A
Rainha Vermelha é uma distopia adolescente que divide opiniões. Uns amaram e
outros odiaram, eu estou no meio termo, gostei e tecnicamente o achei ok.
Ele
foi lançado no ano passado pela editora seguinte e tem como protagonista Mare
Borrow que vive num mundo dividido entre aqueles de sangue vermelho (os pobres
destinados à miséria) e os prateados (os ricos e poderosos aos quais os
vermelhos devem seguir) os prateados inclusive são tão especiais que possuem
poderes.
Mare
tem sangue vermelho e para sustentar a família ela pratica furtos, com uma
ajudinha prateada ela vai parar no mundo deles e descobre ter poderes também.
O
livro começa com a vida humilde de Mare e o relacionamento dela com os pais e a
irmã prodígio (e salvação) da família Gisa. Seus irmãos estão servindo na
guerra dos reinos. E nesse primeiro ato lemos a descrição da primeira
manifestação do seu poder, mas só ligamos os pontos depois. Ela tem um melhor
amigo chamado Kilorne que vira o pivô da reviravolta da trama. Tentar salva-lo
do recrutamento é um dos motivos pelos quais ela acaba virando criada dos
prateados, isso e Cal, um dos príncipes prateados.
Esse
livro é daqueles que facilmente conseguimos visualizar como filme, a historia é
muito bem construída, a ideia dessa divisão dos reinos apesar de reciclada é
boa e funciona bem, há personagens femininas fortes como a Elara e a
Evangeline, mesmo que elas estejam do lado vilanesco. Mare não me cativou
muito, dá dó dela algumas horas e senti vontade de continuar acompanhando sua
aventura, mas ela não é daquelas protagonistas que a gente se apega e não só
ela, mas os outros personagens também são apáticos, Cal que deveria ser o
mocinho apaixonante nem chega perto disso, o Maven e o Lucas foram os que mais
me apeguei, mas também nem tanto.
A
Rainha vermelha é daquele tipo de livro que apesar de visivelmente inspirado
por outras distopias como Jogos Vorazes, é algo que merece ser lido, tem vários
clichês como a heroína humilde que vive sua ascensão e descobre talentos
superiores ao dos seus adversários (Katniss?) possui o tão idealizado triangulo
amoroso (nesse caso talvez um quadrado amoroso, pois Kilorne por vezes parece
ser interesse nela também) e tem figuras ditadoras e rebeldes com causa, mesmo
com tudo isso vale a pena ser conferido por que às vezes o mais do mesmo pode
ser divertido.
Ps: fora que a
capa é linda
Ps: quero
muito ler sua sequencia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário