quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Review Série Dark da Netflix


          Esqueça as comparações com Stranger things ou com IT, Dark não tem nada a ver com eles. Sim, há um protagonista com capa amarela, um laboratório esquisito e há o desaparecimento de pessoas, mas as coincidências param por ai, ela é muito mais profunda e complexa do que essas duas obras, arrisco dizer que ela é uma mistura da série Hannibal (na parte visual e sonora) com o filme Donnie darko (em relação à viagem no tempo, buraco de minhoca, teorias e etc) ela dá um nó na cabeça sem dó nem piedade.
          Dark é uma série alemã da Netflix sobre a busca de quatro famílias que buscam respostas quando uma criança desaparece e surge um mistério envolvendo elas e pessoas de seu passado.
             Essa é uma daquelas séries que você precisa se livrar totalmente do celular (assim como falei sobre Skam) tanto por ela ser em uma língua diferente, quanto para que se entenda melhor o que está acontecendo. Ela tem um ritmo bem lento e por vezes pode soar cansativa, principalmente do episódio 2 até o 5, mas quando as coisas começam a tomar forma e começamos a entender algumas coisas, ela pega no tranco. 


          O elenco alemão é totalmente desconhecido e nenhum ator se destaca totalmente, os mais interessantes são o protagonista Jonas interpretado pelo Louis Hofmann, o Ulrich interpretado pelo Oliver Masucci (apesar do personagem ser detestável) e um personagem misterioso interpretado pelo Andreas Pietschmann. Os três são os personagens mais importantes da série e que no fim serão os principais na possível resolução do mistério ou pelo menos no desenrolar do que vem a ser uma solução, até surgir outra.
          A fotografia é parecida com a da série Hannibal, com um visual escuro abusando das cores frias e que usa cores quentes e vibrantes como o amarelo apenas para quebrar a escuridão, assim como na série do Dr Lecter. A trilha sonora com um barulho constante nas cenas de tensão também é muito parecida com Hannibal, o som é tão constante que se torna irritante algumas vezes. E na questão do roteiro ela usa conceitos relacionados à viagem no tempo, mas ao mesmo tempo, introduz conceitos novos e incrementa o que seria mais do mesmo. A linha do tempo é bastante confusa e mistura passado e presente como se fosse uma linha temporal só, provavelmente ela faz sentindo na cabeça dos criadores mas há muitas indagações quanto ao que é descoberto na temporada.
          Dark é uma série daquelas que você precisa maratonar logo para saber o que vai acontecer e ao mesmo tempo no final da maratona a cabeça está cansada de tanto ligar pontos e tentar adivinhar coisas. É a famosa obra para teorizar, talvez seja esse o motivo de tanto sucesso. O final termina com um cliffhanger gigantesco para a 2° temporada, que já está confirmada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário