Depois
de 11 anos sem Star Wars e 33 anos sem um filme da franquia realmente descente
chega nos cinemas Star Wars – o despertar da força. Dirigido por J.J Abrams,
ele é feito sobre medida para agradar aos fãs que estavam com tanta saudade. A
única coisa difícil é escrever sobre a sinopse dele sem dar spoiler mas vamos
ao básico que você precisa saber. O filme começa com Finn, um ex Stormtrooper negando- se a continuar fazendo as maldades
que a primeira ordem os designa a fazer e com isso ele foge e conhece Rey, uma
sucateira, e juntos com Han Solo, Chewbacca e BB8 (O robozinho mais
fofo do universo) partem para uma aventura a procura de Bilbo... digo... a
procura de Luke.
Antes de
estrear e bater recordes de bilheteria muitos especulavam a origem dos novos
personagens. Falavam que Finn era parente de algum personagem negro dos filmes
anteriores (really?) e Rey seria parente de alguém muito importante também. Sim
um deles é provavelmente descendente de alguém dos principais até por que não
tem como você aprender a pilotar uma nave e fazer controle da mente tão
rapidamente e sem treinamento algum e esse personagem fez isso. Essas cenas
dele são as mais legais, junto com as da percepção de que talvez ele seja um
futuro Jedi. O sabre de luz pertence a ele mas não espere saber como e porquê
disso. As descendências não são explicitadas nesse filme, isso ficará a cargo
do próximo filme.
Uma das
maiores reclamações do publico foi justamente esse excesso de pontas soltas.
Mas isso é perfeitamente justificável já que tudo será desenrolado nos próximos
filmes. Sei que isso nos deixa aflitos mas ser fã de Star Wars é isso ai. É
viver de infinitas esperas. Outra critica ao filme é a falta de originalidade,
todos alegaram que esse é idêntico ao A nova esperança. Como seria diferente?
Essa não é uma continuação propriamente dita dos mesmos personagens, ele
apresenta novos personagens para torcer e com eles mais historias sobre a
jornada do herói, o que é ótimo porque acompanhamos o desenvolvimento do tal
personagem assim como um dia acompanhamos a jornada de Luke Skywalker. Não sei
como o publico se sentiu na época que viu A nova esperança, se eles vibraram ou
acharam aquela introdução ao universo de Star Wars um pouco maçante só sei que
tirando a empolgação de estar ali vendo um novo filme da saga não consegui ficar
super empolgada como tantos fãs por ai. Tive exatamente o mesmo sentimento de
quando assisti o episódio 4 (que não é o meu preferido) não odiei mas queria
ter sentido muito mais. Talvez porque eu estava a pouco tempo habituada a esses
filmes. Era recente a minha paixão por Star Wars e ver os filmes naquela semana
(pela segunda vez em anos luz) me impediu de sentir aquela saudade e paixão que
muitos sentiram. Nem a tal morte que ocorreu me impactou do jeito que eu
gostaria. Nem o aparecimento de Han e Chewui também (já tinha visto eles num
dia anterior) mas isso também se deve a animação zero das pessoas na sala de
cinema que eu estava. Sim tinha muita gente com mascaras e espadas (a maioria
crianças) mas os aplausos e os gritos eram tão contidos que desanimei mais
ainda. Isso que dá ir assistir num shopping fino com gente de classe média alta
só por causa do Imax. Chatooos.
Assim como os anteriores quebraram preconceitos sobre as
mulheres, trazendo mulheres fortes e destemidas como falo nesse post: http://speakcinema.blogspot.com.br/2015/12/o-legado-de-star-wars.html Esse quebra
preconceitos raciais onde os três protagonistas fazem parte de uma “minoria” uma
mulher, um negro e um latino. Todos juntos em prol de salvar uma galáxia e
fazer historia no cinema. Com toda certeza isso foi de caso pensado pelo J.J
Abrams e aqui ele prova mais uma vez que é o
diretor que se devem convocar quando querem reviver franquias e escalar bons
atores. Os três são ótimos, tão diferente dos protagonistas anteriores. Daisy
Ridley, John Boyega e Oscar Isaac dão um banho de atuação em Mark Hamill,
Carrie Fisher e Harrison Ford. E olha que são mais novos do que eles nos filmes
anteriores. O único que deixa a desejar e não convence como vilão é Adam Driver
(Girls). Seu vilão surge igualmente poderoso a Darth Vader mas sua figura
imponente cai por terra quando se revela quem é por trás da máscara,
um garoto com cara de hippie que ouve Magic
o dia todo. Sua origem foi quase acertada pelo público,
já não era lá uma grande surpresa. Gwendoline Christie (Game Of Thrones) tem uma personagem incrível em GOT e quando anunciada em
Jogos Vorazes e Star Wars 7 (os filmes mais esperados do ano) houve
uma grande expectativa de que suas personagens fossem tão sensacionais como
Brienne mas nenhuma delas tiveram destaque. A sensação é que ela estava
ali só por estar.
Portanto Star Wars – O despertar da força é pouco original
mas a nostalgia vale cada centavo, a oportunidade de ver aquela jornada
novamente na pele de outros personagens é magico. Os novos
protagonistas são divertidos e rendem ótimas cenas. Nos fazem rir e chorar
também. A escalação de elenco não poderia ser melhor, misturados ao elenco
original fica melhor ainda. Um robô fofo não substitui o robô fofo anterior,
assim como os atores, os novos levariam o filme nas costas de boa,
arrisco a dizer que não sentiríamos tanta a falta dos antigos mas a presença
deles complementa o time e torna tudo melhor. Não foi o MELHOR
filme do ano mas foi uma experiência arrebatadora da mesma forma, em Imax
então... os efeitos visuais modernos deixaram tudo mais grandioso. J.J foi um
verdadeiro respeitador da obra e ajudou a engrandece-la, até
porque é sim um filme que merece toda essa
reverencia. Recomendo até para os que não viram os filmes
anteriores, pois você só precisa saber o básico do básico para se entrosar na trama. Sabendo
quem é Luke, Leia, Darth e Han
solo já dá para ver de boa. BB8 <3
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