sábado, 27 de junho de 2015

Review Jurassic World


       O parque está aberto novamente... (contrariando qualquer improbabilidade de como isso foi possível, já que os animais estavam vivendo na ilha livremente e sem explicações eles os agruparam para servir como atração) mas Jurassic Park nunca foi movido pela lógica. Até as explicações mais detalhadas dos filmes anteriores desproviam de sentido. Afinal se pudesse extrair DNA de dinossauros através dos mosquitos que sugaram seu sangue, vocês não acham que um desses gênios, playboys, filantropos (sai de mim Marvel) japoneses, chineses, coreanos, whatever, (que roubam nossas vagas nas universidades e empresas) não teriam revivido esses seres extintos? A anos atrás um dos gênios de olhinhos puxados até sonhou com a possibilidade de criar um parque como o Jurassic, mas é claro que a ideia flopou.
Contudo o publico desses filmes não está interessado nas teorias, reais ou falsas, eles estão interessados em ver dinossauros enormes apavorando as pessoas e tendo momentos “Thug life” e este último Jurassic Word é fiel a esse publico.
       O parque é reaberto e está completamente diferente do anterior. Agora a tecnologia é de ponta e as atrações são gigantescas. Há dinossauros em holograma no hall principal e dinos de verdade por todo o parque, encarcerados e domesticados. Cada parte do parque é uma copia descarada de atrações normais que vemos nesses parques famosos como Disney, sea world, museus, esses safáris motorizados e até Beto carreiro se bobear. As crianças pequenas montam em filhotinhos de Tricerátopos como se fossem pôneis, abraçam os pequenos pescoçudos Braquiossauros (que são uma graça) fazem passeios por toda a extensão do parque dentro de uma esfera, assistem o T-Rex devorar coisas através de um vidro e são encharcados por um dinossauro aquático, o Mosassauro, que lembra aquelas baleias orcas fazendo show. (Inclusive no final este Dino deixa de ser apenas uma atração e tem um momento épico) mas ainda há o que virá a ser a maior atração do parque. Uma raça pior do que o T-Rex criada no laboratório. Só podia dá merda. Como o próprio protagonista diz eles já têm dinossauros, isso já não é atrativo suficiente?

E por falar nele, temos como o Alan da nossa geração, Chris pratt (Guardiões da galáxia, nem precisava dar referência pois ele está tão em alta que todos já o conhecem) ex fuzileiro da marinha que trabalha como domador dos velociraptor. Nas mãos dele uma das raças prestóricas mais inteligentes vira cãozinho adestrado (ou quase isso, como um cão raivoso eles também tem seus momentos) 


       Pratt deixou de ser o gordinho da tv para ser protagonista dos filmes de herói e aventura. Assim como em guardiões ele está muito bem, só que dessa vez mais contido e menos dançante. Ele até tem uma piadinha ou outra, mas na maioria das cenas ele interpreta o cara sério e sarado. E convence como tal mesmo que em certos momentos você fique esperando que ele fale algo engraçado ou faça algo desastroso. Os estúdios podem confiar nele, pois além de ser um bom ator também é carismático e com isso atrai o público. A única coisa que incomoda é a falta de química com Bryce Dallas Howard, porem ela também se saiu bem como heroína de ação. Começou como uma mulher obcecada por trabalho e uma tia relapsa que mal sabe a idade dos sobrinhos, mas depois virou uma heroína de vídeo game que corre de salto alto. Dos sobrinhos o único rosto conhecido é Ty Simpkins que atuou em homem de ferro 3 e volta neste interpretando o mesmo personagem de Iron Man, o menino engraçado, carente e inteligente. Obviamente o alivio cômico do filme, juntamente com Jake Johnson (o Nick de new girl, que começou com piadas fracas, mas depois foi melhorando até ter uma cena de gargalhar no final) O outro irmão interpretado por Nick Robinson, é apenas o rostinho bonito que fica de olho nas menininhas, tipo um garoto normal e nada de excepcional. Vicente D’Onofrio é o bad guy, porém muito mais bonzinho e inofensivo do que o fisk de O Demolidor. Apesar de entregar uma boa interpretação, ela é apagada e nenhum pouco temerosa pois ele parece apenas uma justificativa para se ter um vilão, quando na verdade o verdadeiro vilão é o Indominus Rex, o dinossauro hibrido.
       Uma das possíveis razões do sucesso desse novo capitulo se dá é claro pela retomada da franquia de sucesso e a tentativa (bem-sucedida) de conquistar um novo público, por isso tantos elementos tecnológicos no parque, eles se adaptaram a esse mundo e evoluíram com ele. E também o êxito desse filme se dá pela semelhança com o 1° filme, aquele que é indiscutivelmente o melhor filme da franquia. O personagem de Chris Pratt já citado tão parecido com o de Sam Neill, o de Bryce que não é tão idêntico ao de Laura Dern mas tem lá suas semelhanças, como o fato de não serem tão maternais e serem independentes, Bryce fica mais Ellie da metade para o final, onde fica mais durona e protetora com as crianças e por falar nelas aqui temos também duas crianças com parentesco com alguém importante do parque e que tem uma das melhores cenas de ação misturada a comédia. Aquela cena divertida e agoniante da trama sempre fica a cargo das crianças. O dono que é fascinado pelo parque, mas ao mesmo tempo defeca para os perigos dele, no primeiro foi o velhinho John, nesse é o indiano que também gosta de objetos voadores. Até o personagem de Vicente parece com alguém do 1° filme, aquele gordinho que assim como o personagem de Vicente tentou roubar os embriões, mas se deu mal, o gordinho morreu no carro pelo dinossauro que solta uma gosma preta venenosa (que eu comparava com a Fran da família dinossauro quando eu era criança)


