Tenho
o prazer de anunciar mais uma parceria INCRÍVEL para o Blog. Agora somos
parceiros do Estante Diagonal, um blog que acompanho há um tempo e sou muito
fã. Essa parceria foi fechada por intermédio da Joi Cardoso que é uma fofa.
Espero só coisas boas dessa amizade. Você provavelmente já deve conhecer o
Estante Diagonal mas se não conhece dá uma passada lá no blog deles pois tem
muito conteúdo legal sobre livros, filmes, séries e etc... Abaixo as redes
sociais:
Adaptado
do livro da escritora Emma Donoghue, O Quarto de Jack trás uma historia muito
sensível e triste, mesmo que o filme nos proporcione alguns momentos de
felicidade. O filme é dirigido por Lenny Abrahamson que teve êxito antes no
filme indie Frank. Os dois filmes é a prova de que o diretor mesmo dirigindo
filmes pequenos e que possam parecer invisíveis ao publico acaba conquistando
uma audiência que só aumenta. Seus filmes vão crescendo em notoriedade por
conta do boca a boca das pessoas que os assistem. Sua atenção aos detalhes e a
mensagem que pretende ser passada também é primordial.
Considerado
pelo publico como melhor filme no festival de Toronto ano passado, Room é sobre
Joy, uma jovem que foi sequestrada quando tinha 17 anos e mantida em cativeiro
desde então, lá ela vive com seu filho Jack e quando o menino faz 5 anos eles
planejam escapar.
O
filme é narrado pelo menino Jack e por isso a narração é tão ingênua, mas ao
mesmo tempo esperançosa e bonita. O capricho usado na fotografia e na trilha
sonora cativa o expectador. Mesmo que o filme se passe a maior parte do tempo
em um quarto muita coisa dá para se extrair dele. A maneira como o menino
enxerga o “mundo” em que vive e como ele valoriza cada coisa que ele tem é
bastante tocante. Como ele cumprimenta todas as coisas do quarto quando ele
acorda (no final esse comprimento rende muitas lagrimas) e como ele gosta de
estar na companhia da mãe e isso mesmo após eles serem libertados. Não é
spoiler nenhum contar que isso acontece, o trailer já entrega eles na companhia
de outras pessoas. Joy ,que é chamada de mãe boa parte do filme, (o menino nem
sabe o nome da própria mãe pois ela esconde que há um outro mundo do outro lado
das paredes) parece ter desistido de tentar imaginar uma vida lá fora, por isso
no primeiro ato do filme ela conta varias mentiras para que o menino venha
aceitar que aquilo é tudo que eles tem, após contar a verdade o menino não se
sente confortável e parece não querer aquilo pois destoa de tudo que ele
conhece e acredita ser real.
A
fase de descoberta da criança é umas das melhores coisas retratadas no filme.
Mesmo dentro do Room quando ele vai perguntando a mãe se as coisas na TV são
reais ou não e mesmo quando já estão libertos ele continua a conhecer todas as
coisas que antes pareciam tão imaginativas para ele. Aos poucos o menino vai se
adaptando (crianças são assim...) as coisas só são mais complicadas para Joy
(...adultos nem tanto) ela percebe que tudo está diferente, que as pessoas
seguiram em frente, as coisas mudaram, as pessoas a sua volta se casaram, se
separaram, conquistaram coisas e ela permaneceu a mesma. E isso é algo difícil
de lidar.
Além
das qualidades técnicas o mérito do filme fica a cargo das atuações. Brie
Larson (Anjos da Lei) está impecável como a mãe, tanto que ganhou o Globo de
ouro e o Critics choice como melhor atriz e provavelmente ganhará o Oscar,
minha torcida é toda e completamente dela, ela merece muito por esse papel, são
duas joy’s na competição, mas essa merece muito mais. (JLaw já ganhou, melhor
passar a vez) é difícil acreditar que Brie, a dona dessa excelente atuação
nunca tinha feito algo semelhante. Seus papeis foram todos em filmes de comédia
e nenhum deles foi memorável, mesmo que ela tenha se saído bem. Não vejo que o
drama é seu forte, acredito que ela faça bem qualquer gênero. Jacob Tremplay
(que é a coisa mais fofa e preciosa desse mundo) é Jack e também está ótimo no
papel, todas suas emoções são verdadeiras e sua expressão em cada uma delas
parece trabalho de adulto, tanto que ganhou o Critics na categoria de melhor
ator jovem. Ele quase entrou para os indicados como melhor ator no Globo e no
Oscar, mas infelizmente não aconteceu. O Instagram do menino é uma fofura, fã
declarado de Star Wars e do Johnny Depp, ele posta muitas coisas legais.
