Um
título de filme nunca foi tão adequado como esse. Afinal, Hugh Jackman é
realmente o rei do show nesse musical, os outros atores giram ao redor dele e
ele é o maior destaque da produção e é isso que torna o musical tão magico,
mesmo com um roteiro genérico e outros problemas técnicos.
Depois
de perder o emprego, P. T Barnum pega um empréstimo e decide abrir um circo para
ficar famoso e dar o melhor para sua família.
O
filme começa de forma empolgante e já dita a energia festeira constante que
virá a seguir. Logo na abertura já traz uma das melhores músicas do filme, na
verdade a trilha sonora é um dos maiores atrativos dele. As músicas não são tão
sofisticadas como as de La La Land por exemplo, elas são bem pop, mas nem por
isso podemos desmerece-las, pois ficam com quem assiste, mesmo depois de sair
do cinema. This is me talvez seja a que tenha mais apelo para o público, mas as
demais são igualmente boas.Quanto as atuações, elogios não são suficientes para Hugh Jackman, que é disparado o melhor do elenco e encanta com as características que sempre soubemos que Jackman tinha (já que ele já fez vários musicais na Broadway e esteve no filme Os miseráveis). Ele canta, dança e atua perfeitamente, essa só não é sua melhor atuação do ano pois antes esteve excelente em Logan, e é covardia comparar ambos os filmes. Michele Willians que interpreta sua esposa está bem (como usualmente) mas não se destaca, esse parece ser mais um daqueles filmes que ela fez no piloto automático só para que a filha assista. Zac Efron aqui volta para sua zona de conforto e ele consegue se sair bem no gênero, ele canta e dança com muita confiança (apesar de não fazer muito disso nesse filme) e quanto a atuação ele consegue fazer um bom trabalho, diferente de Zendaya, que não consegue se entregar em cenas dramáticas, ela só se sai melhor quando faz séries e filmes de comédia. Uma certa cena de choro dela é sofrível. Cantando e dançando ela também é ótima (ela é cantora e dançarina e por isso a facilidade) só poderiam ter feito ela dançar mais (ela é muito boa nisso).
A
novata Keala Settle (que antes eu achei que realmente fosse um homem) é uma
cantora incrível e suas performances são muito poderosas, quanto a atuação não
dá para saber muito pois seu rosto está praticamente escondido durante todo o
filme. A personagem de Rebecca Ferguson só tem a função de desestabilizar a
trama e mudar alguns rumos para o grande final e apenas isso, não há brilhantismo
nenhum em sua atuação.
Os
figurinos estão impecáveis, assim como os cenários coloridos e praticamente
saídos de sonhos. Todo circo há animais e aqui eles optaram por animais feitos
em CGI que não ficaram tão primorosos assim, mas antes um CGI ruim do que
elefantes e leões reais que podem sofrer maus tratos durante as gravações.
A
direção é de Michael Gracey, um novato que não consegue imprimir sua marca, mas
faz um bom trabalho em seu primeiro filme. O roteiro é de Bill Condor (que fez
outros musicais como o novo A bela e a Fera e Dreamgirls) e Jenny Bicks, e é
extremamente raso e segue uma linha já repetida diversas vezes no cinema, mas
eles parecem não se importar com isso.
O
Rei do show não é o melhor musical já feito, mas agrada aos fãs do gênero (e
talvez aos que não são também) e mesmo que tenha seus problemas, contagia
qualquer um e é sempre bom ter mais filmes desse gênero que se tornou tão
escasso atualmente, melhor ainda é ver um verdadeiro showman encabeçando ele,
dá para perceber o quão orgulhoso ele está de fazer parte do projeto e isso só
aumenta a animação em relação a ele.
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