a atração principal, além das mulheres com a bunda
de fora sob as saias minúsculas, dessa vez em closes 3D pra felicidade dos
marmanjos, além da Michelle toda trabalhada no vestido chique vermelho
mostrando as curvas (e nem assim ela fica feminina) mas voltando as cenas de
ação...elas se tornam cansativas quando se tem 2 hrs e 40 minutos de filme.
Este é o mais longo da franquia e muitos botaram a culpa na homenagem ao paul,
que por sinal não dura nem 20 minutos. Não há razão para se estender um filme
pobre de história como velozes, as cenas de perseguição e combate são boas, mas
caem no tédio quando são longas demais. O elenco é mais do mesmo no quesito
atuação, nada de excecional como sempre, o próprio paul parece estar no piloto
automático, mesmo mostrando sua nova faceta de pai e dirigindo uma minivan,
algo mais clichê do que as falas mal desenvolvidas de Toretto. Bordões que não
impactam e causam certa vergonha alheia (mais do que o próprio Vin diesel
cantando nas entrevistas)
Velozes e furiosos não foi feito para
que analisemos profundamente. É mais um filme para se divertir e não levar a
sério. Dar uma pausa dos filmes mais complexos. Este é um capitulo a parte pois
trata mais da morte de seu protagonista. A todo momento se vê uma discreta
homenagem, mesmo antes da morte dele, parecia um pressagio. A cena no
cemitério, o telefonema com Mia, tudo muito impressionante de ver depois do
acontecido. As cenas com os irmãos de Paul não são tão perceptíveis, a que ele
é substituído por uma versão vídeo game dele é mais na cara do que a com seus
irmãos. Talvez pela semelhança entre eles. Porém dá para sentir falta do ator
no momento certo de sua saída que foi bem para o final do filme. Ainda hoje é
irônico lembrar que Paul morreu fazendo o mesmo que faz em velozes. E triste
também saber que esta é a última vez que o veremos no cinema.
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