sábado, 29 de agosto de 2015

Review Missão Impossível 5 - Nação Secreta


       Missão impossível é uma das poucas franquias de ação que me levam ao cinema. Talvez seja por ela ser quase um clássico no gênero e parâmetro para outras que surgiram e mesmo sabendo que iria encontrar quase as mesmas coisas é sempre um prazer ver as peripécias do sr Tom Cruise na telona.
      O primeiro filme estreou em 1996 e aqui estamos nós vendo o quinto missão impossível. O diretor desta vez é Christopher Mcquarrie que trabalhou com Tom em Jack Reacher e Operação Valquíria e tem um bom resultado na função mesmo que saibamos quem é que manda. J.J Abrams também sempre está presente, seja como diretor ou produtor.

       O elenco é quase o mesmo do anterior. Simon Pegg é o amigo high tech e alivio cômico do filme. Simon é sempre uma figura simpática em cena. Sempre provocando risadas, ele costuma fazer isso em quase todos os filmes que ele participa e nunca soa forçado. Temos o gavião arqueiro Jeremy Renner como um dos parceiros de Ethan (personagem de Tom) e junto com ele Ving Rhames (que pode fazer a cara de malvado que quiser, mas nunca sairá da minha mente seu personagem gay em Eu os declaro marido e Larry) a adição ao time são a cargo de Alec Baldwin e a bela e charmosa Rebbeca Ferguson como llsa, o novo interesse romântico de Ethan. Na verdade, nunca entendi muito bem o porquê de eles renovarem o par romântico dele nos filmes. Os dois primeiros foram com a Thandie Newton, depois foi a vez da Michelle Monaghan que chegou a ser noiva dele, logo veio Paula Patton no anterior, porem que não chegou a ter nada tão profundo já que a figura da ex (ou seria atual?) noiva ainda era presente. E agora Paula é substituída por Rebbeca, uma mulher de beleza europeia e atuação marcante, mesmo sendo praticamente novata.


       Cruise parece estar no piloto automático dessa vez mais impressiona nas cenas de ação, dessa vez ele se pendura na porta de um avião preso num cabo fino a não sei quantos metros de altura. Todos sabem que Tom é um dos poucos atores que mete as caras e tenta levar ao público uma sensação mais realista possível e como fazer isso? Se pendurando em aviões, escalando prédios altíssimos e correndo em alta velocidade com carros de luxo e motos. Todo filme missão impossível traz algo que possa impressionar. Uma cena de perigo que possa superar as dos filmes anteriores. A do avião foi a cena da vez, realmente é muita coragem do ator. Confesso que a do prédio altíssimo no filme protocolo fantasma me impressionou mais do que essa, pois nessa não foi aplicada a tensão necessária para a cena e foi logo na introdução o que sem fio condutor ficou como uma das outras cenas de ação. A que mais impressiona neste (pelo menos para mim) foi a da agua. Essa sim deu aflição.
       Missão impossível é o filme pipoca perfeito para o final de semana. Há ótimas perseguições e cenas de ação. Tudo com bom humor e mulher bonita, mas não se engane pois não chega a ser superficial como Velozes e furiosos e isso é o que ainda me atrai na franquia. Tudo é bem trabalhado e planejado, tudo se encaixa (mesmo que eu tenha boiado em algumas partes graças a três pessoas sentadas a minha frente, obrigado) o trabalho árduo de Tom e sua equipe é excepcional, muita coisa é investida e dá certo, gosto muito de Tom, por isso ainda não consegui assistir Going clear – scientology, documentário sobre a religião do astro, temo que ele venha mudar todo meu conceito sobre ele, essa figura dedicada e simpática. É admirável seu empenho com Missão impossível, claro, já que este é seu ganha pão. O que seria Tom Cruise sem sua missão impossível?

