terça-feira, 20 de outubro de 2015

De Volta Para O Futuro (2015)



       Gosto de dizer que De Volta para o futuro é meu filme de nerd. Há alguns que dizem que ele é voltado mais para o universo masculino pois então eu sou um menino nerd pois simplesmente amo essa franquia. Tenho os DVDs e blu rays e ainda fui ver o primeiro filme (meu preferido) no cinema em uma exibição de clássicos meses atrás. Nem dá para acreditar que já se passaram 30 anos desde a estreia do filme.
Assim como a maioria eu conheci os filmes na sessão da tarde, mas fui parar mesmo para prestar a atenção quando ele começou a ser exibido pela Record. Eu era criança na época, tinha uns 10 anos de idade e via sempre que podia. Tanto pelo Marty Mcfly (mas isso é texto para um próximo post) quanto por toda aquela fantasia da viagem no tempo por meio de um carro super legal que abria a porta para cima. Também pelos momentos engraçados e levemente incestuosos de Marty e Lorraine Mcfly (sua mãe) além da química inegável entre Michael J Fox e o ótimo e inesquecível Doc Christopher Lloyd.
       O primeiro filme é sobre a descoberta da viagem no tempo e a tentativa de retorno ao presente, no passado é onde Marty conhece a versão mais nova de seus pais e fazem os dois se apaixonarem. A Mãe acaba se apaixonando por ele e faz render momentos fofos e ao mesmo tempo bizarros quando em meio a suspiros paramos para refletir. Na época muitos acusaram o filme de ser incestuoso afinal ele beija na boca da própria mãe, mesmo que o beijo seja o mais inocente possível. (Eu não vi nada de mais) mas a Disney não aprovou. Vemos o contraste da cultura de 1955 (o passado) e 1985 (o presente) e ao mesmo tempo as similaridades. Lorraine critica a namorada do filho, mas era tão “safadenha” quanto ela na adolescência. Vemos também a superação racial onde em 1955 um dos personagens (até então faxineiro) diz que será prefeito um dia e o dono do estabelecimento debocha e diz ser impossível haver um prefeito negro. E a evolução da musica. Do foxtrote ao solo de guitarra ao som de Johnny B Good. Quando Marty volta para 1985 percebe que as coisas em sua casa estão mudadas, o pai é um escritor de sucesso e não mais um “banana” e toda sua família também estão diferente. A viagem no tempo podia alterar as coisas e no intuito de intervir no futuro, Marty e Doc vão para 2015 pois o filho dele e Jennifer (neste interpretada por Elisabeth Shue) está em perigo. Dá para perceber que os roteiros são bem rasos, mas os filmes compensam na direção de Robert zemeckis, nas interpretações, na trilha sonora e etc.... os efeitos especiais eram eficientes em algumas cenas e em outras deixavam a desejar, mas eram os anos 80 vamos dar um crédito.


      Muito do 2015 de De volta para o futuro 2 está diferente do que temos hoje em dia e outras coisas estão bem parecidas como você pode ver aqui: http://speakcinema.blogspot.com.br/2015/01/o-ano-de-2015-segundo-o-filme-de-volta.html  ainda não temos skates voadores (que funcionem de verdade) e roupas que encolhem e secam no corpo (o que seria bem útil) mas tempos o 3D que infelizmente não será aplicado na trilogia para a reexibição da mesma nos cinemas.  O jeito é procurar os cinemas da sua cidade, pois muitos exibirão maratona dos três filmes e assistir em 2D mesmo.
       De volta para o futuro é uma das minhas trilogias preferidas (se não for A preferida) e nunca me canso dela, sempre me parecerá atual. Mesmo com os elementos futurísticos criados para nos iludir. A década de 80 é muito bem retratada assim como todas as épocas abordadas. O ultimo filme (o que menos gosto) foi no faroeste e o DeLorean foi rapidamente substituído por um trem. O engraçado é como Mcfly é chamado de nomes diferentes em cada época. Em 1955 ele é Calvin Klein e 1885 ele é Clint Eastwood. As referencias são sempre ótimas e é incrível ver como hoje em dia os próprios filmes são usados como referencia. A roupa de Marty (principalmente aquele colete laranja de salva vidas) o apreço a ficção cientifica e a Star Wars, a música (a trilha original e a música mais tocada de determinada época) e o próprio carro são marcas registradas dessa franquia de aventura adolescente. Quem nunca quis viajar no tempo? Quem nunca quis ter um DeLorean? Ter uma banda de rock? Ver como os pais eram quando tinham a sua idade? (Eu nunca mas olha...boa ideia) esse filme é definitivamente um marco do cinema e merece ser lembrado eternamente. Ah como seria irado se o sonho se tornasse realidade e víssemos Marty mclfy realmente desembocando em tempos atuais (de crise e secas) e tirando fotos no instagram e posteriormente compartilhando no twitter e no facebook para registrar o momento. Ok talvez com isso eu tenha acabado com o seu momento nostálgico, eu sei, isso foi “barra pesada” e não tem nada a ver com problemas relacionados a gravidade. Captou a referência? 