       Jurassic world não é o melhor filme do ano (dos exibidos até agora) mas um dos melhores da temporada, tem lá suas falhas, (ainda não engoli o fato de velociraptors serem domados) e mesmices, não se arriscou em muita coisa mas trouxe conceitos repetidos que deram certo, como o dinossauro hibrido (Um ser produzido em laboratório que acaba se tornando vilão, quantas vezes você viu isso?) Que acabou ficando show. [spoiler] um dino que se camufla e finge a temperatura do corpo é extraordinário. Inclusive as cenas em que se descobre tais habilidades são incríveis e reboota a aquela tensão tão presente no primeiro filme. Os efeitos especiais estão ótimos, como era de se imaginar, a impressão é que poucas vezes se usa os animatronics. O filme pode ter decepcionado muita gente, já que dividiu a crítica, o povo queria algo que superasse o 1° mas isso seria pedir demais, o fator surpresa: dinossauros sensacionais já foi superado a 22 anos, aceitem! Nem por isso deixa de ser uma ótima diversão e um filme espetacular para os pequenos, tinha um menininho na minha fileira que não conseguia sentar encostado, ele ficava sentado na ponta com os bracinhos na cadeira a frente de boca aperta, foi lindo de ver e saber que um dia fiquei perplexa e maravilhada da mesma forma. Jurassic world é um filme pipoca para curtir e relembrar, só isso já paga quantos ingressos forem possíveis. O T-Rex não foi a estrela principal como nos primeiros, mas eles deram um jeito de destacar sua figura novamente e foi lindo, a figura antes temida agora é elevada ao herói como se a última cena do 1° filme tivesse se estendido nesse. Não é o melhor filme da trilogia (de quatro rs) mas é bem melhor que o segundo e o terceiro juntos, só não foi melhor pois não teve Steven Spielberg na direção, só ele consegue dar o tom de desespero mesclado a diversão na medida certa, o novo diretor John não inovou em suas técnicas e só tentou segui-lo mas mestre é mestre e ninguém faz igual a ele.

Game of Thrones: Season Finale e motivos pelos quais não desisti da série


       Há quem tema os penúltimos episódios de Game of thrones, eu também temia. Mas depois dessa season finale os últimos episódios serão como white walkers para mim. O tão temido 5x10 chegou e veio trazendo os velhos elementos de Got que já conhecemos: Mortes sofridas, personagens em seus momentos like a boss e pontas soltas que amamos odiar e que nos fazem esperar pela próxima temporada. 10 episódios são poucos para o coração de um fã...
Spoiler... (ou não mais)