Review 2° temporada True Detective


       Em meio a algumas similaridades com a 1° temporada, está 2° temporada de True detective terminou de forma mais pessimista, o que era bem previsível.
A segunda temporada pretendia seguir os mesmos moldes da primeira e em alguns quesitos os produtores (inclusive Mathew Mcconaughey) foram fiéis. O clima tenso e melancólico transcorreu no decorrer de ambas. A corrupção, os dramas familiares, a perseguição que vai tomando ritmo, todos esses fatos continuaram presentes. Mas algumas coisas tinham que mudar. Umas foram bem-vindas e outras nem tanto.
       True Detective é uma série Da HBO que assim como as outras também foi bastante assistida e premiada, além das críticas que se renderam a produção, as técnicas e as atuações e realmente não há como falar mal de tal coisas. Principalmente nas atuações. Com seu papel de Rust, Mathew confirmou o que já haviam descoberto em Clube de compras Dallas, que ele realmente sabe atuar e de forma sensacional. E logo ele, o cara das comédias românticas (comédias essas que eu amo) fazendo esse papel do homem atormentado, depressivo e sociopata. Ele foi o ÚNICO ator em toda minha vida que me fez chorar ao ver uma excelente atuação. As lagrimas correram na última cena da temporada, onde ele e Martin conversam de forma tão profunda. Não me contive, assim como os críticos me rendi ao talento de Mathew e simplesmente chorei... não por que ele estava dizendo coisas bonitas (ele estava, mas não foi por isso) não por que foi legal de ver aquele cara tão incrédulo se quebrantar, mas sim porque naquele momento ele mostrou que é um dos melhores atores dessa geração, sim o cara das comédias românticas (que eu amo/2) me fez chorar simplesmente ao vê-lo atuar num drama. Coisa que nenhum Pacino fez.
Todos do elenco se saíram bem, Woody Harrelson que é sempre uma boa figura para se ter na tela, michelle Monaghan, outra atriz das comédias românticas que surpreendeu e Alexandra Daddario, mas que foi ofuscada por sua cena de nudez. True detective tem isso de pegar atores improváveis e arrancar deles suas melhores performances. Nessa temporada isso também prevaleceu.
Agora temos Rachel Mcadams (aparentemente eles querem converter os atores das comédias românticas em atores dramáticos) Colin Farrell, que já está acostumado com os dramalhões e a passear por entre todos os gêneros, Taylor Kitsch (o ator que quase faliu a Disney com seu péssimo John Carter) e a escolha mais improvável para um possível vilão, Vince Vaughn (o cara desengonçado e bobalhão das comédias) e assustadoramente ele foi um dos melhores dessa temporada. (Ao lado de Farrel)


       O enredo se baseia mais uma vez na investigação de um crime ao decorrer de toda temporada, mesmo que depois vá surgindo novas tramas e problemas a se resolverem. Rachel é Bezzerides, uma mulher durona que tem uma irmã que faz filmes pornôs e um pai hippie, Colin é Ray Velcoro o quase Rustin da série, cheio de paranoias e esquisitices, tem um “filho” ruivo e gordinho que tem medo dele e ele não sabe muito bem como agir com o menino já que a mãe não aprova a proximidade dos dois. Taylor é Paul, um policial motoqueiro que é obrigado a se tornar investigador por uma armação, ele é gay enrustido e tem problemas com a mãe e Vince que é Frank, quase um Wilson Fisk, o gangster que é o cara poderoso que todos temem e que eu achei a temporada toda que fosse o grande vilão (na verdade ele oscilava entre mocinho e vilão) pena que foi perdendo a força e se tornando vulnerável.

       Essa temporada foi mais difícil de ser compreendida. A introdução de coisas novas sem a devida explicação das antigas deu um nó no cérebro algumas vezes. Não se sabia quem era o bonzinho e o malvado, quem estava traindo quem, nada foi mastigadinho (e dessa vez isso não foi bom). Eles deixaram de explorar o tema religioso tão explorado na 1° e focaram nas falcatruas políticas e na crise, tema tão atual. Até o cara poderoso estava em decadência. Assim como a 1° ela foi melhorando no decorrer dos episódios, mas True Detective é um tipo de série para quem tem paciência, ela não começa das melhores, demora para pegar no tranco, os primeiros episódios introdutórios são sempre os mais cansativos, mas com foco, força e fé os episódios finais são sempre melhores. E no fim ela escolheu como os vencedores da trama as minorias. Os estrangeiros levaram a melhor e as mulheres também, pois foram as únicas que sobreviveram e escaparam para uma possível vingança, que talvez nem venha a ser concretizada já que o elenco mudará na próxima temporada. Mesmo com excelentes atuações vindas dos lados mais improváveis e fazendo uma temporada mediana ainda fico com a primeira. Mathew né mores? 

sábado, 15 de agosto de 2015

My New Obsession: Lee Pace feat Pushing Daisies


(É bom lembrar que ter uma nova obsession não quer dizer que esqueci das antigas, Tom hiddleston e Charlie Cox ainda habitam no meu coração)
      
