Ouvir
música enquanto dirige é uma das coisas mais libertadoras do mundo, ir para o
trabalho (e voltar dele) ir para um compromisso importante, para a faculdade
fazer uma prova difícil e tantas outras coisas podem ser amenizadas com uma música
que amamos tocando no radio do carro enquanto o vento bate no rosto. Esse
conceito é muito bem aplicado em Baby driver, ampliando ainda mais essa ideia,
e com ela nos oferecendo um filme cheio de adrenalina, música boa e que não
precisa de um roteiro brilhante para ser melhor do que os outros filmes que
usam essa combinação.
Em
ritmo de fuga, baby é um rapaz que precisa ouvir musica o tempo todo para
amenizar um zumbido em seus ouvidos e ele é um piloto de fuga que trabalha para
Doc, mas que quer sair dessa vida.
Gosto
muito do diretor Edgar Wright, ele é alguém que tem um estilo próprio de fazer
cinema, parece não estar interessado em grandes produções, vazias de
significado e que faturam milhões nas bilheterias. Esse talvez seja seu projeto
mais ambicioso, mas que aparentemente começou sem grandes pretensões, porém foi
tomando proporções gigantescas, conquistando 95% no Rotten Tomatoes (antes
estava com 98%) e levando o publico ao cinema, principalmente os cinéfilos, até
os que estavam com dois pés atrás em relação ao filme (eu mesma).
Edgar
fez anteriormente filmes menores como a trilogia corneto protagonizada pelo
Simon Pegg e o Nick Frost, o meu preferido é Todo mundo quase morto e já
indiquei ele e Heróis de ressaca (outro filme da trilogia) em um post sobre 5 filmes para conhecer o Simon. Outro ótimo filme dele e que foi muito mal
compreendido pelo publico, mas aclamado pelos cinéfilos nerds foi Scott pilgrim
contra o mundo.
A
musica sempre teve um papel importante nos filmes de Edgar, nos filmes que
citei a trilha sonora sempre foi pontual, inclusive musicas do Queen são muito
bem utilizadas em seus filmes, em Todo mundo quase morto teve uma cena icônica
com Don’t stop me now e aqui com Brighton Rock. E não só de Queen viverá Edgar,
mas também de The commodores e tantos outras excelentes bandas e cantores. Cada
momento musical era como assistir a um videoclipe muito bem editado e super
cinematográfico. A montagem e edição tem um papel primordial para deixar essas
cenas impecáveis. A forma como as partes do carro dançam ao ritmo da musica,
até os tiros e manobras são sincronizadas no ritmo do som. Os
minutos iniciais do filme já apontam os grandes momentos que virão pela frente.
As
atuações não são o grande forte do filme (o melhor do filme já foi citado
acima) apesar disso Ansel Elgort que faz baby, Kevin Spacey como Doc e Lily
James como Deborah estão muito bem. Kevin faz um bandido bonzinho em um papel que
trás novidade para esse tipo de personagem, Lily é a típica mocinha gente boa
que está na trama para mudar a vida do protagonista e mesmo sendo estereotipada
a atriz consegue fazer com que essa personagem não seja igual a tantas outras,
que seja no mínimo agradável, Ansel em seus papéis de destaque sempre
interpreta aquele cara diferente e visto como estranho pela sociedade. Antes
ele foi um adolescente sem uma perna que usava um cigarro mas não fumava, agora
ele é um motorista com um zumbido no ouvido que não passa e para ameniza-lo
precisa ouvir musica constantemente. A musica é a vida dele, e o papel dela em
Ritmo de fuga é essencial, é como se ela fosse um personagem também.
Os
ladrões interpretados por Jamie Foxx, Eiza González e Jon Hamm são uns dos
personagens mais chatos do ano, o roteiro também de Wright não conseguiu
desenvolve-los bem e por isso eles são um pé no saco. No final nós achamos que
finalmente o casal Bonnie e Clyde fajuto terá alguma utilidade e não serão só o
cara charmoso e a menina gata, mas o tiro sai pela culatra e o personagem de
Hamm fica insuportável. Outro que é difícil de engolir é o personagem de Foxx,
ele tenta reprisar seu personagem em Quero matar meu chefe, mas aqui não passa
de um cara chato, que só faz bullying e não tem redenção nenhuma, nenhuma
qualidade, é só um sujeito desagradável.
As
cenas de ação são eletrizantes. Pensei que teria muito mais cenas
automobilísticas do que teve, porém as poucas foram bem executadas sem ser tão
exageradas que beiram ao ridículo. Foi um ótimo trabalho de dublê também.
