quarta-feira, 29 de março de 2017

Review Série Dirk Gently's Holistic detective agency


          O autor Douglas Adams é muito conhecido pelos Nerds por criar a série de livros O guia do mochileiro das galáxias que são livros adorados por eles e foi o responsável pela criação do “dia da toalha”, ou seja, o “dia do nerd” e essa série é baseada em mais um dos livros do autor, esse não tão conhecido assim pelo grande publico, mas que possui as mesmas peculiaridades da série de livros que deixou o autor famoso. Não li o livro, mas posso dizer que a série apesar de não ser para qualquer um é um dos acertos da Netflix.
          Em Dirk Gently’s Holistic Detective agency o detetive holístico Dirk se junta a Todd para investigar um desaparecimento em meio a eventos muito estranhos que ligam o passado e o presente.
           A linha do tempo da série é bem confusa e isso fica evidente desde o 1° episódio que é quando o Todd se depara com ele mesmo nos corredores do hotel onde trabalha e mesmo que algumas respostas pareçam não ter solução elas logo vão sendo esclarecidas de uma forma nada previsível ao decorrer dos episódios e esse é um dos maiores atributos da série. O roteiro mistura ficção cientifica, fantasia e o bizarro de uma forma muito correlacionada.
           Os protagonistas tem uma excelente química que dá ainda mais força a série. Eles são como Sherlock e Watson e o próprio texto da série brinca com isso. Dirk é interpretado de forma afetada (e isso não é ruim) por Samuel Barnett que é uma mistura de Sheldon com Sherlock, só que mais carinhoso e companheiro. Aqui quem é o personagem frio que reluta em não assumir a amizade é Todd, muito bem interpretado pelo Elijah Wood, o eterno Frodo (chatooo) os dois tem bons momentos juntos e sabe aquela coisa adolescente conhecida como “shippar”? Então, como adulta estava tentando afastar esse sentimento, mas estava difícil.


          Outros personagens muito bem construídos são a outra dupla de parceiros improváveis que é a Bart interpretada pela talentosa Fiona Dourif e o Ken interpretado pelo Mpho Koaho. Ken começa como refém de Bart mas logo se tornam amigos. A personagem dela é uma assassina que está atrás de Dirk e assim como ele, ela também acredita que não há coincidências, que tudo acontece por um motivo. Ela é uma mulher estranha que mata sem dó, mas mesmo assim é engraçada e conseguimos simpatizar com ela.
          Há também a Irma de Todd, Amanda, interpretada pela Hannah Marks que tem uma doença incurável que faz sentir que está se queimando, se afogando ou se machucando de alguma forma e para ajuda-la surge um grupo de caras estranhos em uma van. E eles aparentam serem sequestradores ou de alguma banda de rock, soa perigoso, mas logo vão se tornando mais personagens carismáticos para a série.
          E tem a Farah Black interpretada pela Jade Esher que começa a série presa a uma cama mas depois de torna uma das personagens mas Badass.
          Alem desses Dirk Gently tem vários outros personagens. Tem a menina sequestrada que é o grande mistério a ser solucionado. Seu sequestrador. Dois policiais que estão trabalhando no caso dela e outros dois de outro grupo. São muitos personagens. Tem horas que acabamos confusos e não sabendo qual o objetivo de cada um ali, mas logo as coisas vão se esclarecendo, como falei anteriormente.
           Dirk Gently é mais uma ótima produção da netflix. Não virou um grande fenômeno, mas já possui um grupo fiel. Apesar de difícil de entender algumas vezes, o que mais vale nela é a interação dos personagens. Um bônus para a trilha sonora também.

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