       Não sei muito bem quando começou meu Crush pelo Lee Pace. Só sei que com ele aconteceu a mesma coisa que aconteceu com o Johnny Depp (meu crush eterno <3) me afeiçoei mesmo o vendo em personagens maquiados, principalmente o elfo Thranduil, a diva da floresta. Ele está muito bem nesse papel assim como os outros que fez. Lee terminou o ensino médio e entrou para a universidade super prestigiada Juilliard. Seu primeiro papel (também maquiado) foi em soldier girl onde ele vivia um transexual. Escolha bastante curiosa e corajosa para um primeiro filme, e graças a sua coragem e bom desempenho concorreu a vários prêmios importantes. Depois de alguns filmes pequenos e participações em séries como The Mindy Project ele se tornou figura carimbada em filmes de grandes bilheterias, como Amanhecer part 2 da saga crepúsculo, Guardiões da Galaxia e O Hobbit é claro e atualmente ele está na série Halt and catch fire sobre a ascensão dos computadores nos anos 80 e o plano de fazer uma máquina revolucionária.

       Após assisti-lo em seus trabalhos (maquiado) recentes o googlei para conhecer mais sobre ele, seus trabalhos e etc (quem nunca?) E descobri Pushing Daisies. Uma série de 2007 em que Lee era Ned um fazedor de tortas que tinha o poder de ressuscitar os mortos com apenas um toque, porém um toque significa vida e se ele tocar a mesma pessoa novamente ela morre. Nessa vibe ele trabalha com Emerson Cod (Chi Mcbride) um detetive charlatão. Sua função é apenas tocar os mortos e em apenas 1 minuto descobrir quem os matou, após isso ele os toca novamente e eles morrem pela segunda vez e para sempre. Com isso os dois ganham muito dinheiro nas descobertas dos crimes, mas ele não é tão mercenário como Cod, ele só o ajuda. Ele é um cara muito doce, tímido e reservado. A série pode parecer ser bem csi e tal, mas essa parte das investigações é só pano de fundo para o romance de Ned com Chuck (Anna Friel) (sim, ela tem apelido de menino) ex vizinha dele, que foram criados juntos e depois se afastaram pois ele foi para um colégio interno. Até que ele descobre seu assassinato e a ressuscita primeiramente no intuito de descobrir o que aconteceu, mas depois não tem coragem de deixa-la morrer, sendo assim ele a deixa viva. Mas na série se deixar alguém viver outra pessoa morre no lugar (foi o que aconteceu com a mãe de Ned e o pai de Chuck) ai eles começam a namorar mas não podem tocar um ao outro (tipo o movimento Eu escolhi esperar só que com uma consequência muito ruim) e no meio dessa bagunça ainda há as tias de Chuck, Lily e vivian (coincidentemente uma tem o meu nome e a outra o nome de uma prima minha que foi criada como minha irmã) <3 e também a Olive (Kristin Chenoweth, de Glee) que é garçonete no Pie Hole (a confeitaria de tortas do Ned) e tem uma queda gigantesca por ele. Em alguns episódios até rola um clima, o que é bom para tirar a carência do pobre coitado. Confesso que torci por eles algumas vezes, apesar das diferenças, principalmente de altura. Rs (Kristin tem 1,50 e Lee 1,96, ela é a metade dele)


       A série é bem peculiar. É romântica e bastante artística. Uma mistura de How I Met Your Mother com filmes do Tim Burton. Ela possui um narrador que sempre está voltando no tempo para contar a infância e o passado dos personagens e tem momentos musicais muito bonitos, todos com a Kristin, que se você assistiu Glee conhece a voz incrível que ela tem. E ela sempre canta baladas românticas que tem a ver com sua situação com o Ned. Pushing Daisies é aquele tipo de série que faz nos perguntar por que foi cancelada? Apesar de que não sei se ela teria folego para continuar por mais temporadas. Porem claramente os produtores não previam o seu cancelamento pois acabou com gostinho de renovação e quero mais. Só que não rolou. Houve uma campanha no twitter um tempo atrás perguntando quais séries os twitteiros queriam que voltasse e ela ganhou. Mas não vejo esse projeto saindo do papel nem tão cedo. Mesmo com todo entusiasmo dos fãs e dos próprios atores, Lee ficou muito animado com a ideia e por falar nele...
       Lee Pace é minha New Obsession pois é um excelente ator, é ótimo na pele de vilões, mas também faz suspirar com personagens bonzinhos e fofos. Adorei ele como Thranduil, como Ronan e etc... mas não é segredo que meu preferido é o Pie maker Ned! Um personagem tão adorável que parece mais fictício do que os citados acima. Um príncipe encantado por detrás da figura de um fazedor de tortas. Ele está no auge de sua carreira, com seus 36 anos e batalhando pelo seu grande papel em hollywood, torço para que ele continue nessa briga e continue nos presenteando com suas ótimas performances, seus olhos castanhos, sua altura, sua simpatia, seu carinho com os fãs e suas fotos loucas nas redes sociais. rs


