quarta-feira, 14 de junho de 2017

Review série Riverdale


          Quando começaram a surgir os burburinhos dessa nova série teen, confesso que não fiquei muito interessada, afinal ela era mais uma série adolescente sobre um mistério a ser resolvido por um grupo de amigos. Uma série com romance teen meloso, patricinhas maldosas e poderosas e outros personagens que já vimos em outras séries por ai, mas apesar de Riverdale ser uma mistura de Pretty Little Liars com Scream, ela tem um toque de Twin Peaks que consegue nos atrair.
            Riverdale é uma série baseada nos quadrinhos intitulados Archie Comics, e começa a partir da morte de Jason Blossom um aluno popular que é assassinado e por isso um grupo de amigos tenta descobrir o que aconteceu, enquanto tentam lidar com seus problemas pessoais.
            O grupo de amigos é composto por Archie (que leva o nome dos quadrinhos e é o protagonista) Betty, vizinha e amiga de infância de Archie e que no começo tem uma queda por ele, Verônica que se mudou para a cidade recentemente com sua mãe e Jughead que é um nerd excluído.
          Além deles também tem a Cheryl Blossom, irmã de Jason, que pertence a família mais rica e poderosa (e misteriosa) da cidade e ela vive uma relação de amor e ódio com os protagonistas. Tem também o amigo gay de Betty, o Kevin e o grupo musical Josie e as gatinhas (que você provavelmente já ouviu falar, tem um filme sobre o grupo).
            Os protagonistas são uma versão milenium (e menos sofisticada) de O clube dos cinco. Temos a popular Verônica interpretada pela brasileira Camila Mendes. Ela possui um visual muito único, sempre com tons escuros, até mesmo na cor de seu cabelo, ela é quase uma patricinha Rockeira. Seu pai que está preso provavelmente será uma das grandes revelações da 2° temporada. Durante essa 1° temporada ela tenta entender as falcatruas dele. Temos o archie, o atleta interpretado pelo KJ Apa (De Quatro vidas de um cão) que é o popular que não sabe quem ele quer ser e nem quem ele quer amorosamente. Betty, interpretada pela Lili Reinhart, apesar de linda e meiga podemos encaixa-la na posição da esquisita, pois também é excluída e precisa lidar com alguns problemas internos relacionados a raiva e também sua família que internou a irmã mais velha numa instituição para doentes mentais e fica no pé de Betty e a impede de tomar suas decisões.


          O ator mais conhecido é o Cole Sprouse que interpreta Jughead, porém é mais conhecido por nós jovens adultos que costumávamos assistir Zack e Cody no Disney Channel. Ele era o Cody, o Nerd dos gêmeos e em Riverdale mais uma vez ele interpreta o nerd. Contudo no quesito The breakfast club ele pode se encaixar nessa categoria mas também na do rebelde, graças ao seu visual desleixado e sua indiferença quanto as outras pessoas, ele age conforme quer e não precisa da aprovação de ninguém, outra coincidência com o personagem Bender do filme dos anos 80 é o pai problemático  tirando a parte da agressão física) esse é de longe o personagem mais interessante da série, dentro desses estereótipos que citei relacionados a ele, ele começa como um e termina a temporada como outro.
          Os pais dos adolescentes geralmente são deixados de escanteio nas séries teens, (tirando Teen Wolf onde temos ótimos personagens e atores interpretando os pais) mas nessa eles tem uma participação bem importante, eles são a base do caráter dos adolescentes e ao mesmo tempo são aquilo que eles não querem ser. Muitos atores que fizeram sucesso nos anos 80 os interpretam. Como o pai de Archie que é vivido pelo Luke Perry da série teen que foi sucesso nos anos 90 Barrados no Baile, e a mãe de Archie é a patricinha de Clube dos cinco, a Molly Ringwald, que foi a queridinha dos anos 80. A mãe de Betty, Madche Amick, fez o sucesso Twin Peaks quando nova e o pai da menina é conhecido por filmes de comédia como As Branquelas.
          Essa não é uma série de grandes atuações, tanto o elenco jovem quanto o mais velho tem uma performance condizente, mas nada que surpreenda. Eles são apenas regulares. Destaque apenas para uma cena ou outra de Madchen e Lili Reinhart em momentos de drama e raiva, nisso elas se saem muito bem.
           A fotografia focada nas cores neon e nos pontos de luz dá uma atmosfera misteriosa que casa perfeitamente com a trama.
           Riverdale é uma série com muita coisa em comum com as outras, o roteiro não é dos mais brilhantes, muitas vezes a precipitação na resolução dos pequenos mistérios é tão abrupta que confunde, mas não atrapalha já que em outras séries uma coisa boba demora vários episódios para ser solucionada. Tem diálogos fracos que parecem saídos da Malhação e um protagonista mais fraco ainda, que se não fosse os outros personagens a trama não fluiria, mas mesmo com tudo isso ela é muito corajosa, o final da temporada foi surpreendente e aplaudo os colhões para a resolução do assassinato. Cheryl tem um destaque enorme no final, tanto a personagem quanto a atuação da atriz Madelaine Petsch que apesar de caricata a temporada toda, teve o seu momento no final. A série não vai agradar aos mais velhos mas para uma série teen ela está acima da média. 

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