sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Review Série Outcast


          Como eu havia falado no review de Preacher as séries sobre Deus e demônios estão na moda e mesmo que a premissa seja a mesma, elas são completamente diferentes em alguns sentidos (pelo menos as que eu assisti até agora) Outcast e Preacher abordam temas sobrenaturais e religiosos, mas difere em muitos aspectos. Enquanto esses assuntos são abordados com senso de humor na série do pastor, do vampiro e da assassina, em Outcast não há tempo para piadas. O clima da série é continuamente sério e tenso. Entre tantas outras diferenças que podem ser notadas, mas claro que há semelhanças, os protagonistas de ambas estão inseridos em um universo religioso mas eles não acreditam verdadeiramente em Deus, Kyle muito mais do que o Jesse, mas ele também fraqueja algumas vezes. E nas duas há um pastor que bebe, fuma e fala palavrão o que eu gostaria muito de entender....

           Mas enfim... Outcast é uma série produzida por Robert Kirkman, mesmo criador de The Walking Dead e Fear The Walking Dead e que tem como protagonista Kyle Barnes que vive rodeado de pessoas com possessão demoniaca e ele precisa descobrir por que isso vem acontecendo com ele. Para isso ele se junta com o reverendo Anderson que já trabalhou muito com exorcismos.
          Já notamos a mão de Robert Kirkman a partir da abertura da série, bem parecida com a de The Walking Dead, o fato dela também não possuir um alivio cômico também é característico dele.

          Desde o começo é possível perceber que há algo de diferente em Kyle, a relação dele com os demônios nos corpos das pessoas é singular. Eles meio que sugam o que há dentro dele, não causando efeito nenhum sobre ele, além do fato deles se queimarem com o sangue dele. Ele consegue expulsar o demônio das pessoas, mas todas ficam em estado vegetativo, em uma espécie de coma eterno, como é o caso de sua mãe, que quando possuída o agrediu diversas vezes e quando ele expulsou o que havia dentro dela ela ficou nesse estado. Diferente de sua mulher que mesmo tendo sido possuída voltou ao “normal” depois, mas a filha do casal nunca esqueceu e nem mesmo ela.


          Nos primeiros episódios Kyle está sozinho e visivelmente deprimido por ter que ficar longe da mulher e da filha, pois ele se entregou no lugar da mulher, é mais fácil a justiça acreditar que um homem agrediu sua esposa e filha do que ela ter agredido a filha por que estava possuída pelo capiroto. Toda a série há esse impasse judicial pois o xerife sabe que existem forças que fazem coisas ruins com os habitantes na cidade e por conta da obvia incredulidade da justiça ele oculta esses fatos. Até por que ele é amigo do reverendo, personagem que começou como uma figura importante na cidade, mas aos poucos foi sendo ridicularizado pelo demônio em pessoa (sim o próprio tinhoso foi morar na cidade)
          Os exorcismos do reverendo não funcionam como os de Kyle. Com o passar dos anos os demos voltam para o corpo das pessoas, como se tivessem apenas se escondendo, o que acontece muito na vivencia cristã, quem é evangélico deve conhecer uma ou duas historias parecidas com essa.
        A série é bem roteirizada (mesmo que irrite com as faltas de respostas) dirigida e atuada. Patrick Fugit é um bom ator (mesmo que lhe falte um espírito paternal) o reverendo Philip Glenister também, suas emoções a flor da pele são muito bem exploradas pelo ator, Wrenn Schmidt, a irmã de Kyle também é eficiente, principalmente nos dois episódios finais onde ganha um maior destaque e até a menina que faz a filha de Barnes é boa. Inteligente, corajosa e madura pra sua idade. O meu maior incomodo com a série é o fato dela vitimizar o demônio. O tratando como crianças descobrindo coisas e isso é dito em um momento. A esposa de um dos habitantes da cidade está possuída e ele adora isso, ele gosta do fato dela parecer uma menina descobrindo o mundo, as novidades dele e até o sexo. E ela surge como uma mulher muito boa, carinhosa e prestativa. A série inova nessa visão do “coisa ruim” (meu Deus, quantos nomes que ele tem?) o atribuindo uma bondade que antes não havia sido abordada, muitos podem gostar disso e muitos podem odiar (eu por exemplo) eu espero que na próxima temporada esse lado seja explicado como o lado enganador dele, até por que só quem já teve que lidar com ele sabe que ele não é nada bonzinho...

Ps: será que todos os pastores dos EUA bebem, fumam e falam palavrão?

2 comentários:

  1. Oi Lilian!

    Eu não vi Outcast ainda, mas tenho muita vontade, uma amiga viu e adorou! Bom saber que é bem roteirizada! Adorei a dica!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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    1. Olá, tudo bem? é sim Mi, super recomendo ela ;)

      beijinhos

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