(eu adoro essa entrevista, mais fofo impossível)

MLI2015: Garota Exemplar - Review filme e livro


       Garota Exemplar foi o terceiro e último livro da maratona literária que eu li. Demorei bastante para termina-lo por motivos óbvios de que li em PDF e por que não é uma leitura fácil. Mesmo que seja um ótimo livro. Ele é escrito pela jornalista e amante de filmes de terror (nota-se) Gillian Flynn que jura de pés juntos que o casamento conturbado de Nick e Amy não é baseado em nada no seu próprio casamento que é bastante saudável.
Antes de ler o livro eu já tinha visto o filme, gostei tanto do roteiro, das reviravoltas bombásticas cheias de surpresas e dos protagonistas que decidi ler o livro. Não sou dessas que segue por essa ordem, mas o filme realmente me surpreendeu e eu precisava saber mais sobre Nick e Amy, o que se passava nas cabeçinhas psicopatas dos dois (principalmente da Amy, rainha, diva e pirigótica)
       Sabemos que adaptações literárias para o cinema as vezes nos omitem elementos fundamentais que só podem ser conectados se lermos o livro e é assim com Garota exemplar. Mesmo que o filme tenha sido muito fiel ao livro e tenha nos poupado de algumas partes pedantes do mesmo, quando você lê o livro muitas coisas são esclarecidas. O psicológico de seus protagonistas é bem melhor explorado no livro, é como se fizéssemos o que Nick diz no começinho do livro/filme damos uma marretada na cabeça dos dois e conseguimos saber o que eles pensam e sentem. Só depois de ler o livro que conseguimos perceber as nuances de Amy, de como ela era manipuladora e de como no final estava quase sendo manipulada por Nick. (ele aprendeu direitinho com ela)
       Ao ver o filme fiquei fascinada pela personagem, é incrível como ela passa de vítima a “vilã” em questão de minutos. O telespectador inocente sente pena dela, a vê como a esposa traída e maltratada para depois ficar chocado com seu plano mirabolante e bem arquitetado. A atuação de Rosamund Pike contribui bastante para alguns se pegarem torcendo pela esposa fria e calculista. Ela é tão “expressiva em sua performance inexpressiva” que causa arrepios. Não poderiam ter escolhido ninguém melhor, e olha que Rosamund ainda não tinha sido descoberta mas pegou o papel vestiu ele e o fez cair como uma luva. Tanto que concorreu ao Oscar. Eu estava torcendo por ela! Mas também fiquei feliz por Juliane Moore que afinal... é a Juliane Moore e nunca tinha ganhado o Oscar e além de torcer por ela também torci pela Amy em Garota Exemplar, ficava com pena de Nick em alguns momentos, mas Amy é fascinante. Uma mulher louca e genial ao mesmo tempo. Que faz tudo pelo casamento, mesmo que inicialmente o plano fosse se matar para incriminar o marido. Porem dá para perceber nas entrelinhas ela o ama, mesmo com seu jeitinho freak de amar. Ela fugiu, mas sempre estava pensando em Nick. Ela o amava de verdade e o conhecia profundamente. No sentido mais piegas e romancista possível, Nick era o ponto fraco de Amy. Ele desestabilizava ela e também tinha suas armas para manipula-la. Tanto que ela decide voltar para casa depois dele dizer tudo que ela queria ouvir no programa de TV. E usar a gravata e o relógio que ela deu pra ele e prometer ser o marido que ela queria. Mesmo assim podemos dizer que ela não caiu como um patinho, ela só foi atrás da recompensa. Daquilo que ele prometeu e ela não ia cansar até ele dar a ela. Tanto que ele próprio se vê querendo ser aquele homem.




