Como
eu havia falado no review de Preacher as séries sobre Deus e demônios estão na
moda e mesmo que a premissa seja a mesma, elas são completamente diferentes em
alguns sentidos (pelo menos as que eu assisti até agora) Outcast e Preacher
abordam temas sobrenaturais e religiosos, mas difere em muitos aspectos. Enquanto
esses assuntos são abordados com senso de humor na série do pastor, do vampiro
e da assassina, em Outcast não há tempo para piadas. O clima da série é
continuamente sério e tenso. Entre tantas outras diferenças que podem ser
notadas, mas claro que há semelhanças, os protagonistas de ambas estão inseridos
em um universo religioso mas eles não acreditam verdadeiramente em Deus, Kyle
muito mais do que o Jesse, mas ele também fraqueja algumas vezes. E nas duas há
um pastor que bebe, fuma e fala palavrão o que eu gostaria muito de
entender....
Mas
enfim... Outcast é uma série produzida por Robert Kirkman, mesmo criador de The
Walking Dead e Fear The Walking Dead e que tem como protagonista Kyle Barnes
que vive rodeado de pessoas com possessão demoniaca e ele precisa descobrir por
que isso vem acontecendo com ele. Para isso ele se junta com o reverendo
Anderson que já trabalhou muito com exorcismos.
Já
notamos a mão de Robert Kirkman a partir da abertura da série, bem parecida com
a de The Walking Dead, o fato dela também não possuir um alivio cômico também é
característico dele.
Desde
o começo é possível perceber que há algo de diferente em Kyle, a relação dele
com os demônios nos corpos das pessoas é singular. Eles meio que sugam o que há
dentro dele, não causando efeito nenhum sobre ele, além do fato deles se
queimarem com o sangue dele. Ele consegue expulsar o demônio das pessoas, mas
todas ficam em estado vegetativo, em uma espécie de coma eterno, como é o caso
de sua mãe, que quando possuída o agrediu diversas vezes e quando ele expulsou
o que havia dentro dela ela ficou nesse estado. Diferente de sua mulher que
mesmo tendo sido possuída voltou ao “normal” depois, mas a filha do casal nunca
esqueceu e nem mesmo ela.
Os
exorcismos do reverendo não funcionam como os de Kyle. Com o passar dos anos os
demos voltam para o corpo das pessoas, como se tivessem apenas se escondendo, o
que acontece muito na vivencia cristã, quem é evangélico deve conhecer uma ou
duas historias parecidas com essa.
A
série é bem roteirizada (mesmo que irrite com as faltas de respostas) dirigida
e atuada. Patrick Fugit é um bom ator (mesmo que lhe falte um espírito paternal)
o reverendo Philip Glenister
também, suas emoções a flor da pele são muito bem exploradas pelo ator, Wrenn
Schmidt, a irmã de Kyle também é eficiente, principalmente nos dois
episódios finais onde ganha um maior destaque e até a menina que faz a filha de
Barnes é boa. Inteligente, corajosa e madura pra sua idade. O meu maior
incomodo com a série é o fato dela vitimizar o demônio. O tratando como
crianças descobrindo coisas e isso é dito em um momento. A esposa de um dos
habitantes da cidade está possuída e ele adora isso, ele gosta do fato dela
parecer uma menina descobrindo o mundo, as novidades dele e até o sexo. E ela
surge como uma mulher muito boa, carinhosa e prestativa. A série inova nessa
visão do “coisa ruim” (meu Deus, quantos nomes que ele tem?) o atribuindo uma
bondade que antes não havia sido abordada, muitos podem gostar disso e muitos
podem odiar (eu por exemplo) eu espero que na próxima temporada esse lado seja
explicado como o lado enganador dele, até por que só quem já teve que lidar com
ele sabe que ele não é nada bonzinho...
Ps: será que todos os pastores dos EUA bebem,
fumam e falam palavrão?
Oi Lilian!
ResponderExcluirEu não vi Outcast ainda, mas tenho muita vontade, uma amiga viu e adorou! Bom saber que é bem roteirizada! Adorei a dica!
Bjs, Mi
O que tem na nossa estante
Olá, tudo bem? é sim Mi, super recomendo ela ;)
Excluirbeijinhos