Pulando
diretamente de uma série de livros da Julia Quinn (Os Bridgertons, onde li O Duque e eu) para outra (Quarteto Smythe-Smith) parti para ler Simplesmente o
paraíso, o primeiro livro dessa nova série de livros da autora. Muitos amaram
os novos livros, outros não apreciaram e fizeram questão de comparar com a
outra série famosa de Julia, a julgando superior a essa. Simplesmente o paraíso
é um livro simples e previsível, com um casal igual a tantos outros da
literatura, mas apesar das mesmices não é desperdiçável, pelo contrário, é uma
doce leitura.
Honoria
é uma péssima violinista que faz parte de um grupo de musicistas integrados por
suas primas e que sonha em conhecer o homem e se casar o mais rápido possível.
Mas Marcus, o amigo de seu irmão está encarregado de afastar todos os
pretendentes que não estão à altura da menina.
Apesar
de não ter lido muitos livros da Julia Quinn, sinto uma semelhança nas
personagens femininas, apesar do desejo pelo casamento e mesmo que suas
estórias se passem em épocas bem tradicionais, elas são ousadas e fazem aquilo
que querem.Honoria não recebe atenção da mãe e isso só piorou quando seu irmão Daniel teve que fugir às pressas. Por isso, ela sonha em ter um marido amoroso e formar uma família grande e repleta de filhos que possam lhe dedicar atenção e a quem ela direcionaria sua atenção também. Mesmo com isso tudo, ela não se cega frente aos partidos que lhe surge, ela desaprova praticamente todos, menos um, que por acaso é um Bridgerton. Porém, sem ela saber, Daniel deixou Marcus para tomar conta dela e ele sempre espanta seus pretendentes.
Marcus
e Honoria se conhecem desde criança, ela era uma criança implicante e Marcus um
adolescente que tentava não trata-la tão mal quanto seu irmão Daniel. Na vida
adulta eles se reencontram e as implicâncias retornam, mas eles se veem como
amigos e nada além. A narrativa se passa a maior parte do livro em um cenário
só, com Marcus de cama e Honoria cuidando dele, o que pode desanimar alguns com
tamanho clichê, mas é onde começa a surgir um sentimento romântico entre os
dois.
O
casal é o típico casal “amor e ódio” e sim, eles são mais um Elisabeth Bennet e
Mr Darcy e também são parecidos com Simon e Daphne de O Duque e eu. Ambas se
apaixonam pelo melhor amigo do irmão e em ambos os casais a mulher quer muito
se casar, enquanto o homem não quer nem ouvir falar de casamento. Mas é claro
que nas duas as coisas mudam.
As
semelhanças também estão no texto, pois mesmo se passando em épocas antigas é
bem coloquial. Outro elemento parecido é como as mulheres são abertas em
relação ao sexo, as duas se entregam sem nem pensar duas vezes e rendem cenas
picantes e bem escritas (receba-me).
Simplesmente
o paraíso não é nenhum livro imperdível e grandioso, mas funciona bem como
passa tempo, é uma boa leitura romântica, mas que peca na falta de
originalidade da estória e da composição dos personagens, conhecemos muitos
casais iguais a esse. Porém, é uma semelhança gostosa e que rende sorrisos e
suspiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário