Em
meio a algumas similaridades com a 1° temporada, está 2° temporada de True
detective terminou de forma mais pessimista, o que era bem previsível.
A
segunda temporada pretendia seguir os mesmos moldes da primeira e em alguns
quesitos os produtores (inclusive Mathew Mcconaughey) foram fiéis. O clima
tenso e melancólico transcorreu no decorrer de ambas. A corrupção, os dramas
familiares, a perseguição que vai tomando ritmo, todos esses fatos continuaram
presentes. Mas algumas coisas tinham que mudar. Umas foram bem-vindas e outras
nem tanto.
True Detective é uma série Da HBO que
assim como as outras também foi bastante assistida e premiada, além das críticas
que se renderam a produção, as técnicas e as atuações e realmente não há como
falar mal de tal coisas. Principalmente nas atuações. Com seu papel de Rust,
Mathew confirmou o que já haviam descoberto em Clube de compras Dallas, que ele
realmente sabe atuar e de forma sensacional. E logo ele, o cara das comédias
românticas (comédias essas que eu amo) fazendo esse papel do homem atormentado,
depressivo e sociopata. Ele foi o ÚNICO ator em toda minha vida que me fez
chorar ao ver uma excelente atuação. As lagrimas correram na última cena da
temporada, onde ele e Martin conversam de forma tão profunda. Não me contive,
assim como os críticos me rendi ao talento de Mathew e simplesmente chorei...
não por que ele estava dizendo coisas bonitas (ele estava, mas não foi por
isso) não por que foi legal de ver aquele cara tão incrédulo se quebrantar, mas
sim porque naquele momento ele mostrou que é um dos melhores atores dessa
geração, sim o cara das comédias românticas (que eu amo/2) me fez chorar
simplesmente ao vê-lo atuar num drama. Coisa que nenhum Pacino fez.
Todos
do elenco se saíram bem, Woody Harrelson que é sempre uma boa figura para se
ter na tela, michelle Monaghan, outra atriz das comédias românticas que surpreendeu
e Alexandra Daddario, mas que foi ofuscada por sua cena de nudez. True
detective tem isso de pegar atores improváveis e arrancar deles suas melhores
performances. Nessa temporada isso também prevaleceu.
Agora temos Rachel
Mcadams (aparentemente eles querem converter os atores das comédias românticas
em atores dramáticos) Colin Farrell, que já está acostumado com os dramalhões e
a passear por entre todos os gêneros, Taylor Kitsch (o ator que quase faliu a
Disney com seu péssimo John Carter) e a escolha mais improvável para um
possível vilão, Vince Vaughn (o cara desengonçado e bobalhão das comédias) e assustadoramente
ele foi um dos melhores dessa temporada. (Ao lado de Farrel)
O
enredo se baseia mais uma vez na investigação de um crime ao decorrer de toda
temporada, mesmo que depois vá surgindo novas tramas e problemas a se
resolverem. Rachel é Bezzerides, uma mulher durona que tem uma irmã que faz
filmes pornôs e um pai hippie, Colin é Ray Velcoro o quase Rustin da série,
cheio de paranoias e esquisitices, tem um “filho” ruivo e gordinho que tem medo
dele e ele não sabe muito bem como agir com o menino já que a mãe não aprova a
proximidade dos dois. Taylor é Paul, um policial motoqueiro que é obrigado a se
tornar investigador por uma armação, ele é gay enrustido e tem problemas com a
mãe e Vince que é Frank, quase um Wilson Fisk, o gangster que é o cara poderoso
que todos temem e que eu achei a temporada toda que fosse o grande vilão (na
verdade ele oscilava entre mocinho e vilão) pena que foi perdendo a força e se
tornando vulnerável.
Essa temporada foi mais difícil de ser
compreendida. A introdução de coisas novas sem a devida explicação das antigas
deu um nó no cérebro algumas vezes. Não se sabia quem era o bonzinho e o
malvado, quem estava traindo quem, nada foi mastigadinho (e dessa vez isso não
foi bom). Eles deixaram de explorar o tema religioso tão explorado na 1° e
focaram nas falcatruas políticas e na crise, tema tão atual. Até o cara
poderoso estava em decadência. Assim como a 1° ela foi melhorando no decorrer dos
episódios, mas True Detective é um tipo de série para quem tem paciência, ela
não começa das melhores, demora para pegar no tranco, os primeiros episódios
introdutórios são sempre os mais cansativos, mas com foco, força e fé os
episódios finais são sempre melhores. E no fim ela escolheu como os vencedores
da trama as minorias. Os estrangeiros levaram a melhor e as mulheres também, pois
foram as únicas que sobreviveram e escaparam para uma possível vingança, que
talvez nem venha a ser concretizada já que o elenco mudará na próxima
temporada. Mesmo com excelentes atuações vindas dos lados mais improváveis e
fazendo uma temporada mediana ainda fico com a primeira. Mathew né mores?
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