William h Marcy (Jurassic Park) e Joan Allen (Diário de uma paixão) também
estão muito bem como os pais de Joy, principalmente Joan que está ótima
principalmente como a vó do menino, que o aceita e o ama.
O
Quarto de Jack é um filme que mexe muito com a sensibilidade das pessoas.
Diferente da série da Kimmy Shmidt que aborda o tema do cativeiro com bastante
bom humor e sem nenhum dano aos personagens, nesse filme vemos o sofrimento das
pessoas que passam por isso. Eu realmente não sei como a personagem não
enlouqueceu, acho que seu filho foi o motivo dela não ter desistido de viver
definitivamente e quando é questionado seu papel como uma boa mãe que deveria
ter aberto mão dele quando ele nasceu ela desaba. Ela é uma das melhores mães
já retratadas no cinema. Apesar de seu filho ser fruto de um estupro ela o ama
tão imensamente e tem tanto zelo por ele que rende cenas de nos levar as
lagrimas (eu particularmente chorei horrores) e o filme faz questão de mostrar
o lado dos familiares também, como o avô que não aceitou o neto. O mais triste
é saber que o que é retratado no filme acontece muito. Mulheres perdem suas
vidas confinadas, onde às vezes os que as mantém refém é o próprio pai ou algum
familiar. O que não é o caso do filme, pois ela foi confinada por um cara
estranho que pediu a ajuda dela na rua. O que nos faz questionar se as pessoas
são merecedoras da nossa bondade. O filme me tocou de tal forma que cheguei a
ficar “depre” depois dele e pensando nessas coisas. Eu adoro filme assim que nos
fazem se questionar coisas. Até onde devemos ir ao amor ao próximo? E como hoje
em dia se perdeu a proximidade e a conexão entre mãe e filho(a). Talvez você
fique um pouco triste, mas vale cada minuto do seu dia, assista pois no final o
misto de tristeza com alegria valerá muito a pena.
Depois
de fracassar nas telonas Shadowhunters tem sua segunda chance na TV. Ainda não
li os livros da saga Os instrumentos Imortais da Cassandra Clare, confesso que
depois de ver o filme fiquei com menos vontade ainda. O filme é
indiscutivelmente muito fraco, apesar dos atores serem eficientes, como a Lily
Collins que é uma graça e o Jamie Campbell Bower que se dá bem nos papeis
sobrenaturais, mas ainda não mostrou talento no “mundo real” mas nem isso e os
efeitos até que bons conseguiram salvar o filme das criticas. Os elementos da
obra poderiam render algo muito melhor, pois ela é bastante diversificada e
interessante, pensando nisso o produtor Ed Decter a adaptou para a TV e está
sendo exibida aqui no Brasil pela Netflix onde cada semana sai um episódio
novo.
Fazendo
um comparativo posso dizer que a série é melhor do que o filme, não é 100%
melhor, mas uns 50% ela é totalmente. No que o filme tinha de bom eles pecam,
que é na escolha da atriz para viver a protagonista, ao contrário da Lily,
Katherine McNamara que faz a nova Clary Fray ainda tem muito que trabalhar na
sua atuação, ela é praticamente novata, tem poucos filmes em seu currículo e
esse é seu papel de maior destaque e toda essa inexperiência é visível, ela tem
cara de atriz da Disney e cantora teen (nada contra) e ela não tenta ser mais
do que isso, mas vamos dar mais uma chance, vai que ela melhora com o tempo. O
elenco masculino já é um pouco mais afiado. No papel de Jace Wayland temos
Dominic Sherwood, com seus olhos de cores diferentes e que tanto dão charme e
individualidade a ele. Ele é bonito, charmoso e faz um bom trabalho como parte
do triangulo amoroso da trama. A outra ponta do triangulo fica por conta de
Alberto Rosende como Simon, o amigo nerd (e com um belo tanquinho) da Clary. É
dele as melhores frases e ele que é o alivio cômico da série. Jace também tem
seus momentos, mas são sempre aqueles onde ele se elogia para arrancar elogios
(como se precisasse de tanto) Outro gato da trama é Mathew Daddario, irmão de
Alexandra Daddario (que também é uma gata, oh família de bons genes) nos
primeiros episódios não mostrou muita coisa, além da sua beleza e dos seus
olhos azuis, mas vamos aguardar pois seu personagem é um dos mais
interessantes.
Um
rosto mais conhecido é Harry Shum Jr que interpreta o Magnus. Ele atuou na
série Glee. Em shadowhunters ele está esforçado, porém ainda mostra que seu
talento principal é realmente a dança. Voltando ao elenco feminino temos
Emeraude Toubia que faz Isabelle. A primeira coisa que salta aos olhos quando
essa atriz entra em cena é sua beleza latina, é fácil esquecer-se de
qualifica-la para simplesmente admira-la. Também a achei eficiente, ela encarnou
perfeitamente a personagem de um jeito sensual e descolado.
A
beleza do elenco é um fator muito determinante para a audiência, até porque não
podemos contar com o talento de alguns e outros elementos como os efeitos
especiais. O orçamento de uma série geralmente é menor do que os filmes, prova
disso são as grandes séries da atualidade que apesar da qualidade de roteiro,
direção e atuação pecam muito nos efeitos visuais. Uma delas é Game of thrones,
quem dirá essa. Os efeitos são aqueles vistos na novela Os mutantes e alguns
são risíveis. Algumas falas também são. A parte da roupa de couro parece saída
de alguma fanfic ruim. Mas o roteiro não é de todo péssimo, ele consegue ser
mais ponderado do que o roteiro cinematográfico. No filme ficamos alheios a
muitas coisas do livro que ficam subentendidas, já na série eles procuraram
explicar essas coisas e iluminar a trama.
Essa
é o tipo de série que sabemos que não é uma obra de arte televisiva, mas mesmo
assim queremos acompanhar. Como acontece com Teen Wolf. Para leigos da saga
como eu, bate uma ansiedade para conhecer as novas aventuras e como irá se
desenrolar as coisas que ficaram enroladas no filme. Gostei dos primeiros
episódios e continuarei acompanhando....
Hi
guys, venho trazer mais uma tag super divertida para vocês, dessa vez eu não fui
marcada e sim vi no blog Leituraterapia e logo quis fazer aqui no blog também.
Essa Tag como o nome denúncia é sobre séries, um dos meus vícios, então vamos
lá...
Perguntas:
1- Qual
a sua série favorita?
R: Friends <3
2- Qual
série você indica para todo mundo?
R: Demolidor! Uma das melhores séries de
2015 e que agrada a todos os gostos.
3-
Qual série tem o melhor figurino?
R: Gossip Girl <3
4-
Qual foi a última série que você assistiu?
R: Jessica Jones. Essa série mostrou uma heroína
de forma mais real e não fez questão de sensualizar ela como sempre acontece. Adorei
e recomendo.
5-
Já ficou triste com o final de alguma série?
R: Sim, com o de How I Met Your Mother, não
queria que acabasse nunca L
6-
Qual personagem você gostaria de ser?
R: Acho que a Jessica Jones, queria ter os
poderes incríveis dela.
7- Qual
série você tem vontade de assistir?
R: Olha são MUITAS e minha lista não para
de crescer, uma delas é Bates Motel e a outra é Orphan Black, há também tem
Doctor Who, nossa são muitas rs
8- Qual
série você não tem vontade de assistir?
R: Penny Dreadful. Tenho muito medo de tudo
que é de terror.
9-
Você assistiu alguma série só por assistir?
R: Sim, Sons of Anarchy, para a gravação de
um podcast mas acabei gostando.
10-
Pense em alguém, diga o nome dessa pessoa e fale uma série que vocês gostem em comum.
R: Meu noivo e editor dos podcasts aqui do
blog hehe assistimos juntos e amamos Teen Wolf.
Enfim saiu meu post sobre os Golden Globes! A premiação aconteceu no domingo dia 10 e foi sua 73° edição. Foi apresentada mais uma vez por Ricky Gervais (que já esteve melhor) e rendeu muitas surpresas, umas ótimas e outras nem tanto. Um semana depois, no domingo passado (17/01) aconteceu outra premiação, os Critics Choice Awards que apesar de ter quase os mesmos candidatos do Globo de ouro teve alguns vencedores diferentes e mais do gosto do "povão" essa premiação também rendeu ótimos momentos (como a entrega do premio a Jacob Tremplay de O Quarto de Jack) mas foi carente de figuras estrelares em sua noite, diferente do Globo de Ouro, onde vimos muitas estrelas de peso desfilando no tapete vermelho. O que tiveram em comum foi que ambas foram infelizes com seus apresentadores.
Mas vamos falar da moda dos Golden Globes.... Eis os meus vestidos preferidos da noite:
sempre bem vestida!
Também teve cores que predominaram, o Blue marinho (sacou a referência? hehe) e o marsala (que até algumas horas atrás para mim era vinho ou vermelho).
Agora vamos as que não me agradaram muito:
Rainha Khaleesi gótica não ficou legal
até estava bonita e ousada mas ficou muito apagada (rimou)
vestido de tia
really? para que tanta franja?
E a maior estrela da noite com vestido de balada, não ficou adequado miga
Mas vamos voltar aos vencedores! Gravei um mini podcast sobre os vencedores da noite, eu realmente queria que tivesse ficado menor, com uns 20 minutos como era o combinado mas ficou um pouquinho além disso, mas vale a pena ouvir minha voz masculina, tímida e confusa. Quero saber se vocês estão gostando desses podcasts, comentem pleasee!
ps: as musicas usadas para a trilha do podcast foram as indicadas do Globo de Ouro como melhor canção original.
Ugly
Love surgiu do nada na minha vida. Eu estava focada em outros livros quando uma
amiga me falou dele e me mostrou o teaser do filme e eu me interessei em
saber mais da historia. Quando vi já estava lendo e quando vi novamente já
tinha terminado de ler. A leitura é realmente muito rápida e prazerosa.
Ele
é escrito pela autora Collen Houver (que eu confundi com a autora da saga A
Maldição do tigre, aliás, eu estava lendo o segundo livro dessa saga quando
abandonei e fui ler Ugly Love) e o livro foi lançado em 2014 e só agora tive o
conhecimento de que ele existia.
No
livro Tate Collins se muda para o apartamento do irmão com quem vai ficar para
poder trabalhar e estudar e logo quando chega dá de cara com um bêbado em sua
porta, ele é Miles Archer, um piloto gato que trabalha junto com seu irmão e é
amigo dele. No começo a relação dos dois é meio de ódio, mas depois eles vão se
entregando ao sentimento que vai surgindo. O problema é que Miles não quer amar
ninguém, ele só quer sexo, por isso estabelece com Tate duas regras: não falar
sobre o passado e não esperar um futuro e a moça apaixonada topa.
Essa
é aquele tipo de leitura que você não consegue parar de ler, mesmo que nada de
extraordinário aconteça. A trama é bem simples, mas mesmo assim te aprisiona
até o final. E mesmo com toda essa questão de deixar o lado sentimental de lado
é fácil se pegar suspirando pelos protagonistas. Miles sofreu muito no passado
e por isso se isolou do amor, antes de Tate ele não se relacionou com ninguém
por 6 anos e essa parte eu achei meio improvável. Achei que a autora quis
idealizar o protagonista, quis o colocar como aquele príncipe que estava sendo
guardado para a mocinha, quase um virgem, mas nada que me fizesse desgostar da
escrita e das ideias da autora.
Nick Bateman, que interpretará Miles
O
livro tem muitas partes eróticas que são muito bem escritas, a sensibilidade da
autora é fenomenal, você não se sente ofendida, apenas aproveita cada parte
daquelas narrativas picantes.
Apesar das regras do Miles ele não é um macho alfa dominador que usa um
chicote na mulher amada, como outro personagem da literatura que muitos usaram
para se referir a ele. Sim, por causa do conteúdo erótico muitos compararam com
50 tons de cinza. Disseram que assim como Christian, Miles também era um
psicopata masoquista e Tate assim como Anastásia era a mocinha boba e submissa.