Baby
Driver tem todos os elementos para ser só mais um filme de carros bonitos que
correm bastante ao som de uma musica legal e mesmo com um roteiro simples sobre
um garoto que apenas quer sair da vida do crime e fugir com a namorada, ele
consegue ser muito melhor do que franquias como Velozes e furiosos. A diferença
entre esses filmes é a boa direção, e o bom planejamento das cenas juntamente
com as musicas escolhidas, casando esses dois elementos e dando sincronia a
cada cantada de pneu.
Oiii tudo bem??
ResponderExcluirNão conhecia esse filme, fiquei bem interessada.
Adoro filmes com músicas bem escolhidas.
Adorei a critica.
Bjs Rafa
Olá, tudo bem ?
ResponderExcluirEu vi algo sobre esse filme estes dias, acho que em uma noticia do UOL, enfim...me chamou a atenção e ao mesmo tempo não rsrs. Gostei das músicas e da temática, mas agora ao ler que é fraco na questão de interpretação, eu desisti rsrs.
Beijos
www.estilo-gisele.blogspot.com.br
Oie, tudo bem?
ResponderExcluirNão curto muitos filmes, mas tenho ficado cada vez mais ansiosa para assistir filmes e esse parece ter uma premissa muito interessante, eletrizante e viciante. Adoro essas cenas de ação.
Gosto muito de trilhas sonoras nos filmes e esse parece ter uma incrível.
Vou super anotar a dica.
Beijos,
http://www.umoceanodehistorias.com/
Olá!Tudo bem?
ResponderExcluirEu nunca mais assistir um filme mas esse parece um que posso assistir.
Goto de filmes que a trilha sonora sobressai e junto com cenas de ação fica ainda melhor.
Gostei do sua opinião.
bjs
Oieee, tudo bem? Ahhh, me apaixonei pela trilha sonora. Fui ver esse filme pelo Ansel Elgort, mas que surpresa, o roteiro não é espetacular, e tem seus defeitos o filme, mas vale muito a pena ver realmente, e como você disse a trilha sonora é o forte do filme!
ResponderExcluir<3
Olá
ResponderExcluirNão conhecia o filme, mas como amo um bom filme a dica já está mais que anotada . Amo filme com carros, não é atoa que sou alucinada com velozes e Furiosos. A premissa é bem interessante você foi bem detalhista em cada parte do filme. Espero ansiosa para poder assistir.
Oi.
ResponderExcluirEu ainda não tinha visto nada sobre esse filme. Realmente música e carro sao uma excelente combinação, me ajuda bastante a aplacar a ansiedade..
Para falar a verdade sou beeemmm leiga no que diz respeito aos aspectos técnicos dos filmes. Depois da sua critica fiquei com vontade de assistisr valoses e furiosos e depois assisitir esse filme para comparar.
Parabéns pela crítica muito bem feita.
Beijos.
Oiee ^^
ResponderExcluirCheguei a ver "Scott Pilgrim contra o mundo" quando era mais nova, mas quase não me lembro da história...haha' Acho que foi o único filme desse diretor. Gosto muito de filmes que saem do comum, sabe? Que não seguem à risca só para ganhar muitos prêmios e levar o povo pras bilheterias. Gosto de filmes que impactam, que são diferentes e que me deixam chocada, e se tiver música no meio então... Melhor ainda! Fiquei curiosa para ver este filme, parece ser diferente de tudo o que eu já assisti. Gostei.
MilkMilks ♥
Oii!!
ResponderExcluirEu ainda não conhecia esse filme, gostei de conhecer um pouco sobre ele.
Eu gosto muito de filmes de corrida e ação, vou assistir com certeza, já salvei aqui.
Eu acho o Ansel um ator bem medíocre, então me achei menos cri-cri quando você falou que as atuações não eram destaque. Não é um tipo de filme que me agrade, pois não sou uma pessoa musical, sou bem apegada a certos artistas e é raro me propor a ouvir coisas novas, então um filme onde a música tenha algum significado não me diz nada...
ResponderExcluirNão assistiria no cinema, mas em casa na TV à cabo pode ser que role.
Beijos
Oi! Tudo bom?
ResponderExcluirInfelizmente o gênero do filme não faz muito meu estilo :(
mas adorei saber pela sua crítica que o filme é bem melhor do que o esperado, a diferença que faz uma boa direção né? Um filme que ninguém estava esperando acaba sendo melhor que muitas franquias parecidas simplesmente pelo trabalho do diretor