sábado, 15 de abril de 2017

Clássico do dia: Harry e Sally - Feitos um para o outro


          Há sempre um filme que é o precursor de vários outros, podemos dizer que Harry e Sally praticamente inventou a comédia romântica. Mas mesmo que as comédias românticas sucessoras dele tenham elementos desse filme, Harry e Sally continua ainda hoje sendo bastante original e muito melhor do que tudo que vimos posteriormente.
        Harry e Sally se conhecem quando Sally dá carona a Harry até Nova York e de tempos em tempos eles se esbarram pela cidade, até construírem uma amizade sólida que os levará a se apaixonar um pelo o outro.
           O diretor do filme é o memorável Rob Reiner que dirigiu Conta Comigo e A Princesa Prometida, que também tem review aqui no blog, inclusive foi o “Clássico do dia” anterior a esse. Coincidência?  Sim, uma das mais maravilhosas. Que diretor sensacional. Casado a excelente direção de Rob está o roteiro de Nora Ephron, que faleceu em 2012 mas deixou um legado incrível de ótimos roteiros. Ela também roteirizou Sintonia de amor e Mensagem para você, também com Meg Ryan.
          O elenco só complementa os acertos desse filme. Temos como protagonistas a Meg Ryan que fez carreira a partir desse filme e depois virou a queridinha das comédias românticas. E como Harry temos Billy Crystal, mais conhecido pelos seus programas e filmes de comédia e por ter apresentado o Oscar várias vezes. Antes ele trabalhou com Rob em A princesa prometida.
          Os coadjuvantes e melhores amigos dos protagonistas são os também ótimos Bruno Kirby e a Irreconhecível nesse papel Carrie Fisher, nossa eterna princesa Leia de Star Wars.  
            O elenco tem uma química inquestionável, principalmente Meg e Billy. Os personagens são o oposto um do outro. Harry é pessimista demais e Sally é otimista e nada a abala, o que irrita Harry, mas eles se entendem e por isso a amizade improvável dura tanto tempo. 


          A coisa mais apaixonante do filme é sem dúvida a amizade deles, tanto que o filme daria certo mesmo que eles não se apaixonassem um pelo outro no final. Mesmo que desde o começo eles sejam o tipo de casal que todos deveriam ser. Eles conversam sobre tudo, assistem Casablanca enquanto falam no telefone, aceitam as peculiaridades um do outro e não ficam com medo de critica-las. A cena do restaurante onde Sally finge um orgasmo é icônica e mesmo que as pessoas nunca tenham visto o filme elas certamente conhecem a cena pois já foi reproduzida em vários filmes e programas. Eu inclusive a conhecia do filme besteirol Uma comédia nada romântica. Se é para zoar as comédias românticas por que não a rainha delas não é mesmo?
          A maior questão levantada pelo filme e defendida veemente por Harry desde o início é: Homens e mulheres não podem ser amigos porque o lance do sexo sempre atrapalha” e por mais que o espectador negue ou afirme isso, sempre vai se questionar graças ao desenvolvimento da trama. Tomando eles como exemplo na primeira metade do filme eu pensava: Sim, existe amizade entre homem e mulher e na outra metade já pensava que não. Como experiência própria eu acredito que exista sim amizade sincera e sem interesse sexual entre homem e mulher, mas nunca tive um amigo homem realmente intimo para confirmar minha teoria.
          O subtítulo brasileiro de Harry e sally é: Feitos um para o outro. E mesmo o Brasileiro sendo terrível com esses subtítulos desnecessários esse é o melhor de todos pois traduz perfeitamente o que Harry e sally são. Um casal feito um para o outro, mesmo quando só havia amizade. Esse é um filme obrigatório para os cinéfilos que apreciam uma boa comédia romântica, você se sentirá feliz em ver essa que é a melhor de todas. Aquela com excelente diretor, roteirista, elenco e que explora os belos cenários nova yorkinos, mas de uma forma bem intimista. Além de ter popularizado a canção dos anos 30 e 40 It Had To Be You. E a maior proeza do filme é fazer de Harry e Sally um dos melhores casais do cinema, e nos fazer inveja-los pelo que eles têm. 

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