sábado, 26 de dezembro de 2015

Review Star Wars - O Despertar da Força


          Depois de 11 anos sem Star Wars e 33 anos sem um filme da franquia realmente descente chega nos cinemas Star Wars – o despertar da força. Dirigido por J.J Abrams, ele é feito sobre medida para agradar aos fãs que estavam com tanta saudade. A única coisa difícil é escrever sobre a sinopse dele sem dar spoiler mas vamos ao básico que você precisa saber. O filme começa com Finn, um ex Stormtrooper negando- se a continuar fazendo as maldades que a primeira ordem os designa a fazer e com isso ele foge e conhece Rey, uma sucateira, e juntos com Han Solo, Chewbacca e BB8 (O robozinho mais fofo do universo) partem para uma aventura a procura de Bilbo... digo... a procura de Luke.
Antes de estrear e bater recordes de bilheteria muitos especulavam a origem dos novos personagens. Falavam que Finn era parente de algum personagem negro dos filmes anteriores (really?) e Rey seria parente de alguém muito importante também. Sim um deles é provavelmente descendente de alguém dos principais até por que não tem como você aprender a pilotar uma nave e fazer controle da mente tão rapidamente e sem treinamento algum e esse personagem fez isso. Essas cenas dele são as mais legais, junto com as da percepção de que talvez ele seja um futuro Jedi. O sabre de luz pertence a ele mas não espere saber como e porquê disso. As descendências não são explicitadas nesse filme, isso ficará a cargo do próximo filme.

          Uma das maiores reclamações do publico foi justamente esse excesso de pontas soltas. Mas isso é perfeitamente justificável já que tudo será desenrolado nos próximos filmes. Sei que isso nos deixa aflitos mas ser fã de Star Wars é isso ai. É viver de infinitas esperas. Outra critica ao filme é a falta de originalidade, todos alegaram que esse é idêntico ao A nova esperança. Como seria diferente? Essa não é uma continuação propriamente dita dos mesmos personagens, ele apresenta novos personagens para torcer e com eles mais historias sobre a jornada do herói, o que é ótimo porque acompanhamos o desenvolvimento do tal personagem assim como um dia acompanhamos a jornada de Luke Skywalker. Não sei como o publico se sentiu na época que viu A nova esperança, se eles vibraram ou acharam aquela introdução ao universo de Star Wars um pouco maçante só sei que tirando a empolgação de estar ali vendo um novo filme da saga não consegui ficar super empolgada como tantos fãs por ai. Tive exatamente o mesmo sentimento de quando assisti o episódio 4 (que não é o meu preferido) não odiei mas queria ter sentido muito mais. Talvez porque eu estava a pouco tempo habituada a esses filmes. Era recente a minha paixão por Star Wars e ver os filmes naquela semana (pela segunda vez em anos luz) me impediu de sentir aquela saudade e paixão que muitos sentiram. Nem a tal morte que ocorreu me impactou do jeito que eu gostaria. Nem o aparecimento de Han e Chewui também (já tinha visto eles num dia anterior) mas isso também se deve a animação zero das pessoas na sala de cinema que eu estava. Sim tinha muita gente com mascaras e espadas (a maioria crianças) mas os aplausos e os gritos eram tão contidos que desanimei mais ainda. Isso que dá ir assistir num shopping fino com gente de classe média alta só por causa do Imax. Chatooos.


          Assim como os anteriores quebraram preconceitos sobre as mulheres, trazendo mulheres fortes e destemidas como falo nesse post: http://speakcinema.blogspot.com.br/2015/12/o-legado-de-star-wars.html Esse quebra preconceitos raciais onde os três protagonistas fazem parte de uma “minoria” uma mulher, um negro e um latino. Todos juntos em prol de salvar uma galáxia e fazer historia no cinema. Com toda certeza isso foi de caso pensado pelo J.J Abrams e aqui ele prova mais uma vez que é o diretor que se devem convocar quando querem reviver franquias e escalar bons atores. Os três são ótimos, tão diferente dos protagonistas anteriores. Daisy Ridley, John Boyega e Oscar Isaac dão um banho de atuação em Mark Hamill, Carrie Fisher e Harrison Ford. E olha que são mais novos do que eles nos filmes anteriores. O único que deixa a desejar e não convence como vilão é Adam Driver (Girls). Seu vilão surge igualmente poderoso a Darth Vader mas sua figura imponente cai por terra quando se revela quem é por trás da máscara, um garoto com cara de hippie que ouve Magic o dia todo. Sua origem foi quase acertada pelo público, já não era lá uma grande surpresa. Gwendoline Christie (Game Of Thrones) tem uma personagem incrível em GOT e quando anunciada em Jogos Vorazes e Star Wars 7 (os filmes mais esperados do ano) houve uma grande expectativa de que suas personagens fossem tão sensacionais como Brienne mas nenhuma delas tiveram destaque. A sensação é que ela estava ali só por estar.
          Portanto Star Wars – O despertar da força é pouco original mas a nostalgia vale cada centavo, a oportunidade de ver aquela jornada novamente na pele de outros personagens é magico. Os novos protagonistas são divertidos e rendem ótimas cenas. Nos fazem rir e chorar também. A escalação de elenco não poderia ser melhor, misturados ao elenco original fica melhor ainda. Um robô fofo não substitui o robô fofo anterior, assim como os atores, os novos levariam o filme nas costas de boa, arrisco a dizer que não sentiríamos tanta a falta dos antigos mas a presença deles complementa o time e torna tudo melhor. Não foi o MELHOR filme do ano mas foi uma experiência arrebatadora da mesma forma, em Imax então... os efeitos visuais modernos deixaram tudo mais grandioso. J.J foi um verdadeiro respeitador da obra e ajudou a engrandece-la, até porque é sim um filme que merece toda essa reverencia. Recomendo até para os que não viram os filmes anteriores, pois você só precisa saber o básico do básico para se entrosar na trama. Sabendo quem é Luke, Leia, Darth e Han solo já dá para ver de boa. BB8 <3

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