(fiquem com esse vídeo maravilhoso)

My First Obsession: Michael J Fox


        Apesar das minhas “obsessions” anteriores (Tom, Charlie e Lee) posso dizer que eles são meus “crushs” atuais (eu odeio ter que usar esse termo de adolescente twitteiro mas o blog é meu então que se dane) há também os antigos que passaram pela minha vida, uns não gosto nem de lembrar (ainda vou fazer um post sobre minhas vergonhas alheias do passado) e outros que me marcaram para sempre. Johnny Depp é um, apesar de ainda não ter escrito sobre ele, ele é e sempre será meu ator preferido (para a garotada, meu eterno crush) sou fã dele a mais de 10 anos e certa vez quase me convenci de que ele foi minha primeira paixão platônica cinematográfica. Mas não foi, antes dele eu era apaixonada (ainda sou) pelo Michael J Fox que talvez você nem conheça direito, ou conheça por causa do filme De Volta Para o futuro.
       Michael J Fox é um grande ator apesar da sua pequena estatura (1,66) ele começou sua carreira na televisão, numa série chamada Family Ties, conhecida aqui no Brasil como Caras e Caretas (mais uma vez arrasaram na tradução do título) e logo sua oportunidade no cinema chegou com The Back Of Future, na época ele tinha que revezar entre os dois trabalhos e chegava a dormir cerca de 3 horas por noite, não sei como ele aguentava. (eu durmo umas 8 e vou pro trabalho morrendo) no mesmo ano que interpretou Marty Mcfly ele atuou em Teen Wolf, no Brasil O Garoto do futuro (olha o título idêntico ao original novamente, arrasaram) onde ele fazia Scott um lobisomem adolescente. Sim a série da MTV foi inspirada no filme, mas eles são completamente diferentes, a única semelhança é no nome do protagonista e na figura do melhor amigo, de resto são bastante opostas. O scott de 1985 não foi mordido, isso de ser lobisomem é de família e ele meio que exibe essa condição na escola e vira popular por isso. O filme fez bastante sucesso no mundo todo e ajudou a consagra-lo ainda mais. Depois ele continuou atuando na tv e no cinema em filmes e séries de sucesso, um dos seus trabalhos é como dublador do Stuart Little. Ganhou vários Emmys, sags e Globos de ouro no decorrer de sua carreira. 




       atualmente, não por vícios ou falta de trabalho, mas sim por que no ano de 1991 ele descobriu a doença de Parkinson que afeta demais o seu sistema nervoso, perceptível até nas entrevistas. Ele tentou seguir adiante com seu trabalho e conseguiu por muitos anos até ser obrigado a pegar mais leve na agenda. Ele lançou livros falando de sua jornada e da descoberta da doença.
       Mas se engana quem acha que a doença prejudicou seu humor. Ele fez até uma série se satirizando. Ele foi minha primeira obsession e sempre será pois é um ator esforçado, e quando digo isso não quero dizer que ele seja ruim, muito pelo contrário, ele é excelente. Engraçado, bonito e gentil. Era apaixonada pelo Marty e pelo Scott. Ele sempre será lembrado pelos seus fãs e aposto que até hoje é o “crush” de muitas mães e tias por aí. E de jovens também, olha eu aqui.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Margo Roth e a idealização da garota perfeita


       Recentemente (sim só agora) assisti Cidades de papel, mais uma adaptação de livros do John Green. Depois do sucesso de A Culpa é Das estrelas os produtores viram que valia muito a pena investir nos livros de Green. Cidades de papel não foi um sucesso estrondoso como foi ACEDE, mas se saiu bem.
       Não farei um review sobre o filme e nem sobre o livro, até porque ainda não o li, (na verdade o único livro do John Green que eu li até agora foi A Culpa é das estrelas) falarei sobre Margo Roth Spiegelman, a menina popular e aventureira de ambas as obras.
       Cidades de Papel volta mais uma vez com aquela velha fantasia do nerd e a garota popular. A maioria dos filmes adolescentes é assim. O nerd nunca quer ficar com aquela amiga nerd como ele ou com aquelas meninas mais alcançáveis, eles querem mais do que já tem, eles querem o inalcançável, querem a garota mais popular da escola, que namora com o atleta e que em algum momento percebe que o cara só é um monte de bíceps e não a valoriza. Ai sim no finalzinho do filme ela vê no nerd um namorado atencioso e dedicado e opta por ficar com ele.  Esse cenário foi criado para iludir meninos e meninas do mundo todo. A ficção só torna realidade aquele desejo interior que vários de nós invisíveis têm. Aquela miragem de que é possível sim isso acontecer. E às vezes isso é mais impossível do que aliens invadindo a terra num filme do Steven Spielberg. Sorry but is true.
       Quentin é o nerd citado e é muito bem interpretado por Nat Wolff (apesar de fazer algumas caras esquisitas de sono algumas vezes) e tem seus amigos tão losers como ele. Um que tenta ser pegador, mas na verdade é só um idiota (estereótipo gritante) e outro que se destaca dos dois por ter uma namorada.