       Somos todas viúvas de Jon snow! Um dos personagens mais queridos e amados morreu nesse fim de temporada. Para os que leram os livros não foi nenhuma surpresa mas para aqueles que como eu ainda não parou de viver para ler as milhares de paginas das crônicas de gelo e fogo foi um baita choque. Desde a primeira temporada, com a morte de Ned (que nem eu e você superamos até hoje) fomos levados a praticar a lei do desapego pois uma hora ou outra o autor matará o personagem que gostamos, mas é tão difícil levar a pratica isso. Até por que nunca que eu imaginaria que João das neves nessa versão tão engajada, tão heroica e tão...Ned Stark poderia ir à falência por múltiplas facadas de seus “companheiros” de patrulha. (Inclusive o pivete que eu nunca fui com a cara) o nono episódio fez todos torcerem por mais momentos épicos de Jon. Ele ia combater os White walkers com toda sua virilidade e sangue no olho, pois bem, ele IA! Eu tenho que admitir que ele não era um dos meus preferidos, não aderi a modinha Snow, não ficava enlouquecida como todas as meninas e meninos por ele. Mas a 5° temporada começou a me fazer aprecia-lo, ele não era mais aquele menino inocente que não sabia de nada, ele estava virando um verdadeiro Stark e mata-lo foi cruel. Há muitas teorias da sua volta pipocando pela internet (ghost?) Veremos... apesar de não ser a mesma coisa. Sentirei falta do Kit na série e sua bela figura.



       Os momentos Like a boss (isso se essa expressão ainda é usada) ficaram a cargo de Brienne e Arya. Brienne possivelmente vingou seu amado (olha uma ponta solta ai) e Arya acabou com o primeiro daquela lista que ela ficava repetindo de forma chata. Confesso que achei a cena de assassinato da Arya bem pesada. Talvez pela idade da atriz e sendo uma cena tão forte...até para Got. Foi chocante, mas enquanto não estava chocada eu estava vibrando, pois foi um momento de redenção da personagem, ali percebemos o quanto ela cresceu. O Pokémon parou de varrer e evoluiu. Ela é com certeza uma das mais queridas e que terá um final bem trágico...como George R.R Martin gosta!
As pontas soltas ficaram a cargo de Sansa e Theon, as próprias mortes já citadas, o cavaleiro que surgiu na cena com a Cersei mas nem deu tempo de se especular e etc.. Foi um final grandioso, como todos os finais da série e por esses momentos que eu não desisto dela.
       Demorei para começar a assistir a série, comecei a primeira temporada este ano e consegui zera-la em poucos meses, afinal eram poucos episódios se comparado a outras séries por aí com 20 e tantos episódios. Nesse período eu comemorava, mas hoje só esses 10 episódios me martirizam. Por que eu só quero mais e mais.
Por isso é estranho ver a minha empolgação destoar com a das pessoas que acompanham a série desde o começo corretamente. Muitos a abandonaram e se cansaram dela. Recentemente vi uma matéria de uma das fundadoras do site oficial da série falando que ela deixou de assisti-la. A queda da popularidade se deu por muitos fatores, mas muitos foram desencadeados pelo sexismo. A gota D’agua foi a polemica cena de estupro da Sansa. Há quem perdeu a empolgação mesmo, mas tem aquelas parcelas (feministas) que se cansaram da forma como a série da HBO trata as mulheres, a tal fundadora do site está incluída nisso. Sim, é totalmente coerente você deixar de assistir algo que fere seus valores e algo que te cause desconforto. Televisão foi feita pra divertir e não pra enojar. Mas eu como mulher não desisti de game of thrones por conta disso...
       As mulheres são tratadas sim como objeto na série, até as mais fortes começam como objetos de sedução para que depois alcancem seus objetivos (vejam Daenerys, Sansa, Melisandre, Margaery, Cersei) ou vice e versa como a Ygritte, que começou durona, mas depois tirou a roupa e virou a namorada do Jon Snow (apesar de não ter perdido esse seu lado) A Brienne é a única que se desvencilha disso tudo. (Anteriormente tínhamos a catelyn) nesta última temporada por exemplo houve uma cena em que estavam presas as serpentes de areia e uma delas começa a se despir sem propósito algum pois o homem já estava envenenado. São cenas desnecessárias como essas que afastam as mulheres e reforçam a audiência masculina. Além das cenas que já ocorreram de sexo grupal, do Joffrey mandando as prostitutas se baterem e da nudez excessiva. Cersei pagando por seus pecados completamente nua e caminhando mais de 20 minutos em cena também foi incomodo. Por essas e outras não tiro a razão das feministas. Como mulher não me senti ofendida na cena de estupro da Sansa. Para mim a de khaleesi na primeira temporada foi muito mais chocante. O ato em si não me chocou, o que me deixou incomodada foi apenas o fato de Ramsay mandar Theon olhar. Aquilo foi grotesco. Os gritos abafados dela e o olhar choroso dele me deixaram mais impressionadas do que ele a abaixando na cama, rasgando sua roupa e tal... nesta temporada a morte da princesa me chocou mais do que isso.

