sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Review 2° temporada de Stranger Things


          Talvez essa tenha sido a série mais aguardada do ano. Depois de uma primeira temporada estrondosa, o publico queria saber o que aconteceria com Will e seus amigos enfrentando os monstros do mundo invertido. O medo da queda na qualidade da série era enorme, mas a surpresa ao assistir e constatar que ela continua tão boa quanto à temporada anterior (talvez até melhor) foi um alivio e tanto.
                A 2° temporada se passa um ano depois da primeira e Will ainda precisa lidar com o monstro que está dentro dele, o fazendo ter visões do mundo invertido, em paralelo a isso novas criaturas desse mundo aparecem e eles precisam derrota-las.
                  Sabemos que a 1° temporada fez sucesso muito sorrateiramente, aos poucos ela foi conquistando cada vez mais as pessoas, principalmente aqueles apaixonados pelos anos 80 e pelas referências cinematográficas daquela época, por conta disso ela me conquistou desde o primeiro trailer, pois sou apaixonada por ET, Goonies, Conta comigo e todos esses filmes que marcaram essa década, ter a Winona Ryder aumentou ainda mais o meu interesse, afinal, cresci assistindo aos filmes mais famosos dela como Edward mãos de tesoura e Os fantasmas se divertem. Por isso quando saiu o trailer da 2° temporada minha hype aumentou exponencialmente. Colocar Thriller do Michael Jackson, outra paixão da minha vida, foi golpe baixo, não tinha como a temporada ser ruim, pelo menos assim esperávamos.
               Ainda bem que ela foi ótima. E foi ótimo reencontrar aquela cidade e seus habitantes que tanto amamos. Ver as crianças juntas, dessa vez com Will, foi melhor ainda. E pudemos conhecer mais de Will, já que na outra temporada ele aparece só no começo, no final, e em flashbacks. Foi legal ver a interação dele com Mike, Lucas e Dustin.
              Voltando ao trailer, há uma cena em particular de Will e Joyce que antecipava que Noah seria a grande estrela dessa temporada e ele realmente foi, o menino é incrível. Finn (Mike), Gaten (Dustin) e Caleb (Lucas) continuam tão bons quanto na primeira temporada. Principalmente Gaten que está mais divertido do que nunca, com seus rosnados de leão e seu gosto estranho para bichinhos de estimação. A nova adição ao time é Sadie Sink como a Max (mad Max, melhor apelido ever) uma menina que anda de skate, é ótima com vídeo games e que é rejeitada por Mike, que não aceita outra menina no grupo que não seja a Eleven, fazendo a mesma coisa que Dustin e Lucas fizeram com a Eleven na primeira. A atriz é bem talentosa (sério, onde eles acham essas crianças tão boas?) e mesmo sendo um estereotipo da menina rebelde, consegue quebrar o preconceito de que meninas tem que fazer coisas de meninas, quando na verdade meninas podem fazer o que quiser.


                Millie Bobby Brown continua ótima, mas não se destaca tanto quanto na primeira. Ela tenta buscar respostas do passado e um episódio inteiro é dedicado a isso, sabemos que é algo importante e faz parte da construção da personagem para as próximas temporadas e da sua descoberta, mas nem por isso o episódio consegue ser interessante, ele parece ser completamente desnecessário, a coisa boa é que uma nova personagem orienta Eleven na magnitude de seus poderes e os aumenta e a faz lidar com seu passado, mas mesmo assim Eleven punk, really? 
                 Do elenco adolescente o maior destaque dessa temporada é sem duvidas Steve (Joe Keery) que na primeira só era o namorado chato e valentão da Nancy, mas aqui adquire vida própria e consegue ser independente dela, se tornando uma espécie de babá guerreira das crianças. A internet toda está venerando o personagem, sua remissão e seus bons momentos (principalmente como mentor de Dustin, que virou seu padwan) trazem justiça à esse amor todo que estão tendo pelo personagem. Em contrapartida Nancy (Natalia Dyer) e Jonathan (Charlie Heaton) se unem para resolver coisas que não soam tão importantes (mesmo sendo). O romance também não convence muito, está difícil formar um casal nesse núcleo teen, os das crianças dominam. Uma coisa legal de Nancy é que ela continua badass e o final há uma cena dela com o Dustin que foi realmente fofo.
          Winona está melhor ainda dessa vez, sem exageros e mais natural em sua personagem, ela volta e mostra mais uma vez que é uma das melhores mães da atualidade. David Harbour voltou melhor ainda como Jim Hopper, com suas características de cara durão, mas mostrando um lado mais sensível e paterno.
                  Além de Max, as outras adições foram seu meio irmão Billy (Dacre Montogomery, do filme Power Rangers) como o bully que diferente de Steve na temporada anterior parece não ter lado bom nenhum, ele é genuinamente malvado, tanto com sua irmã, madrasta e com as outras pessoas. Em um dos episódios entendemos porque ele é assim. E temos também Bob vivido pelo Sean Austin de O senhor dos anéis e Goonies, que interpreta o namorado da Joyce e se junta à Winona ao elenco perfeitamente escalado graças aos seus papeis icônicos do passado. Temos também Paul Reiser que vive um médico que ajuda Will e inicialmente parece ser o novo Papa, mas não é bem isso.
                   A 2° temporada de Stranger Things mostra porque ela é hoje um dos produtos mais queridos e importantes da cultura pop atual, ela cresceu ainda mais (assim como seu monstro das sombras) e nos salda com coisas já vistas como uma trilha sonora maravilhosa, ambientação oitentista perfeita e referências as coisas mais importantes dos anos 80 (a homenagem aos caça fantasmas foi incrível e totalmente adequada a série) e trás as novidades do universo estar mais grandioso, os efeitos especiais mais aprimorados, adições ao elenco escolhidas a dedo (assim como foi com o elenco original) e uma divisão do elenco em duplas totalmente compatíveis para o crescimento dos personagens, como Eleven e Hooper, Mike e Will, Steve e Dustin, Lucas e Max e etc... Stranger Things é sim uma das coisas mais sensacionais e nostálgicas que temos hoje em dia.  

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