       Margo é interpretada por Cara Delevingne uma modelo que agora está atuando e futuramente estará em Esquadrão suicida. A voz rouca dela pode parecer sexy para os rapazes, mas é super irritante. O jeito que ela fala também não ajuda muito. A atuação dela é bem questionável. Não teve uma grande estreia. Mas vamos falar de sua personagem...


       Margo tem carisma e vive cercada de amigos. Não se dá muito bem com os pais e por isso vive fugindo de casa, tanto que quando ela desapareceu (e isso não é spoiler nenhum) os pais fizeram pouco caso, a mãe principalmente. Já estavam acostumados. A menina adorava um mistério e nas palavras do próprio Quentin acabou se tornando um. Sua vida era uma série de aventuras, desde pequena ela sai por ai fazendo o que ela quiser. Quando criança ela e Quentin eram melhores amigos, mas a sensatez dele os afastou. Ela não tinha limites em suas loucuras enquanto Quen pensava muito bem antes de fazer alguma coisa.
       O filme nos faz se questionar se é valido fazer o que der na telha. Ela fazia e levou ele a fazer. Uma ultima vez para ela e primeira vez em séculos para ele. E isso o deixava mais apaixonado. Esse espírito livre dela. Para ele ela era perfeita, ela era “um milagre” assim que ele a viu pela primeira vez a chamou de milagre e levou toda uma adolescência vivendo da idealização por aquela garota. Mas no fim quando descobriu onde ela estava e que ela não estava mandando sinal algum pra ele, pois ela não se importava com ninguém apenas com ela mesma ele percebeu que não existe isso de “milagre” “garota perfeita” “garota dos sonhos” ela era apenas uma garota... E por mais que se idealize alguém esta pessoa não merece. Ela não merece todo seu tempo e dinheiro investido em troca de andar de mãos dadas na rua para mostrar para os amigos e por algumas conversas vazias e sem conteúdo. Vivemos em uma cultura feita de idealizações. Idolatramos ídolos teens, jogadores de futebol, gostosas sem talento e artistas em geral e John Green soube muito bem criticar tudo isso nas entrelinhas. Além de alfinetar a superficialidade das pessoas. Então para de babar por aquela menina popular da sua escola, aposto que se você olhar ao redor vai encontrar alguém muito mais acessível e melhor do que ela. Alguém que te enxergue e que te faça feliz. (Blogger também é psicólogo rs) no fim o seu “milagre” é sua família, seus amigos, sua fé e seu relacionamento duradouro com alguém nada popular porém incrível.

Há e a trilha sonora do filme é ótima. E a cena que eles cantam a musica tema de abertura do Pokémon é impagável!

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Coisas da minha infância


Quando eu era criança até brincava na rua e tal, mas sempre fui muito ligada a tv e ao cinema. Essa paixão é desde sempre, não sei dizer quando começou esse amor todo pelas séries, filmes e nesse caso os desenhos. Admito que hoje em dia não assisto muito aos desenhos, não consigo me interessar por nenhum nessa nova leva. Quando paro para assistir sempre são os antigos, os “do meu tempo” Pernalonga, Tom e Jerry, Piu piu e frajola e etc... por isso vou listar para vocês tudo que fez parte da minha infância e me marcou até hoje! (Vou misturar os seriados, filmes e desenhos para a brincadeira ficar mais legal)

O fantástico mundo de Bobby


Esse menino com a mente fértil foi o responsável pelo que sou hoje criativamente, ele despertou esse meu lado sonhadora, de criar coisas novas e tal. Foi por causa da imaginação mirabolante dele que a minha se expandiu e eu comecei a escrever historinhas e criar universos paralelos. Muito obrigado Bobby

Família dinossauro


Não é a mamãe! Você já disse isso pelo menos uma vez na sua vida! Dino, Fran, Charlene, Bob e baby eram uma família como qualquer outra (tirando o fato de serem dinossauros). Com episódios muito engraçados e animatronics super legais eu adorava ver essa família jurássica, não importa em que canal e quantas vezes.