       Contudo eu não sei que bruxaria de melisandre que Game of Thrones tem que não consigo deixar de assisti-la. A qualidade da série é imensurável, apesar de alguns furos de roteiro, abandono de personagens e a trama mais fraca de todas as temporadas ela continua nos entretendo. Sejam com seus diálogos, sua grandiosidade (as cenas da arena a lá gladiador) seus personagens sensacionais. Você não consegue simplesmente abandonar Tyron e Daenerys por exemplo e Brienne? Como esquece-la? Sua adição a turma só turbinou as coisas e nos deu uma sombra de esperança a dignidade da mulher na série. A única coisa que difere são os efeitos especiais, como conseguem fazer algo tão incrível com os White walkers em um episódio e cagar com o dragão no outro? Acho que o gênio dos efeitos especiais estava de folga no episódio 9. Drogon estava indo muito bem, até sua mãe monta-lo e a cena virar art attack. Para a próxima temporada teremos outro herói para amar (rip Jon snow) e outro vilão para odiar (depois de joffrey vem o Ramsay, a Sansa está de parabéns) e que os roteiristas mantenham o nível de seriedade, voltem com as reviravoltas e tensões das primeiras temporadas e que não transformem Got em só mais uma série (pois ela visivelmente está num nível cinematográfico) e SE você abandonou Got, veja os últimos episódios e sinta a chama se acender novamente. Se isso não acontecer você é um White Walker!  


sábado, 13 de junho de 2015

Review Mad Max: Estrada da Fúria


       Mad max estreou pipocando criticas favoráveis e manchetes polêmicas. Falaremos dessa ultima mais a frente. Esse blockbuster de ação, areia e gasolina quase passou despercebido se não fosse os fãs o divulgando e o boca a boca daqueles que se comprometeram a ir aos cinemas e que saíram alucinados e declarando que Mad Max é um dos filmes de ação mais sensacionais de todos os tempos. Isso se tratando de uma sequencia de um clássico dos anos 70/80 que jazia no tumulo do esquecimento cinematográfico. Mas não para os bons de memória que apesar do intervalo de 30 anos foram em peso prestigiar as novas velozes aventuras de Max.
       Dos filmes anteriores eu não me lembrava de muita coisa. O que estava impresso era: Mel gibson + tina tunner + we don’t need another hero + carros estranhos e só. Infelizmente não nasci na época dourada/colorida do cinema, o tão amado e idolatrado anos 80 e por isso fui ao cinema pronta para ver algo completamente novo, uma não sequência e senhoras e senhores: não rever os filmes antigos foi a melhor coisa que eu já fiz. Proporcionou-me uma das melhores experiências no cinema ever.
       Vamos recapitular um pouco.... Comprei meu ingresso antecipado. Pois era estreia e a sala estaria lotada certo? Resposta errada. A sala estava vazia, um marasmo preenchido por coroas, nerds e meninos. Aliás, alguns gatos pingados dos mesmos. Para minha surpresa. Foi ali que eu vi que a bilheteria não estava tão boa. Havia uma fila enorme do lado de fora do cinema, mas esta era para Os Vingadores a era de Ultron. Eu e mais um punhado de nerds corajosos e solitários que saíram das salas do mundo todo com a cabeça explodindo fomos os responsáveis pela bilheteria crescente do filme. E ISSO É TÃO LEGAL.

       A ação é quase a protagonista do longa pois ela está presente em todas as cenas. O filme já começa com Max sendo perseguido pelos devotos do vilão, só não se sabe e nem se explica o por que. O filme na verdade é uma grande abertura de aspas que não se fecha. Ele não te dá tudo na palma da mão, explicadinho e mastigado. As origens dos novos personagens, a cronologia dos antigos (do Max) da onde vieram e nem se fala muito para onde vão. Muitos podem até sentir falta de explicações nas primeiras cenas (o tal expectador que quer tudo narrado ao pé do ouvido) mas no decorrer você apenas se desprende desses maus hábitos, entra no carro e segue o fluxo. 


