Há
sempre um filme que é o precursor de vários outros, podemos dizer que Harry e
Sally praticamente inventou a comédia romântica. Mas mesmo que as comédias
românticas sucessoras dele tenham elementos desse filme, Harry e Sally continua
ainda hoje sendo bastante original e muito melhor do que tudo que vimos
posteriormente.
Harry
e Sally se conhecem quando Sally dá carona a Harry até Nova York e de tempos em
tempos eles se esbarram pela cidade, até construírem uma amizade sólida que os
levará a se apaixonar um pelo o outro.
O
diretor do filme é o memorável Rob Reiner que dirigiu Conta Comigo e A Princesa
Prometida, que também tem review aqui no blog, inclusive foi o “Clássico do
dia” anterior a esse. Coincidência? Sim,
uma das mais maravilhosas. Que diretor sensacional. Casado a excelente direção
de Rob está o roteiro de Nora Ephron, que faleceu em 2012 mas deixou um legado
incrível de ótimos roteiros. Ela também roteirizou Sintonia de amor e Mensagem
para você, também com Meg Ryan.
O
elenco só complementa os acertos desse filme. Temos como protagonistas a Meg
Ryan que fez carreira a partir desse filme e depois virou a queridinha das
comédias românticas. E como Harry temos Billy Crystal, mais conhecido pelos
seus programas e filmes de comédia e por ter apresentado o Oscar várias vezes.
Antes ele trabalhou com Rob em A princesa prometida.
Os
coadjuvantes e melhores amigos dos protagonistas são os também ótimos Bruno
Kirby e a Irreconhecível nesse papel Carrie Fisher, nossa eterna princesa Leia
de Star Wars.
O
elenco tem uma química inquestionável, principalmente Meg e Billy. Os
personagens são o oposto um do outro. Harry é pessimista demais e Sally é
otimista e nada a abala, o que irrita Harry, mas eles se entendem e por isso a
amizade improvável dura tanto tempo.
A
coisa mais apaixonante do filme é sem dúvida a amizade deles, tanto que o filme
daria certo mesmo que eles não se apaixonassem um pelo outro no final. Mesmo
que desde o começo eles sejam o tipo de casal que todos deveriam ser. Eles conversam
sobre tudo, assistem Casablanca enquanto falam no telefone, aceitam as
peculiaridades um do outro e não ficam com medo de critica-las. A cena do
restaurante onde Sally finge um orgasmo é icônica e mesmo que as pessoas nunca
tenham visto o filme elas certamente conhecem a cena pois já foi reproduzida em
vários filmes e programas. Eu inclusive a conhecia do filme besteirol Uma
comédia nada romântica. Se é para zoar as comédias românticas por que não a
rainha delas não é mesmo?
A
maior questão levantada pelo filme e defendida veemente por Harry desde o início
é: Homens e mulheres não podem ser amigos porque o lance do sexo sempre
atrapalha” e por mais que o espectador negue ou afirme isso, sempre vai se
questionar graças ao desenvolvimento da trama. Tomando eles como exemplo na
primeira metade do filme eu pensava: Sim, existe amizade entre homem e mulher e
na outra metade já pensava que não. Como experiência própria eu acredito que
exista sim amizade sincera e sem interesse sexual entre homem e mulher, mas
nunca tive um amigo homem realmente intimo para confirmar minha teoria.
O
subtítulo brasileiro de Harry e sally é: Feitos um para o outro. E mesmo o
Brasileiro sendo terrível com esses subtítulos desnecessários esse é o melhor
de todos pois traduz perfeitamente o que Harry e sally são. Um casal feito um
para o outro, mesmo quando só havia amizade. Esse é um filme obrigatório para
os cinéfilos que apreciam uma boa comédia romântica, você se sentirá feliz em
ver essa que é a melhor de todas. Aquela com excelente diretor, roteirista,
elenco e que explora os belos cenários nova yorkinos, mas de uma forma bem
intimista. Além de ter popularizado a canção dos anos 30 e 40 It Had To Be You.
E a maior proeza do filme é fazer de Harry e Sally um dos melhores casais do
cinema, e nos fazer inveja-los pelo que eles têm.
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