Os batutinhas


Um dos filmes mais repetidos pelo sbt, os batutinhas são um clube de meninos que odeiam meninas, mas sempre tem que ter um que destoa e esse é alfalfa o menino do cabelo de espeto e voz afinada que conquistou o coração de Darla, aquela fofurinha de criança. (o alfalfa está um gato hoje em dia, vê aqui:http://speakcinema.blogspot.com.br/2014/09/20-anos-do-filme-os-batutinhas.html )

Blossom



Essa é a série onde a Amy farrah fowler de The big bang theory a Maym malik era uma adolescente normal enfrentando o dilema dessa fase tão contraditória. Ela vivia com o pai e os dois irmãos, um deles Joey, que era muito fofo e eu tive uma paixonite. Obs: foi nessa série que eu ouvi pela primeira vez a palavra “camisinha” e fiquei confusa por tempos por não entender como uma camisa cortada pela metade (a tal camisinha) poderia proteger alguém. Olá puberdade!

Chaves


Essa nem precisa de sinopse. Um menino que mora num barril (mentira que ele morava no oito) e vive numa vila cheia de personagens diferentes e ao mesmo tempo iguais a pessoas do nosso convívio. Chaves é eterno, posso assistir o mesmo episódio pela milésima vez e vou rir sempre.

Três é demais


Outro seriado do sbt, três é demais estava sendo exibida recentemente e é sobre a família tanner. O pai é Danny (que kids... ele é a voz que narra a saga de Tedy mosby em How I Met your mother) que após a morte da esposa chama o melhor amigo Joey e o cunhado Jesse (tio Jesse <3) para ajudá-lo a criar as três filhas, Michelle, Stephanie e DJ. A série que me proporcionou várias risadas e também vários suspiros nas cenas do tio Jesse com a michelle

Pokémon


Temos que pegar, isso eu sei... até hoje sei cantar a música de abertura de cor. Eu era desencorajada por todos a ver esse desenho, simplesmente por que as pessoas próximas a mim diziam que ele era “demoníaco” e acredito que seja pois eu não conseguia parar de vê-lo. Bebi litros e litros de guaraná pitchulinha para achar o Pikachu na pokebola que vinha com o refrigerante. Obs: chorei horrores na escola quando exibiram o filme e o ash virou pedra.

Os ursinhos carinhosos


Outro de abertura marcante, os ursinhos carinhosos estão aqui para ajudar... rs eles eram fofos, coloridos e venciam o mal laçando arco íris da barriga, tem coisa mais absurda, idiota e maravilhosa que isso? Obs: em alguns episódios eles faziam tutoriais para criar coisas e foi por causa deles que desperdicei várias batatas da minha mãe para fazer carimbo! (Até ela comprar um jogo de carimbo e eu desperdiçar farinha para aprender a fazer mini jarros) obrigada ursinhos por me fazer desperdiçar a comida aqui de casa.

Os Goonies


Este não tem abertura mas tem uma música muito legal da Cindy Lauper. Os Gonnies eram vários amigos que vão à procura de um navio pirata e a lenda willy caolho. É uma grande aventura clássica dos anos 80 e da sessão da tarde que despertou meu espirito aventureiro. (e esse espirito está adormecido a anos)

Tv cruj


Era uma espécie de clube do Mickey brasileiro. Onde crianças faziam uma transmissão fake “pirata” de um programa de variedades. Era apresentado pelo Caju, macaco, chiclé, maluca, pipoca e o Rico. Foi um dos programas mais populares dos anos 90. Recentemente eles invadiram a transmissão do programa The noite e matou um pouco da nossa saudade.

Todos os filmes da Disney


Sou uma adulta viciada em filmes da Disney. Até hoje tenho aquelas fitas vhs verdes dos filmes. Assistia todos os dias e as vezes mais de uma vez por dia quando criança e todas as vezes era mágico. Apesar de amar absolutamente TODOS meus preferidos são O rei leão, Branca de Neve, Mogli, Peter Pan, Aladdin, Pinóquio e A bela e a fera. Obs: sei o trecho inteiro de Hakuna matata (isso é, sem problemas rs) a música e inclusive as falas. Choro até hoje com a morte do Mufasa

Os fantasmas se divertem


Beetlejuice, Beetlejuice, Beetlejuice! Eu sempre repetia isso para que o “Besouro suco” aparecesse. Esse é um dos clássicos da sessão da tarde que eu via um milhão de vezes, sempre amei esse universo dark e emo do Tim Burton, queria muito ser a Lydia quando criança, Winona Ryder foi uma atriz que marcou a minha infância. O visual do filme, a jornada pós morte e os momentos musicais me fizeram amar e assistir diversas vezes.

Tv colosso


Era um programa brasileiro protagonizado por Priscila e outros cachorros muito divertidos. Eu tinha a fita vhs do episódio da mansão assombrada e adorava, era fã do Gilmar. A abertura também era clássica e me dava vontade de apertar todos aqueles cachorros fofos. Sou Felícia desde sempre também.

