terça-feira, 17 de março de 2015

Review Cinquenta Tons de Cinza


     Cinco anos se passaram desde o lançamento da trilogia do furação chamado Cinquenta tons de cinza e enfim chega as telas o filme tão aguardado pelos fãs.
     Como era de se esperar o filme foi um sucesso absoluto (apenas de bilheteria) assim como o livro e só aumentou a chance de que venham mais filmes por ai, e quanto mais às pessoas vão assistindo mais polemicas vão surgindo.
     Não preciso te dar uma sinopse gigante do filme, pois você já o conhece e o filme não tem enredo nenhum por isso é fácil explicar, Anastácia conhece Christian Grey ao entrevista-lo e do nada se vê encantada por ele, por nenhum motivo aparente ele corresponde a afeição dela, mas ele não é o namorado perfeito, ele é um sádico que tem formas bem peculiares de amar, ele não vai ao cinema e passeia de mãos dadas, ele prefere lugares mais reservados, como o quarto vermelho da dor e isso é basicamente Cinquenta tons de cinza... Depois dessa parte só vem sexo, sexo e também... Mais sexo.

     Tenho que confessar que li o livro (o primeiro e não sei se terei coragem de ler os próximos) apenas a meio de pesquisa para o filme, na época quando lançaram (e quando TODOS diziam que era um ótimo livro) tentei evita-lo ao máximo, já era muita vergonha alheia ter lido (e amado) a saga crepúsculo, onde a escritora E.L James buscou inspiração para criar uma fan fic que fez um sucesso absurdo e virou este livro e por isso não queria um crepúsculo parte 2 na minha vida e também por que não me interessei pela história, mas antes de ver o filme fui ler o livro e com ele me considerei uma ótima escritora, para você ver a qualidade do produto. O livro parece ter sido escrito por uma menina de 13 anos, a qualidade da escrita é muito precária, são diálogos sem sentido, misturado a uma protagonista chata e irritante com sua deusa (chata e irritante) interior e um protagonista que tem raros momentos de príncipe encantado, mas eu aplaudo a escritora simplesmente pelo fato de ter criado personagens tão apáticos e ter feito vários leitores pelo mundo a fora. Ela é O CARA! (Nome de homem ela tem)

     E agora preciso lhes confessar outra coisa, eu gostei do filme! Não é um filme excelente, nem beira a isso, mas é bem melhor do que o livro, como eu não gostei do livro eu não tinha muita expectativa por isso fui de peito aberto e achei o resultado razoável e assistível. É claro que todos os diálogos ruins, a falta de uma trama e a história sem fundamento ainda estão lá, as atuações não salvam. Jamie Dornan é tão frio e apático como o Christian do livro. A única diferença é que ele não faz o estilo bad boy (como o Charlie hunnan de SOA faria) ele é sexy, charmoso mas faz mais o estilo galã teen com sua performance inexpressiva e preguiçosa, a falta de esforço dele incomoda bastante. Não tem cara de homem que faz o que o personagem faz. Os demais atores são todos descartáveis e diferentes da beleza pintada pelo livro, não há atrativos físicos e nem de atuação. A única que se saiu bem e deu um novo ar à personagem foi Dakota Johnson que eu pensei que fosse novata, mas já fez uns filmes por ai, fez à rede social, anjos da lei, need for speed e eu não se lembrava dela em nenhum desses, sorry! Ela é filha da Melanie griffith, ou seja ela é enteada do Antônio bandeiras e é filha do Don johnson, um cara da série Miami vice, e até que ela se saiu bem como a Ana, não é um primor de atuação mas ela reconstruiu a Ana do livro e tornou ela mais suportável e até mais divertida. Ela é bonita e aparece completamente pelada na maioria das cenas, então bônus pros meninos, mesmo que o corpo dela não seja tão agradável aos olhos. Então apesar de não ter muita experiência, mesmo tendo alguns trabalhos no currículo, Dakota foi o alivio cômico da trama, e isso interpretando Anastásia steele a mala mais sem alça da literatura. No filme ela deixa Anastácia mais divertida e relaxada. Ela liga bêbada, faz piada, dança, ri e brinca. O oposto da Ana do livro. Outra coisa digerível no filme são as cenas de sexo, prometeram muito menos do que se viu na tela, apesar da escritora e de muita gente ter pedido mais, o que se mostrou foi o suficiente e mais um pouco, o sexo é apimentado, apesar de cronometrado e visivelmente ensaiado, não me incomodei pois no livro é exatamente assim que acontece, por isso ficava tão de saco cheio do sexo no livro, no filme dá para colorir mais e transformar os movimentos sincronizados em algo excitante e até divertido. O trabalho da diretora foi nulo quanto a isso.
     Então se você não leu o livro e quer ver o filme não vá achando que irá ver algo tão sensual quanto 9 semanas e meia de amor, como muitos críticos estão ressaltando e comparando por ai, as cenas são excitantes e ponto, nada de muito fenomenal, e se você leu vai encontrar um filme bastante fiel, não estou falando de características físicas idênticas ao dos personagens, parem de mimimi em relação a isso, estou falando que absolutamente todas as cenas relevantes estão lá, pelo menos não senti falta de nenhuma cena, mas bem que gostaria de vê-lo ouvindo toxic da Britney Spears, já que essa faixa não estava na trilha sonora deduzi que esta cena não estaria no filme (se tivesse seria divertido porem descartável a trama) e por falar em trilha o atrativo do filme é todo em torno da excelente trilha sonora, com músicas sensuais impecáveis, feitas exclusivamente para seduções e stripper caseiros rs a versão de crazy in love da beyoncé ficou espetacular, isso na minha mera opinião, um ser que não entende nada de música! A música do filme é a única coisa boa dele para muitos e eu que tentei me afastar ao máximo de um “crepúsculo 2” literário, acabei me rendendo a um “crepúsculo 2” cinematográfico. Oops I Did it again....

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