       Sai mel Gibson e entra em seu lugar Tom Hardy, um ator questionável a princípio, mas que vem se superando em seus papeis. Apesar de algumas características atribuídas ao personagem fazer lembra-se de outros interpretados por Hardy. Nesse ele esta melhor mas continua fazendo cara de malvado e a mascara usada no começo do filme remete a Bane um dos seus maiores personagens. Mascarado ou não ele prova mais uma vez que se dá bem em cenas físicas. Charlize Theron é a polemizada imperatriz furiosa. Uma mulher careca, suja, linda e Badass, o desenrolar da trama começa com ela levando embora as mulheres do vilão. E a partir daí que a corrida alucinada pelos desertos apocalípticos começa. As atrizes que fazem as mulheres são rostos conhecidos, entre elas, Rosie Huntington (transformers) e zoe kravitz (x men) que começam como donzelas delicadas mas vão ganhando destaque. Rosie está bem melhor nesse do que no desastroso transformers. Um dos discípulos do vilão que se bandeia para o lado bom da força é o personagem de Nicholas hoult que surge como uma figura apática e cansada que usa Max como bolsa de sangue, mas depois vira quase o alivio cômico (já que não há espaço para comédia no filme) seu visual é fascinante, assim como os demais iguais a ele. Algo como um esqueleto suicida que sempre está tentando arrumar uma morte digna. O vilão é Immortan Joe (Hugh Keays-byrne) presente nos filmes anteriores de mad. Um líder opressor que escraviza seu povo e que mesmo assim tem seus seguidores fanáticos.
       Mad Max é diferente de qualquer coisa já vista na atualidade. Um blockbuster com raízes mais humildes e empoeiradas. Bem diferente das grandes produções atuais. O diretor George Miller realizador dos antigos retorna com seus 70 anos dando aula pra muito diretor jovem por ai. Ele mostra que consegue se adaptar as novas tecnologias e consegue reinventá-las fazendo com que seu publico continue interessado e que os mais novos fiquem extasiados. O filme há pequenas doses de romance (alguns flertes aqui e acolá) outras pequenas de comédia e pouquíssimos diálogos. A interação não se faz com muitas palavras o que prejudica a empatia com os mesmos algumas vezes. Mas a ação é turbinada e bem corpo a corpo. (A briga entre Max e a Imperator foi linda e dolorosa. Quase dava para sentir a dor dos mesmos.) E de primeira com direito a trilha sonora heavy metal e guitarrista louco que solta chamas da guitarra e traz música para as estradas. Poderia facilmente concorrer nas categorias técnicas do Oscar e por assim dizer ganhar pois os efeitos, a montagem, a mixagem de som, tudo é tecnicamente eficaz. Se você ainda não assistiu sugiro que corra e testemunhe esse filmaço.

Imperatriz furiosa....


       Após a estreia o que mais surpreendeu a todos não foi apenas a falta de público nos cinemas, mas sim os comentários desagradáveis de um certo grupo masculino que o assistiu. Assim como as feministas eles são um grupo machista? (Apesar de esse não ser o nome da causa…aliás nenhum nome faz sentido para essa causa) eles lutam a favor do direito dos homens! Tudo bem...cada um defende o que quiser, mas defender um grupo que já é privilegiado por sua posição desde que se tem conhecimento em nível histórico e social já é um ato exacerbado. E em resumo eles reclamaram que o novo filme girou em torno da imperatriz e que Max perdeu completamente seu estrelato. Falando de igual para igual, na minha opinião os dois tiveram importância no longa. É claro que a imperator é uma figura onipotente e que acrescentou bastante para o filme, mas tanto ela quanto Max tiveram cenas espetaculares. Max não foi deixado de lado, tanto que abrilhantou Tom hardy. A personagem de Charlize só acrescentou a trama e é essencial que haja personagens autossuficientes como ela no cenário cinematográfico e o fato dela ser mulher não deveria ser um incomodo e sim um elemento surpresa fantástico para a obra. Ela é a prova de que mulher não tem nojo de se sujar, de suar, não tem vergonha de ficar careca, de não ter um abraço e que mesmo assim entrar numa luta corporal maciça (vale destacar que Charlize desprezou o duble na maioria de suas cenas) e seu papel deveria ser motivo de orgulho até para os homens pois ela não está ali como alivio cômico e nem como a namoradinha do herói de ação, ela não está ali pra ser a gostosa, pra atrair os olhares, ela está ali pra meter a porrada e isso dá muito orgulho! É claro que o filme tem seus valores feministas pois as mulheres nele não querem mais ser tratadas como objeto, mas elas não “latem ordens para max” como um dos caras desse grupo disse. Os valores feministas são sutis e não prejudica e nem cansa a trama, o filme corre solto. O engraçado é que esses mesmos homens que disseram que “ninguém late ordens para Mad max” são aqueles que recebem ordens das suas esposas, isso se arrumarem alguém que aguentem seus pensamentos medievais.
 Se você quiser ler a matéria machista do blog idiota citado acima, acesse:
http://naofo.de/4fgn (ou nem acesse, pois talvez você pegue a doença da ignorância) 

My New Obsession: Charlie Cox

(É bom lembrar que ter uma nova obsession não quer dizer que esqueci da antiga, Tom hiddleston ainda habita no meu coração)
      

        Quem diria que o carinha sem graça de Stardust iria ser meu crush um dia? Ainda bem que quando comecei a assistir O demolidor (meu review você pode acessar aqui: http://speakcinema.blogspot.com.br/2015/05/review-serie-o-demolidor.html ) não fazia ideia dos trabalhos anteriores de Charlie Cox, nem sequer o reconheci de nenhum deles. Antes ele não havia causado impressão nenhuma em mim, até a série da Netflix estrear e eu ficar obcecada.
       Em o demolidor, Charlie surge como um cara bonito, sexy, badass, sarado e quem diria: talentoso. Ele mostrou um pouco da sua atuação em A teoria de tudo e Boardwalk Empire, mas todos ficaram impressionados com sua atuação como Matt murdock. Boa parte das pessoas que assistiram Daredevil ficaram empolgados com a dedicação dele. Ele conseguiu superar o próprio Ben affleck, interprete do primeiro matt e do vergonhoso filme do Demolidor e olha que Ben tem mais experiência. (Não que isso signifique alguma coisa, jennifer Lawrence e JLo [atuando] são a prova disso)
       Charlie Cox reforça o time dos atores britânicos que estão dominando Hollywood. E assim como minha obsession anterior (Tom Hiddleston, outro britânico ;) ) ele também não possui uma longa lista de trabalhos, mas graças a repercussão de sua série talvez isso mude, as línguas maldosas da internet até disseram que ele estava implorando por um papel em algum filme da Marvel, implorar por um trabalho? Quem nunca? Apoio a causa de Cox, seria sensacional ver esse novo demolidor inserido no universo Marvel do cinema. Por enquanto ele só estará na série Os Defensores onde cada herói terá uma série própria e depois se juntarão em uma série só, eles serão Os vingadores da small screen. Quem puxou o bonde foi murdock e em breve veremos Jessica Jones, Punho de ferro e Luke cage.
       Ainda na vibe da série ele e a Deborah Ann Woll que interpreta a Karen page estavam aqui no brasil, mais precisamente em são Paulo (há boatos de rio de janeiro também) para divulga-la. Causando frenesi nos fãs pois não houve divulgação, há boatos (e fotos) que Charlie aparecerá no programa The noite então fiquem de olho. Eu ficarei com toda certeza.
       Charlie Cox é minha new obsession pois me surpreendeu com sua excelente e dedicada performance como Matt Murdock. Ele foi ótimo nas cenas dramáticas e nas engraçadas, sua parceria com Foggy renderam ótimos momentos e também no seu desempenho nas cenas de luta. Ele deixou de ser o garoto franzino e sem graça do filme chato da estrela e virou um herói de ação completo. Além de ter evoluído bastante no quesito beleza. O visual de advogado feat justiceiro é maravilhoso. Os ternos, os óculos vermelhos, a bengala, o cabelo despenteado (afinal, ele não penteia e apenas torce para que esteja bom) são acessórios que realçam os acessórios de fábrica de Charlie como o sorriso bonito e o hot body. O encanto pelo ator também vem do seu lado pessoal (eu só consigo gostar de um ator se ele for acima de tudo uma boa pessoa, atuações excepcionais não são suficientes se você tratar as pessoas [fãs, família, jornalistas e etc] como lixo) e Cox é uma figura bastante simpática, ainda muito ingênuo, mas sua empolgação com essa nova fase prospera de sua carreira é contagiante. E ele é um dos poucos atores que me fazem chorar só de ver ele chorar, sem ligar para o contexto da cena. Se você viu essa carinha e não chorou é por que não tem coração.


       Estamos na torcida para que tudo dê certo para Charlie e que ele surja com novos projetos. Pois fã é o que mais surge para ele. E que a 2° temporada de Daredevil seja tão boa quanto a primeira para que as redes sociais continuem polvorosas e que ele não fique conhecido apenas como o Matt que salvou o demolidor, como um dos poucos caras peludos que todas as meninas gostam e que tem a bunda mais bonita da atualidade. Mesmo que esses elogios sejam bem favoráveis e sinceros. 


Essa é uma das minhas entrevistas preferidas ever! (feita aqui no Brasil) Porque crush que é crush tem que ter uma entrevista hilária.