Como podem ver muitas coisas me marcaram, essa lista é interminável. Ainda há vários seriados, filmes e desenhos mas se eu for colocar todos essa lista vai dar 10 páginas ou mais. Ainda bem que esse blog não abrange musica por que se não iria passar vergonha. Você que é criança curta essa fase linda e aproveite o máximo que puder, pois ela passa muito rápido. Meu conselho é: seja criança! Não queira crescer rápido demais. Não queira namorar, usar drogas e fazer besteiras por aí, vá ver um desenho, vá brincar, vá ser feliz sem preocupações, pois a vida adulta é muito complicada.

Cruj cruj cruj tchau...


domingo, 11 de outubro de 2015

Review Scream Queens


       Scream Queens é uma série adolescente que estava sendo super aguardada. Com elenco cinematográfico e o gênero terror misturado a sátira ela estreou bem, mas causou estranheza por parte do publico, principalmente os que estavam ansiosos.
A série é sobre um grupo de patricinhas de fraternidade que acabam envolvidas em um crime e por consequente acabam sendo alvo de um assassino que usa mascara de demônio e roupa vermelha. (really?)
       A protagonista é Channel, vivida por Emma Roberts e a cantora Ariana Grande e a pequena miss sunshine Abigail Breslin são duas de suas seguidoras, Channel 2 e Channel 5, porque para a líder os nomes delas não são importantes. A sátira já começa pelo nome da protagonista, muito sugestivo uma patricinha que usa roupas de alta costura ter nome de grife internacional chique. E Muita coisa dela remete a Blair de Gossip girl. Ela é rica, mimada, cruel com as amigas, sarcástica, tem um grupo de seguidoras/capachos e tem uma empregada que ela maltrata. A única diferença é que Blair apesar de tratar mal Dorota ela se importava com ela e de vez em quando elas tinham seus momentos mãe e filha. A pobre empregada da Channel não teve nem tempo de evoluir a relação das duas.

       No pé da protagonista há a diretora interpretada pela Jamie Lee curtis que por acaso começou sua carreira num filme de terror, sua personagem é uma espécie de Sue Sylvester (Glee) mandona, fria e perseguidora. Ela obriga as patricinhas da Kappa a aceitarem todas as meninas que forem se candidatar a fraternidade e por isso os tipos mais bizarros surgem para participar. Há a Taylor Swift surda, uma menina obcecada pela cantora, (ama as músicas, mas é surda, critica sim ou claro?) tem a personagem da Lea Michelle que usa colar cervical e tem a lésbica japonesa. A moçinha da trama é Grace (Skyler Samuels) menina muito ligada ao pai e que só quer entrar na fraternidade por que a mãe quando adolescente fez parte, logo no 1° episódio ela mostra ser a “falsiane” boazinha do grupo, vai se infiltrar para desmascarar a diva suprema. Ela é amiga da Zayday (keke Palmer) que também não morre de amores pela Kappa.


       Como toda série do Ryan Murphy essa também mexe com os mais variados estereótipos só que diferente de Glee, em Scream Queens parece não haver espaço para superações. Os adolescentes são retratados como pessoas perversas que ferem a todos com ações e palavras. O bom das séries é que elas roteirizam coisas que se passam em nossa cabeça, pois imagina se falássemos como os personagens de séries? Seriamos taxados de estranhos. (Mesmo não falando, só tendo gosto para algo diferente já nos consideram de outro planeta). As vezes muitos nos olham de maneira diferente quando trazemos a linguagem do twitter para a vida real. “crush, shippar, queria estar morta, eu to no chão e etc..” não sei vocês, mas já levei muita lição de moral por falar coisas do tipo. (mais por parte dos adultos e do povo do facebook) imagina se eu chamasse minhas amigas de vadia e meninos gays de porcelana? Além disso Ryan critica o estilo de vida da juventude que está sempre conectada. Em uma das cenas a menina está cara a cara com o assassino e responde as suas ameaças via mensagens, além de voltar a vida para twittar que estava sendo morta e então morrer novamente... só assim ela “descansou em paz” é aquela velha observação de que os teens não conversam (a não ser pelo whatsapp) não assistem um show, a uma peça, não fazem uma viagem sem filmar e etc... eles (inclusive eu) estão sempre com o celular na mão prontos para registrar tudo e não viver plenamente nada. Ryan sabe brincar com esses vícios e manias perfeitamente. Ele entende os adolescentes dessa geração e volta com os conceitos da popularidade, da menina popular que tem que ter um namorado popular para SER popular, sua ressalva como sempre é de que não teve amor dos pais e que no passado possivelmente era normal como todas as outras. O bom dele é que ele sempre mescla maldade com a personalidade da boazinha. Em Glee Rachel era a mocinha, mas não era a menina inocente, ela era ambiciosa e tinha seus momentos de vilã assim como provavelmente Grace terá, junto de seu interesse romântico Pete (Diego Boneta, que me choca toda vez que eu lembro que ele fez a novela Rebelde)
       Com momentos bizarros (sério que a menina não sabia que estava gravida? E que Gatorade revitaliza depois de dar à luz?) Referencias pops, críticas subliminares a cantores de sucesso e com atuações medianas, só Emma Roberts que se sobressai. Scream Queens juntou armas certeiras para fazer dar certo, além das citadas acima que nos trás de volta tudo que amamos em outras séries e filmes ainda conta com varias participações especiais (Nick Jonas lindo como o Best gay do namorado de Channel) não sabemos se toda essa mistura solará ou encontrara o ponto certo. E não se sabe se resistirá a mais de uma temporada pois aparentemente a audiência não encara muito bem as críticas a si mesmos.