       Ele a admirou tanto por toda sua orquestra sinfônica maluca envolvendo a caça ao tesouro, a anos a fio escrevendo num diário fingindo ser alguém que ela não era, sendo a “amy boazinha e inocente” fazendo amigos para contradizer o marido, tentando comprar uma arma que ela sabia que não precisaria, fingindo uma gravidez (algo que ele sempre quis e ela não) sendo a boa filha (que odiava os pais) e enfim enchendo seu passado de traumas que nem aconteceram. Ela foi tão perfeita ao arquitetar tudo que encheu o marido de orgulho. E da admiração surge a paixão, que foi o que reacendeu entre os dois. Mas é claro que nenhum dos dois deu o braço a torcer e se jogou nos braços um do outro. Todo sentimento nutrido era apenas nítido para os coadjuvantes da ficção e para os leitores e expectadores. Eles simplesmente não precisam de nenhuma declaração de amor. O amor misturado a loucura e obsessão dos dois é nítido. Mas se engana quem acha que Amy foi perfeita em tudo que ela fez, ela falhou algumas vezes em seus planos e Nick não foi o trouxa a todo tempo. Ele conhecia tão bem sua esposa que logo descobriu sua armação, ele foi seguindo as pistas até o caso ser solucionado. Este foi o melhor trabalho (como ator) de Ben Afleck. Ele é parecido com Nick até fisicamente. O queixo de vilão, o tipo físico, a postura e a cara eterna de sono e tédio fizeram com que Ben nem precisasse se esforçar. Eu lia o livro e assim como Rosamund só conseguia enxerga-lo no papel. O personagem pode parecer atípico para algumas pessoas, mas é tão fácil associar algumas características dele a certos homens. Ele é o típico marido entediado que está desempregado e se encontra acomodado, não acha que se encaixa mais em sua própria profissão e isso o impede de correr atrás, por isso joga vídeo games o dia inteiro, não ajuda nas tarefas domésticas, vive reclamando da esposa e fazendo-se de vitima e arruma uma amante para passar o tempo (similaridade com o próprio Ben Afleck que traiu Jennifer Garner recentemente). Nick é um cara machista que tem medo de virar o pai, um idoso doente que foi e é extremamente machista também. Ambos não suportam mulheres que possam exercer alguma autoridade sobre eles e Nick age com a esposa da mesma forma que o pai (que ele odeia, ta aí mais uma similaridade com Amy) agia com sua mãe, que morreu de câncer e Nick não reagiu como deveria na ocasião, ele não fica de luto como as outras pessoas, ele tem uma postura watever para tudo, apenas não sabe lidar com a perda. Mas mesmo sendo tão sexista, ele ama de verdade a companhia da irmã gêmea, uma das poucas mulheres que exercem influencia sobre ele (além da falecida mãe) o livro e o filme até insinuam que a relação dos dois possa ser a lá Cersei e Jamie de Game of Thrones. O que é repugnante e falso.

       Assistir, ler e depois assistir novamente foi uma experiência satisfatória que fechou lacunas e aspas. Nos faz ver o quanto a escalação do elenco foi primorosa. Neil Patrick Harris foi perfeito na pele de um playboyzinho filho da mamãe. E é incrível como ele convence como hetero. Hollywood poderia dar mais oportunidades para outros atores assim como as que ele tem, pois, opção sexual não influencia em nada. A direção de David Fincher também foi excepcional, esse se tornou meu segundo filme preferido do diretor (Fight Club forever <3) a trilha também é muito bem composta, não há músicas, apenas sons e ruídos que conduzem o suspense. O Livro também é muito bem escrito por Gillian (que eu pensei que fosse homem) que parece entender muito bem a dinâmica do casamento. Estou ansiosa para ler os próximos livros da autora. 

