Dezembro
foi um mês esplendoroso para os fãs de Star Wars, eles não poderiam ter tido um
mês melhor, afinal aonde se ia lá estava os anúncios para o novo filme.
Maratonas dos filmes anteriores, vídeos, especulações, teorias, perfis do
facebook com sabre de luz, emoticons dos filmes nas redes sociais, milhares de
novos brinquedos nas lojas e etc... Com isso tivemos certeza da importância que
essa saga intergaláctica tem para o mundo todo.
Pesquisas
comprovaram que o assunto mais comentado nas redes sociais nesse mês foi Star
Wars e não apenas as expectativas em relação ao novo filme mas também a
nostalgia de relembrar aqueles filmes e personagens antigos que marcaram toda
uma geração e deixaram um grande legado para o cinema e a cultura pop. O
significado de “nerd cool” ganhou força através de Star Wars. E até hoje quando
você afirma que gosta desses filmes você está se auto titulando o nerd mais
legal do mundo. Por que até os que não gostam reverenciam quem gosta dos
filmes, seja pela falta de entendimento em relação a aquele universo ou ao fato
de que Guerra nas estrelas tem um grande significado, você goste dos filmes ou
não. Falo por mim mesma.
Até uns dois anos atrás eu NÃO GOSTAVA de Star
Wars. Mas sempre admirei aquelas pessoas que gostavam e entendiam a mensagem da
franquia. Mas eu simplesmente não enxergava isso tudo, mas porquê? Porque eu
não via aqueles filmes a anos! Minha mãe é fascinada por filmes de galáxias distantes,
ela assistia a série Star Trek e ficava babando e me falando o quanto era
legal, eu assistia com ela mas dormia na metade, achava muito chato (e olha que
eu não era tão pequena assim) daí que surge em 2009 o filme de Star Trek
dirigido por J.J Abrams e eu PIREI! Fiquei apaixonada pelo filme. O diretor foi
tão competente nele e na continuação de 2013 que eu passei a gostar daquele
universo de Kirk, Spock e companhia. Talvez reassistindo a série eu possa
enxerga-la com olhos mais maduros, que foi o que aconteceu com Star Wars.
Tenho que dizer que a
minha motivação para comprar o ingresso antecipado para a estreia de Star Wars
– O despertar da força foi a hype pelo novo filme. Eu adoro fazer parte desses
grupos de fãs de cinema alucinados. Gosto de participar, vibrar, gritar e
interagir com eles. As vezes sou “bazingueira” por conta disso mas e daí? Só Yoda
pode me julgar. Pelo menos quando algo está em evidencia eu procuro saber o que
é e dar uma chance a isso e foi o que eu fiz, dei uma segunda chance a Guerra
nas estrelas e dessa vez eu curti MUITO mais! Não posso dizer a vocês que virei
fã numero 1 de Star Wars, assim como também não sou de Star Trek mas olha... os
episódios 3,4,5 e 6 mudaram totalmente a minha visão massacrada sobre a
franquia. A maratona que antecedeu ao episódio 7 foi uma foi divisora de águas
cinematográficas e espaciais. Sempre tive muito preconceito com filmes sobre o
espaço ou que se passam no espaço. Nunca tive o interesse que as pessoas têm
por esse desconhecido, para elas tão atrativo e são poucos os filmes com esse
tema que eu realmente gosto. Gravidade de Alfonso Cuarón é um dos poucos que
gostei (lembrando que ainda tenho que assistir clássicos como 2001 – uma
odisseia no espaço e clássicos contemporâneos como Interestelar e Perdido em
Marte) e hoje posso dizer que Star Wars está na lista dos filmes espaciais que
eu realmente gosto.
Com
maturidade dá pra ver o quão valiosa é essa obra e como são atuais os
questionamentos dela. A critica ao regime ditador disfarçado de exaltação a
ele, a jornada do herói para descobrir sua missão, o relacionamento conturbado
de pai e filho que leva a redenção do pai, a luta do bem e do mau, a descoberta
da força interior que todos temos, e todo o cristianismo muito bem empregado
subliminarmente. Mas o mais interessante de todas essas questões levantadas por
Star Wars é que George Lucas sempre valorizou a figura feminina em seus filmes.
Antes mesmo de qualquer movimento feminista, ele já retratava mulheres fortes
que não precisam de homens para as defender. Até Padmé que era uma rainha e
posteriormente senadora e que precisava de proteção conseguia burlar isso e se
protegia sozinha. Ela podia parecer fraca e indefesa mas na hora das batalhas
ela pegava uma arma e ia pra cima. Assim como sua filha Leia que liderou tropas
e lutou contra o império antes mesmo de se unir a seu irmão Luke e a Han solo.
E tudo do que se lembram dela é de seu biquine de escrava e os coques no
cabelo. O novo agora tem Rey, o novo crush de todo mundo, que é uma menina
durona e batalhadora. Não é glamorosa como Padmé e Leia mas é linda e incrível
da mesma forma.
Então
se você ainda não assistiu Star Wars 7 sugiro que o faça mas não sem antes ver
toda franquia. Os dois primeiros são muito ruins eu sei, mas dê uma chance aos
posteriores, mesmo que não precise vê-los para entender o novo, só faça isso e
que a força sempre esteja com vocês.
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