sábado, 3 de outubro de 2015

Review Que Horas Ela Volta?


       Que horas ela volta? Seria mais um filme brasileiro que passaria despercebido pelo meu olhar de telespectadora e critica. Como critica isso jamais deveria acontecer, mas infelizmente acontece. As comédias padrão zorra total que tomaram conta do cinema brasileiro ultimamente faz todo e qualquer amante do bom cinema torcer o nariz para as produções nacionais. Fazia tempo que não surgia um “tropa de elite” um “Cidade de Deus” ou mesmo um “central do Brasil” para nos fazer retornar as nossas raízes. Que horas ela volta? É o que mais nos aproxima atualmente desses títulos. Dado a quantidade de publico que foi levado ao cinema impulsionado por uma possibilidade de indicação ao Oscar. Se for mesmo indicado será merecidíssmo.
       Com roteiro e direção de Anna Muylaert o filme retrata o cotidiano da empregada doméstica Val, (interpretada por Regina Casé que está tão diferente no papel que em nada lembra a apresentadora do programa Esquenta) que mora no serviço e vê as coisas mudarem quando Jessica (Camila Márdila) a filha que ela deixou em Pernambuco vem para São Paulo para prestar vestibular de arquitetura.

       Os patrões de Val são Barbara (Karine Telles) e Carlos (Lourenço Mutarelli) que aparentemente a tratam como “parte da família” mas cometem abusos que a própria empregada encara como normalidades da sua função. Ela foi contratada como serviçal e aprendeu a sempre chama-los de Sr e sra, (até fora do horário de serviço) a nunca comer da mesma comida que eles, a pegar agua e sorvete para eles até quando eles estão do lado da geladeira, a não entrar em hipótese alguma na piscina e etc.... para Val essas atitudes são completamente normais mas Jessica começa a fazê-la pensar de forma diferente. Fabinho (Michael Joelsas) é o único da família que realmente respeita e trata bem Val. Até porque ela é a representação de mãe para o menino que foi praticamente criado por ela. Já que a mãe e o pai sempre trabalharam muito para preservar seu patrimônio e serem cada vez mais ricos. 


       O filme é uma critica a relação empregado x patrão. É uma critica a uma categoria de trabalhadores tão desprezados e desvalorizados. Que fazem tudo pelos patrões e por seus filhos, mas não obtém reconhecimento. E o pior de tudo é que existem muitas Val’s por ai que aceitam essa condição e acham que esse é seu papel na sociedade. Que está tudo bem não ser ouvida, não ser respeitada, não ser tratada bem, a trabalhar duro para receber pouco e ouvir reclamações. Afinal elas são contratadas para essa função não é mesmo? Fazer tudo na hora que o patrão quiser sem reclamar e com um sorriso no rosto porque o pão está na mesa todo mês. Quando essa triste realidade mudará?
       Regina retorna com uma excelente atuação, que lhe rendeu prêmios e mostrou quão boa e verdadeira é sua performance. Seu rosto passa todas as inseguranças de Val. E posteriormente todo seu descontentamento. Karine Já tem cara de patroa entojada. E suas expressões de desaprovação eram ótimas. Camila com um sotaque carregadíssimo apesar de novata também se saiu muito bem como Jessica que quebrou o tabu de menina boba e burra do interior. Ela era decidida, segura e inteligente. Uma menina que foi pra São Paulo estudar e não trabalhar igual a mãe. (Para surpresa da patroa). Ela é igual a Fabinho, só que ele é um menino rico e mimado (porém carinhoso) que estudou nos melhores colégios. Em um momento Val até comenta que Jessica é metida, sem saber que ela era apenas realista e não abaixava a cabeça para aqueles que nem sequer eram seus patrões.
       Que horas ela volta? É o tipo de filme que toca na ferida e que faz salariados como nós nos identificarmos com várias situações. Independente da profissão. Eu mesma me identifiquei bastante com os mandos e desmandos sem sentido dos patrões e percebi que já fui muito “Val” agora sou mais “Jessica” a frase “da família” já foi mencionada no meu emprego e aos poucos fui vendo o meu lugar nessa “família” e é o mesmo que o de Val, alguém que está ali só para servir. Tomara que com esse filme o cenário comece a mudar e as empregadas vejam que elas têm o seu valor e que elas devem se impor sem medo de sofrer represálias ou serem demitidas. 

