Gosto
de dizer que De Volta para o futuro é meu filme de nerd. Há alguns que dizem
que ele é voltado mais para o universo masculino pois então eu sou um menino
nerd pois simplesmente amo essa franquia. Tenho os DVDs e blu rays e ainda fui
ver o primeiro filme (meu preferido) no cinema em uma exibição de clássicos
meses atrás. Nem dá para acreditar que já se passaram 30 anos desde a estreia
do filme.
Assim
como a maioria eu conheci os filmes na sessão da tarde, mas fui parar mesmo
para prestar a atenção quando ele começou a ser exibido pela Record. Eu era
criança na época, tinha uns 10 anos de idade e via sempre que podia. Tanto pelo
Marty Mcfly (mas isso é texto para um próximo post) quanto por toda aquela
fantasia da viagem no tempo por meio de um carro super legal que abria a porta
para cima. Também pelos momentos engraçados e levemente incestuosos de Marty e
Lorraine Mcfly (sua mãe) além da química inegável entre Michael J Fox e o ótimo
e inesquecível Doc Christopher Lloyd.
O
primeiro filme é sobre a descoberta da viagem no tempo e a tentativa de retorno
ao presente, no passado é onde Marty conhece a versão mais nova de seus pais e
fazem os dois se apaixonarem. A Mãe acaba se apaixonando por ele e faz render
momentos fofos e ao mesmo tempo bizarros quando em meio a suspiros paramos para
refletir. Na época muitos acusaram o filme de ser incestuoso afinal ele beija
na boca da própria mãe, mesmo que o beijo seja o mais inocente possível. (Eu
não vi nada de mais) mas a Disney não aprovou. Vemos o contraste da cultura de
1955 (o passado) e 1985 (o presente) e ao mesmo tempo as similaridades. Lorraine
critica a namorada do filho, mas era tão “safadenha” quanto ela na
adolescência. Vemos também a superação racial onde em 1955 um dos personagens
(até então faxineiro) diz que será prefeito um dia e o dono do estabelecimento debocha
e diz ser impossível haver um prefeito negro. E a evolução da musica. Do
foxtrote ao solo de guitarra ao som de Johnny B Good. Quando Marty volta para
1985 percebe que as coisas em sua casa estão mudadas, o pai é um escritor de
sucesso e não mais um “banana” e toda sua família também estão diferente. A viagem
no tempo podia alterar as coisas e no intuito de intervir no futuro, Marty e
Doc vão para 2015 pois o filho dele e Jennifer (neste interpretada por
Elisabeth Shue) está em perigo. Dá para perceber que os roteiros são bem rasos,
mas os filmes compensam na direção de Robert zemeckis, nas interpretações, na
trilha sonora e etc.... os efeitos especiais eram eficientes em algumas cenas e
em outras deixavam a desejar, mas eram os anos 80 vamos dar um crédito.
Muito do 2015 de De volta para o futuro 2 está diferente do que temos
hoje em dia e outras coisas estão bem parecidas como você pode ver aqui: http://speakcinema.blogspot.com.br/2015/01/o-ano-de-2015-segundo-o-filme-de-volta.html ainda
não temos skates voadores (que funcionem de verdade) e roupas que encolhem e
secam no corpo (o que seria bem útil) mas tempos o 3D que infelizmente não será
aplicado na trilogia para a reexibição da mesma nos cinemas. O jeito é procurar os cinemas da sua cidade,
pois muitos exibirão maratona dos três filmes e assistir em 2D mesmo.
De
volta para o futuro é uma das minhas trilogias preferidas (se não for A
preferida) e nunca me canso dela, sempre me parecerá atual. Mesmo com os
elementos futurísticos criados para nos iludir. A década de 80 é muito bem
retratada assim como todas as épocas abordadas. O ultimo filme (o que menos
gosto) foi no faroeste e o DeLorean foi rapidamente substituído por um trem. O
engraçado é como Mcfly é chamado de nomes diferentes em cada época. Em 1955 ele
é Calvin Klein e 1885 ele é Clint Eastwood. As referencias são sempre ótimas e
é incrível ver como hoje em dia os próprios filmes são usados como referencia. A
roupa de Marty (principalmente aquele colete laranja de salva vidas) o apreço a
ficção cientifica e a Star Wars, a música (a trilha original e a música mais
tocada de determinada época) e o próprio carro são marcas registradas dessa
franquia de aventura adolescente. Quem nunca quis viajar no tempo? Quem nunca
quis ter um DeLorean? Ter uma banda de rock? Ver como os pais eram quando
tinham a sua idade? (Eu nunca mas olha...boa ideia) esse filme é
definitivamente um marco do cinema e merece ser lembrado eternamente. Ah como
seria irado se o sonho se tornasse realidade e víssemos Marty mclfy realmente
desembocando em tempos atuais (de crise e secas) e tirando fotos no instagram e
posteriormente compartilhando no twitter e no facebook para registrar o
momento. Ok talvez com isso eu tenha acabado com o seu momento nostálgico, eu
sei, isso foi “barra pesada” e não tem nada a ver com problemas relacionados a
gravidade. Captou a referência?
(fiquem com esse vídeo maravilhoso)