quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Review Livro Simplesmente o paraíso


          Pulando diretamente de uma série de livros da Julia Quinn (Os Bridgertons, onde li O Duque e eu) para outra (Quarteto Smythe-Smith) parti para ler Simplesmente o paraíso, o primeiro livro dessa nova série de livros da autora. Muitos amaram os novos livros, outros não apreciaram e fizeram questão de comparar com a outra série famosa de Julia, a julgando superior a essa. Simplesmente o paraíso é um livro simples e previsível, com um casal igual a tantos outros da literatura, mas apesar das mesmices não é desperdiçável, pelo contrário, é uma doce leitura.
          Honoria é uma péssima violinista que faz parte de um grupo de musicistas integrados por suas primas e que sonha em conhecer o homem e se casar o mais rápido possível. Mas Marcus, o amigo de seu irmão está encarregado de afastar todos os pretendentes que não estão à altura da menina.
            Apesar de não ter lido muitos livros da Julia Quinn, sinto uma semelhança nas personagens femininas, apesar do desejo pelo casamento e mesmo que suas estórias se passem em épocas bem tradicionais, elas são ousadas e fazem aquilo que querem.
            Honoria não recebe atenção da mãe e isso só piorou quando seu irmão Daniel teve que fugir às pressas. Por isso, ela sonha em ter um marido amoroso e formar uma família grande e repleta de filhos que possam lhe dedicar atenção e a quem ela direcionaria sua atenção também. Mesmo com isso tudo, ela não se cega frente aos partidos que lhe surge, ela desaprova praticamente todos, menos um, que por acaso é um Bridgerton. Porém, sem ela saber, Daniel deixou Marcus para tomar conta dela e ele sempre espanta seus pretendentes.


           Marcus e Honoria se conhecem desde criança, ela era uma criança implicante e Marcus um adolescente que tentava não trata-la tão mal quanto seu irmão Daniel. Na vida adulta eles se reencontram e as implicâncias retornam, mas eles se veem como amigos e nada além. A narrativa se passa a maior parte do livro em um cenário só, com Marcus de cama e Honoria cuidando dele, o que pode desanimar alguns com tamanho clichê, mas é onde começa a surgir um sentimento romântico entre os dois.
            O casal é o típico casal “amor e ódio” e sim, eles são mais um Elisabeth Bennet e Mr Darcy e também são parecidos com Simon e Daphne de O Duque e eu. Ambas se apaixonam pelo melhor amigo do irmão e em ambos os casais a mulher quer muito se casar, enquanto o homem não quer nem ouvir falar de casamento. Mas é claro que nas duas as coisas mudam.
           As semelhanças também estão no texto, pois mesmo se passando em épocas antigas é bem coloquial. Outro elemento parecido é como as mulheres são abertas em relação ao sexo, as duas se entregam sem nem pensar duas vezes e rendem cenas picantes e bem escritas (receba-me).
               Simplesmente o paraíso não é nenhum livro imperdível e grandioso, mas funciona bem como passa tempo, é uma boa leitura romântica, mas que peca na falta de originalidade da estória e da composição dos personagens, conhecemos muitos casais iguais a esse. Porém, é uma semelhança gostosa e que rende sorrisos e suspiros. 

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