Review Maze Runner: Prova de fogo


       Coincidentemente de tempos em tempos uma nova moda cinematográfica é instaurada. Depois do sucesso que foi Mad Max, surge mais um filme rodado no deserto. Não que esse cenário venha virar “modinha”, mas é difícil não associa-los. Dada a tanta poeira e personagens fortes.
Maze Runner é mais uma saga adolescente bem-sucedida e inspirada em uma série de livros. E a segunda saga atual de que mais gosto. Está no topo das bilheterias e chegou a superar até a saga Divergente em questão de rentabilidade e interesse do público. Pessoalmente não gosto de Divergente, achei o primeiro filme muito fraco e tão desinteressante ao ponto de não ter despertado nenhuma vontade de assistir ao segundo, por isso que até hoje não o vi. E Divergente tem em seu elenco grandes atores como Kate Winslet e jovens estrelas em ascensão como a Shailene, o Gus.. ops... Ansel, o Miles Teller (que arrasou em wiplash) e o Theo james. E apesar de gostar desse time eles não foram suficiente para despertar minha atenção como aconteceu com Maze Runner. (Lembrando que não li nenhuma das sagas)

       Esta é a fase dois da aventura, eles saíram do labirinto mas sentem que ainda há muito o que enfrentar. Eles chegam numa espécie de fortaleza no deserto e enquanto os meninos e Teresa se sentem protegidos lá, Thomas sente que há algo errado e logo descobre que está certo, sendo ajudado por um novo membro ele vê que a “cruel” ainda os controla e logo dão um jeito de saírem dali, só que há os Cranks, pessoas infectadas que são uma espécie de “zumbis do deserto” 
     

       Comecei desacreditando que pudessem fazer algo legal com Maze Runner e mesmo assim fui ao cinema assistir o primeiro filme e simplesmente adorei, fiquei fascinada pela ação, pelo tema e pela inquietação do jovem protagonista. Já conhecia Dylan O’brien de Teen Wolf e sabia que ele era competente e nesse segundo filme ele está melhor ainda. O filme não tem o calibre crítico e social de Jogos Vorazes, a crítica é bem sutil e despercebida. Você não pode se conformar com o que vive, você deve lutar para achar a saída para seus problemas e da sua sociedade e o filme mostra que quando temos coragem de fazer a nossa parte conseguimos vencer nosso sistema e ajudar quem precisa. Ok, isso também se aplica a Katniss e os Jogos vorazes, só que nele o tema é muito mais explícito e muito mais explorado. O que difere ambas as sagas e torna Maze runner superior é no quesito ação. Em jogos vorazes há a arena e a corrida pela sobrevivência, mas também há os diálogos e as cenas de suspense super estendidas. O último filme é um exemplo disso. A questão psicológica é maior do que o entretenimento corporal. E maze Runner nos traz ação e correria do começo ao fim. Você não fica entediado, você se sente parte do grupo e embarca na aventura com eles. Tomara que os próximos continuem nesse ritmo.
       Portanto Prova de fogo retorna com bastante ação, correria, novatos competentes e o elenco que antes que era inexperiente agora está bem fortificado. Reza a lenda cinematográfica que os segundos filmes de sagas são sempre os mais fracos e usados como ponte para os próximos, eu discordo em partes. O segundo de Jogos Vorazes o Em Chamas é o meu preferido da saga até agora e este de Maze Runner foi ótimo também e provocou no público revolta e vontade de esganar um certo personagem traidor. Eu entendi as razões dele e até considerei sua atitude ingênua. A minha revolta em relação a este mesmo personagem é que mais uma vez ele foi deixado de lado, não teve tanta importância e vou continuar esperando seu grande momento triunfal (que nunca chega) ele ainda está muito clichê e mais uma vez confirmamos o estereótipo do personagem chato e descartável, quando poderiam fazer tantas coisas com suas atribuições. Tomara que o Pokémon evolua no próximo filme.