Mas eles são diferentes. Miles apenas não quer se apaixonar e Tate quer se
divertir com sexo e só. Sim ela acaba se apaixonando e torce para que ele
eventualmente mude de pensamento, mas ela não fica se lamentando pelos cantos,
ela aceita as condições e não tem medo de enfrenta-las. Ela não fica
choramingando para que ele mude e nem fica se vitimando. Tem certos momentos
que ela pode até parecer ser submissa, mas há uma diferença entre ser submissa
e ser uma mulher que luta por alguém. E ele não quer fazer mal a ela, não quer
trata-la como uma experiência sexual, ele a valoriza, se preocupa com ela e a
trata bem. A comparação só pode ser feita em relação às regras (a de Miles não
são nada perto das de Christian e são apenas duas) e a forma como ambos tentam
passar a imagem de que é apenas sexo casual. Miles transa e depois a deixa e
vai dormir, como se nada tivesse acontecido. Isso até o final quando ele vira o
narrador, ai vem seus momentos fofos. Isso de alternar a narração também é
muito interessante. As narrativas de Miles acontecem no passado (no final do
livro que acontece no presente) e Tate são todas no presente. O final do livro
é um suspiro atrás do outro e você tem vontade de matar a Tate por ter
conseguido um homem daquele. Além dos protagonistas, os coadjuvantes também são
muito legais, como o irmão da protagonista e o Cap, um idoso que trabalha no
elevador do prédio onde eles moram e que se torna amigo e confidente de Tate.
Talvez
muitos venham torcer o nariz para esse livro graças as comparações, mas ele
vale muito a pena. É um romance erótico que tem tudo na medida certa. Coisas
possíveis e impossíveis no amor. Talvez a narrativa no passado e o endeusamento
da ex de Miles, a Rachel, possa parecer meio piegas mas mesmo assim é muito
fofo. A melhor mensagem do livro é a que devemos lutar pelas pessoas que
amamos. Quantos casais terminam por bobagens? Mesmo Tate amando e pensando não
ser correspondida ela lutava por Miles, pois ela sentia que ele a amava, mas o
trauma do passado bloqueava qualquer vontade de assumir esse amor. É uma
leitura rápida e Excelente.
Ps:
em breve teremos filme dele! A estreia está prevista para esse ano, mas nem a
protagonista foi escolhida ainda então acho difícil de acontecer, a não ser que
eles gravem super-rápido. O Ator e modelo Nick Bateman que interpretará Miles e
ele também tem uma produtora de filmes e produziu esse teaser que você pode ver
aqui:
Os
especiais de natal são muito conhecidos pelos britânicos. As séries inglesas
sempre fazem esses episódios com temas aleatórios que servem como um presente
de natal para os fãs. A incerteza dos fãs de Sherlock era tanta que quase
desacreditamos que teríamos um especial também. Graças ao tempo incessante de
Hiatos que a série possui. Vi uma vez numa postagem do facebook que diferente
das séries normais, Sherlock não entra em hiatos eventualmente, pelo contrário,
ela sai do hiato eventualmente, o que é verdade. Quem gosta de Sherlock já se
conformou com essa demora toda e agora com seus protagonistas envolvidos em
tantos projetos grandes atualmente, será mais difícil acharem tempo para a
série em suas agendas. Benedict foi indicado ao Oscar por sua atuação em O jogo
da Imitação,(você pode ler meu review aqui: http://speakcinema.blogspot.com.br/2015/02/indicados-ao-oscar-o-jogo-da-imitacao.html) e será o Doutor Estranho nos
cinemas. Martin também estará na Marvel, mas com um papel em Civil War. Tudo
está uma correria, mas eles sempre voltam aos seus papeis mais conhecidos.
Sherlock e Watson. E o mais interessante é ver toda a essência dos personagens
ali novamente como se não houvesse passado tempo nenhum. Isso prova o quão
perfeitos são ambos para os papéis.
