sábado, 23 de julho de 2016

Review Procurando Dory


       O legal de ir ver Procurando Dory é que as coisas boas já começam antes do filme começar, por causa do curta metragem Piper. A Pixar sempre nos presenteia com belíssimos curtas antes dos seus grandes filmes, eles começaram modestos, mas agora se tornaram um atrativo a mais para que compremos o ingresso. Achei que tinha visto os melhores que eles poderiam fazer até ver Piper e posso afirmar com propriedade que é esse é o meu preferido até agora.
         Além da riqueza nos detalhes técnicos ele também é rico na narrativa. Como um curta de poucos minutos tem o poder de trazer uma mensagem de superação tão bonita? Não vou dar a sinopse para que vocês se surpreendam, mas ele ensina através daquele “serumaninho” fofo que devemos enfrentar nossos medos por que quando assim fazemos a gente percebe quão bobo fomos por não ter nos arriscado antes. E essa lição não para em Piper, ele prossegue (mesmo que em menor escala) com a Dory...
        Procurando Dory possuía a mesma estrutura de Procurando Nemo, ela lembra que tem uma família e sai pelo mar aberto a procura deles. No caminho ela faz novas amizades (reencontra velhos amigos também) e aprende varias coisas. O final tem a mesma mensagem que Procurando Nemo, aquela coisa bem Magico de Oz: não tem nada melhor do que o nosso lar. Por mais que os personagens estejam insatisfeitos com suas vidas e queiram ir atrás de aventuras (Nemo) e objetivos (Dory) eles reconhecem por fim a importância do lar e da família.
          No filme vemos que Dory desde sempre era tratada com superproteção, quando peixinha pelos pais e mais tarde com Marlin. Até por que ela tem um problema que dificulta que deixem ela sozinha e mesmo com todo cuidado ela se perde quando pequena. Esse começo do filme é fofo, mas também é triste por isso. Mas vemos que Dory sempre foi alto astral e feliz, apesar dos problemas. Por isso que ela é uma personagem tão querida.


        Nemo e Marlin são personagens que conhecemos bem e por isso a surpresa fica a cargo dos novos personagens, o polvo espertalhão que a gente não sabe se é bonzinho ou é vilão, as baleias Destiny (amiga de cano da Dory e professora de baleiês dela) Bailey e as focas (muito amor pelo Geraldo <3) todos personagens com habilidades diferentes e um tipo de humor peculiar.
         A Pixar faz bonito no visual mais uma vez, é claro que é inferior ao primeiro filme e à Divertida mente por exemplo, mas é um trabalho caprichado como todos do estúdio. O Mar está mais escuro, o que combina com a situação triste que a protagonista está passando, quando as coisas melhoram o mar fica mais claro e iluminado.
      Procurando Dory não é inesquecível como Procurando Nemo mas é uma ótima animação, com situações engraçadas e tristes que funcionam muito bem. Confesso que chorei numa emocionante cena e ri alto por muitas vezes também. Apesar dos nomes de peso na dublagem americana, (a Dory é dublada pela diva Ellen Degeneres <3) assisti dublado e as vozes são as mesmas de Nemo, é um ótimo trabalho da dublagem brasileira.          O final é de botar um sorriso no rosto, a maior lição dele é que mesmo que pessoas ou circunstancias apontem que você não consegue algo sozinho se você tiver força de vontade você vence as suas dificuldades e faz tudo o que você quiser (Olha Piper ai) Ele também tem uma cena pós crédito que apesar de boba vale MUITO a pena esperar (só de lembrar já começo a rir). Esse filme te deixa com uma sensação de retorno, retorno ao lar, ao mar e à infância. 

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