Review A Garota que você deixou para trás


       Eu gosto de dizer que a minha autora preferida do momento é a Jojo Moyes mesmo lendo apenas dois livros dela! Sim guys, eu não tenho muita propriedade para afirmar isso e mesmo assim o faço. Isso se dá pelo fato de que fui totalmente fisgada por Como eu era antes de você, primeiro livro que li da autora. Ele realmente me pegou de jeito (mas isso é assunto para um próximo review)
       Com as expectativas altíssimas comecei a ler A garota que você deixou para trás, livro lançado em 2012.Aqui no Brasil foi lançado pela intrínseca. A capa é bastante similar à de Me before you e a forma de contar a história por duas vertentes é similar à de outro livro da autora A última carta de amor (que está na minha lista) ambos entrelaçam duas narrativas de pessoas diferentes em épocas distintas.
       A garota...é um drama que começa em 1916, numa cidade chamada St Pérone onde mora Sophie com sua irmã Hélene e seus sobrinhos, enquanto os maridos delas tentam sobreviver na guerra, elas tentam sobreviver numa cidade ocupada pelos alemães que os privam de qualquer condição humana de vida. Esposa de um artista não muito famoso, Sophie relata alguns trechos de como o conheceu e como ele a retratou no quadro com o nome título do livro. Em meio a lembranças passadas de uma vida boa, ela tenta levar a vida com esperança, apesar da situação precária. Logo as irmãs se veem servindo os oficiais da tropa alemã em seu restaurante e vivem sobre as ordens dos mesmos, até que o comandante da tropa se apaixona pela mulher do quadro. (Sophie na versão nutrida por assim dizer)
       Já na Londres de 2006 vive Liv, uma viúva que passa por uma depressão por não superar a morte prematura do marido David, que o presenteou com o quadro da garota... e de repente ela se vê perdendo o quadro e última lembrança de seu falecido esposo.
Sophie e Liv são mulheres esperançosas, corajosas e decididas. Se acreditam em algo vão até o fim para conquistar seu objetivo e por isso as duas sofrem bastante no decorrer de suas jornadas. Ambas seguiram caminhos que para as pessoas a sua volta pareciam improváveis. Sophie foi julgada pela própria família e Liv por todos da cidade. Fizeram coisas que depois quase se arrependeram, felizmente tiveram desfechos favoráveis.
Jojo é uma autora conhecida por passar a verdade para suas palavras, ela relata a vida real. Ela é ótima em contar as “sofrencias” de seus personagens. A solução dos problemas deles não chega de mãe beijada, eles peregrinam bastante para alcançar a felicidade, isso quando alcançam (estou falando de você Will Traynor) por isso me admirei com o final das respectivas histórias. 


       Sophie começou uma amizade inesperada com o Herr Kommandant da tropa nazista que a convidou meio que indiretamente para transar com ele em troca de ver Édouard. Ela era uma mulher fiel e honrada, mas em meio ao desespero de não receber notícias de seu marido acabou indo para a cama com o oficial. Acabou sendo desprezada por ele, apenas por não ser aquela mulher linda e despreocupada do quadro. E mesmo se sentindo humilhado ele cumpriu a promessa e depois de comer o pão (preto) que o diabo amaçou ela finalmente encontrou seu amado.
Esse desfecho foi bastante confuso para mim, até mais do que o de Liv, pois Paul (o interesse romântico da mocinha) encontrou as provas certas e ela ficou com o quadro, o final dela só foi feliz por que o de Sophie também foi, caso ela tivesse morrido numa vala em um lugar qualquer da Alemanha Liv não teria a “guarda” de seu quadro judicialmente.
Os fatos históricos, os livros, os documentários e os filmes que retratam os fatos reais da ocupação alemã no período de guerra me fizeram torcer o nariz para a bondade do Kommandant. Não sou daquelas pessoas que acham que todos os alemães são ruins, mas me custa acreditar que a Jojo uma autora tão pé no chão tenha concedido um final feliz a dadas circunstancias. Talvez todos esses livros, filmes e etc... Tenham me feito vê-lo como aquele oficial sem coração de “o menino do pijama listrado” e não como um ser humano com compaixão. Eu generalizei sem querer querendo e o encontro de Sophie e Edouard que deveria ter me levado as lágrimas apenas me causou um levantar de sobrancelha do tipo “isso é verdade? ” “Ninguém morre? ” Por mais ruim que isso seja. Mas vejam... meu raciocínio foi: Jojo matou um tetraplégico com toda uma vida pela frente porque não duas pessoas praticamente condenadas nas mãos dos soldados?

E isso é o bom da autora, ela diversifica, nos surpreende, ela nos mantem interessados, mesmo que alguns trechos tenham sido meio boring, principalmente as indagações de Liv e as partes no tribunal (não quero ler NADA que tenha a ver com meu trabalho, NÃO) nesse livro ela tem o poder de nos chocar com a realidade e nos dar o suspiro de alivio (mesmo que improvável... tá parei) depois. Que venha os próximos livros da Jojo e que venha o filme deste, nas mãos certas daria um drama digno de Oscar.