Já
resenhei aqui no blog os dois primeiros livros dessa saga e como vocês podem
ver no review de O Resgate do tigre, ele não foi um livro que me agradou muito.
Foi muito arrastado e tedioso, mas o final trouxe um bom cliffhanger, o que me
fez querer logo ler o próximo, ou seja, o livro que vos resenho agora. Eu não
sei que feitiço essa saga tem que mesmo me desagradando em muitos pontos
consegue fazer com que eu continue a ler ela.
A
Viagem do Tigre começa exatamente da onde o outro livro parou, com Ren desmemoriado
e Kelsey sofrendo por isso. E Para libertar Ren da maldição e da amnésia, assim
como Kishan da maldição, eles partem de barco para enfrentar cinco dragões
místicos e encontrar o colar de pérolas negras da deusa Durga.
Confesso que estava gostando desse novo Ren,
mais despreocupado e divertido, ele tem bons momentos nesse livro, momentos que
resgatam o velho Ren de A Maldição do Tigre, porém quando acontece a
reviravolta prevista ele começa a se tornar um chato de novo e a
“desmemorização” dele é uma das coisas mais bizarras já escritas pela autora
Collen Houck durante a saga e olha que ela já passou dos limites várias vezes,
digamos que sua mente é muito fértil, as vezes fértil até demais. Ren volta a
ser totalmente obcecado por Kelsey, enquanto ela está mais livre do que nunca,
intercalando romances com os irmãos, dando em cima do instrutor de mergulho,
paquerando um dos dragões (mesmo que por uma boa causa) mas mesmo a autora
forçando uma autossuficiência da personagem, nota-se que ela é totalmente
dependente de Ren, mesmo quando não está namorando com ele.
Ela
stalkeia ele e faz todas as vontades dele, nesse ele está mais Edward Cullen do
que nunca, além da falta de memória ele sente dor ao toca-la, o que faz ele
querer se afastar dela para o próprio bem da menina, exatamente o que Edward
fazia quando sentia que ele ou sua família era uma ameaça para Bella. E o tigre
branco está cada vez mais possessivo e machista, ele diminui Kelsey ao insinuar
que ela está sendo vulgar, ele não quer ficar com ela mas bota a culpa nela
pelos pretendentes que vão surgindo, como se ela os provocasse, como se ela
fosse uma vadia. Ele chega a ser ciumento e insuportável. Chega ao cumulo de
brigar com ela por que ela cortou o cabelo! What?
Em
contrapartida Kishan está deixando Kelsey livre para tomar suas próprias
decisões, a respeita e cuida dela da forma saudável que o irmão não consegue
ser, Kishan é tão cavalheiro que pode soar como um homem bobo, já que somos
levados a pensar isso quando um homem é bom demais com uma garota, mas suas
ações nos fazem torcer para que ela o escolha. E ela até faz isso algumas vezes
durante o livro, sim, ela está bem confusa e os relacionamentos aqui são todos
iô iôs.
Quanto
as aventuras, as retratadas nesse terceiro livro são as melhores, cada encontro
com um dragão é uma chuva de coisas novas a serem descobertas, cada um tem seu
reino na terra e é divertido conhecer cada um e saber mais deles, eu particularmente
adoro dragões, por isso para mim foi um prato cheio. Um deles faz até uma
espécie de Jogos vorazes com os tigres o que é muito legal.
A
saga do tigre em geral é fruto de uma boa ideia e a autora é muito visionaria,
ela imagina universos mirabolantes e é ótimo ler sobre eles e descobrir os
detalhes de cada ser ou objeto místico, ela consegue se sair bem nas partes de aventura,
mas o romance dos livros é reciclado e ela peca muito nisso, ela poderia fazer
muito mais com esses dois príncipes indianos imortais, mas ela insiste em
torna-los meninos dependentes, bobocas, impulsivos e ciumentos. Acho que se eu
lesse esses livros na minha adolescência estaria suspirando por eles, como foi
com Crepúsculo e se eu lesse crepúsculo hoje estaria escrevendo exatamente a
mesma coisa que escrevi nessa critica. Há e esse infelizmente não tem um cliffhanger
tão bom quanto o anterior.
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