Sherlock
– A noiva abominável se passa na Londres Vitoriana e lá Sherlock e Watson vão
tentar solucionar o mistério da “noiva cadáver” que voltou para se vingar. O
começo do episódio é praticamente o piloto da série ambientada nos tempos de
antigamente. A versão bigoduda de Watson volta da guerra cheio de traumas e vai
procurar um lugar em Londres para ficar, ele esbarra com um amigo que conhece
alguém com quem ele possa morar (o mesmo gordinho que apareceu e sumiu no 1°
episódio da série) e apresenta John a versão de Sherlock sem os cachinhos e com
o cabelo penteado para trás. Após o encontro (praticamente um flashback) o
episódio dá um salto no tempo e mostra Watson já casado com Mary.
O
episódio inteiro é uma comparação de épocas diferentes. E uma critica ao homem
de cada tempo. Eles ressaltam como as pessoas viviam antigamente e mostram como
ainda fazemos as mesmas coisas hoje em dia, mesmo com tanto modernismo. A
mensagem de texto é substituída no episódio pelo telegrama. O irmão de Holmes,
Mycroft está mais parecido com o personagem da literatura pois está mais fofo
digamos assim, o que retrata a figura do homem rico de antigamente que só sabia
dar ordens e comer MUITO. Hoje ainda tem isso, mas a academia e a lipoaspiração
viraram nossa aliada. Mas onde a ferida mais dói é na visão que a série passa
da figura feminina e como antigamente as mulheres não eram vistas e nem
ouvidas. Mary é deixada de lado, Mr Hudson nem sequer é retratada corretamente por Watson
(que é o narrador do episódio e que escreve sobre as aventuras com Sherlock) Molly
precisa se disfarçar de homem para trabalhar no que gosta e a empregada é
simplesmente destratada. Eu amo John Watson, mas confesso que fiquei irritada
com ele algumas vezes e sei que essa provavelmente era a finalidade dos
criadores da série. Ele é o que mais faz pouco caso das personagens, ele que
faz transparecer que a opinião das mulheres não tem a menor importância. O que
destoa do John bem resolvido da atualidade. Que não se importa que Mary tome as
decisões e que não se surpreende quando vê uma mulher no poder. A mulher é tão
importante que o grande mistério escolhido para a trama gira em torno de uma mulher e não porque ela
sumiu ou precisa de ajuda mas sim porque saiu atirando na rua, se matou e
voltou triunfante com sua maquiagem branca, seu vestido de noiva e sua boca de
coringa.
O
que ajudou ainda mais a aliviar a saudade da série é que ela intercala entre o
passado e o presente. Sherlock está sob o efeito de “dorgas” pesadas e por isso
sem nem sair do avião que ele entrou no final da 3° temporada ele viaja
mentalmente para a época vitoriana e lá tenta solucionar outro mistério que
surge no caminho: Moriarty está realmente morto? A conclusão disso é meio
broxante para os fãs do vilão, mas a conclusão do mistério da noiva é extremamente
digna e bem planejada.
Todos
os atores estão bastante à vontade no retorno de seus personagens e todos eles
são definitivamente bons. Mas não posso deixar de aplaudir Benedict que retorna
com um Sherlock Holmes afetado, mas contido e com seu palácio mental muito mais
expandido, Andrew Scott que mesmo já havendo provado a qualidade de seu vilão
Moriarty volta muito melhor, com direito as caretas que tanto admiramos e por Incrível
que pareça a Louise Brealey que sempre foi uma mosquinha morta como a Molly nas
outras temporadas, mas que no especial trás força e atitude para a personagem,
obtendo o destaque que merecia, além de estar linda como cosplay de John
Watson.
Mark
Gatiss e Steve Moffat que são os criadores da série capricharam num episódio
que levanta muitas questões e faz citação ao Sherlock da literatura. Os fãs
mais saudosos de Conan Doyle vão se deliciar com tantas referencias e homenagens.
E o mais legal é a forma sensacional que eles souberam levantar a bandeira em
defesa das mulheres. Eles pegaram um assunto tão atual e conflitante e
expuseram a importância de nós mulheres nos defendermos e lutarmos por tudo que
temos e queremos ter. Sem mimimi, sem rodeios e de forma leve. Esse é um dos
melhores episódios da série (ainda amo o do casamento <3) e já faturou
milhões em audiência. Provando que a série pode ter o maior hiato do mundo, mas
os fãs sempre vão se manter fiéis. Só é uma pena que não pudemos ter essa
experiência no cinema assim como os fãs de Doctor Who tiveram.