Review Série Scream


       A poucas semanas estreou Scream, uma série adolescente que como o nome já denuncia é baseada nos filmes do mesmo nome, aqui no Brasil conhecido por pânico. Estes filmes foram sucessos mundiais e a franquia foi responsável pelo reavivamento do gênero terror adolescente, depois dele muitos outros foram produzidos, um deles Eu sei o que você fez no verão passado, um dos mais compridos títulos de filme do universo (as sequencias dele então...)
       O sucesso de pânico foi tanto que inspirou até os filmes de sátira Todo mundo em pânico (numa época em que os filmes de sátira ainda prestavam) o filme contava com a participação de Neve Campbel, David Arquette, Courtney Cox (eterna Monica do Friends <3) e Drew Barrymore.
       O filme e a série têm muito em comum. Mas não podemos afirmar que são idênticos. Em ambos há o suspense por trás de uma onda de assassinato que acontece na cidade, provocada por um serial killer mascarado. O que difere nos dois é a idade dos protagonistas e coadjuvantes (na série são bem mais jovens) e a mascara usada pelo assassino, até por que usar a ghostface dos filmes novamente implicaria numa sequencia de outros fatores que deveriam ser ajustados para ficar mais parecido o possível com os filmes, o que iria interferir no interesse do publico e talvez no andamento da série na forma de entregar um material original e inovador apesar dos links.
       Na série tudo começa com a morte da bitch mais popular do colégio (interpretada por Bella Thorton) depois dela e seus amigos viralizarem no youtube uma de suas colegas aos beijos com outra menina. Depois da morte da patricinha outros assassinatos começam a acontecer e sempre são adolescentes, uns parte do grupo principal, outros não, mas até esses tem alguma ligação com algum dos protagonistas. [spoiler] Como é o caso da morte de uma das meninas do vídeo, a outra Audrey é do elenco principal, o visual da mesma chama bastante atenção mas algumas das falas e atitudes dela confundem. Ela é linda e assume seu visual machinho, se veste como menino, anda como menino, fala como menino e é adorável (sério, ela é muito gata) mas em um dos episódios ao ser questionada da sua sexualidade ela diz que não é lésbica. Nem mesmo se assume bissexual, WHAT?? Ela é tão confiante em sua atitude e depois confunde nossa cabeça com diálogos como esse e como o fato da namorada ter sido morta e ela aparentemente estar muito bem obrigado. Umas miseras lagrimas aqui, um vídeo de homenagem ali e só. Apesar dela ser a única personagem que eu realmente gostei não entendi qual é a dela. Seu melhor amigo é Noah um nerd apaixonado por filmes de terror e historias de serial killers (o que é muito suspeito) [spoiler] sua namorada também morre e ele tem atitude igual ou pior do que sua best. A protagonista é Emma, que recebe telefonemas do assassino e parece ser o alvo dele, graças a sua mãe que tramou para ele quando eram adolescentes (mesmo que não tenha sido por vontade dela) mesmo adulta continua sendo perseguida por ele e ganhando presentinhos grotescos. A atriz Willa Fitzgerald que faz a Emma é bem blaser para uma protagonista, ela não tem calibre para tal responsabilidade, porém mais fraca do que ela só a atriz que interpreta a mãe dela, a mulher só tem uma expressão para todas as emoções, Kristen stewart é meryl Streep perto dela, certamente está na lista dos “pais de séries adolescentes que ninguém liga e que são péssimos atuando” e olha que tem uma lista deles (está ai uma boa [será?] Ideia para uma matéria) uma das amigas da protagonista é Brooke uma ninfeta que tem caso com o professor (Aria?) e que só pensa em futilidades. Os outros meninos do grupo principal são playboys (tão clichê) que arrumaram um esquema cretino para ganhar dinheiro. Um deles ex da protagonista. A outra ponta do triangulo é Kieran um badboy (tão tãooo clichê) que se muda para a cidade com o pai policial. Outro pai para a lista citada acima.

       Scream alcançou grandes pontos de audiência na estreia pois foi exibida após Teen Wolf que é carro chefe da MTV (Tyler e Holland fizeram participação em um dos vídeos promocionais de Scream) coincidentemente as duas são derivadas de filmes de sucesso. Screem é rodeada de estereótipos adolescentes e de series de mistério. É fácil associa-la a Pretty little liars enquanto a assiste. A diferença é que apesar das atrizes que fazem as liars também não serem atrizes primorosas elas são personagens fortes e que burlam seus estereótipos, sempre oscilando por outros caminhos. Scream ainda está no começo, talvez ela evolua com o tempo e use sua técnica (muito boa por sinal) de brincar com o gênero terror de filmes e série e aplique nos seus personagens. Noah é o percursor dessa técnica, ele cita vários títulos e traduz os clichês da série na cara dura. A série já foi renovada para a 2° temporada e torço para que melhore seu roteiro e narrativa pois não pretendo desistir dela, acho que ela ainda tem muito o que explorar e brincar de aterrorizar.