quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Review Esquadrão Suicida + Podcast sobre a Arlequina


         Esquadrão suicida é um filme que vem prometendo desde que saiu o primeiro trailer, e o trailer é um dos melhores já feitos, daqueles que você quer assistir em looping graças à boa edição de cenas misturadas a trilha sonora eletrizante de Bohemian rhapsody do Queen. Assisti tanto ao trailer que percebi todas as cenas dele que não estavam no filme. Assisti ao segundo trailer depois e só, não vi mais nada, queria manter a surpresa, pois a expectativa estava altíssima, pensei que dessa vez eu iria finalmente gostar de um filme da DC, é, ainda não foi dessa vez....
       Antes de continuar quero dizer que farei sim comparações com a Marvel, isso é inevitável.
Esquadrão Suicida é dirigido pelo David Ayer, ele fez Corações de Ferro (que até hoje não assisti por isso não sou capaz de opinar) e Dia de Treinamento. Ele sabe trabalhar com o elenco, mas não tem ritmo, o que torna sua direção inconsistente e sem tom. A mesma coisa acontece com Zack Snyder que por acaso dirigiu uma cena de Esquadrão e é o diretor de Batman Vs Superman, que eu particularmente não gostei, Esquadrão é melhor do que ele, eu assistiria ele mais uma vez, ao contrário de BVS.
      No filme o governo precisa recrutar os piores vilões que habitam numa determinada prisão para ir em uma missão suicida. O começo do filme é praticamente a apresentação de cada vilão e ele dá mais destaque para os principais, os dando mais tempo em tela, enquanto os outros são apresentados brevemente. Nos primeiros minutos foi até interessante conhecer cada um, mas eles se estenderam demais tornando aquela apresentação monótona.
       Não há um motivo realmente alarmante para que haja o recrutamento deles, o perigo provocado pelo vilão acontece quando o recrutamento já está acontecendo o que deixa aqueles de olhares mais atentos confusos, e esse não é o único erro de continuidade, há muitos outros, outro acontece na cena em que eles estão no bar onde o boomerang se vê livre, vai embora, mas na cena seguinte já está com o grupo novamente.


      Além desses erros de continuidade e como já dito anteriormente o diretor não conseguiu dividir muito bem o tempo de tela de cada um como foi feito no primeiro Vingadores e em Guardiões da Galáxia, a não ser que a intenção dele era destacar alguns mais do que os outros, que é o que aconteceu com a Arlequina e o Dead shoot. Tanto que só as piadas dos dois funcionam. Will Smith é sempre o protagonista de seus filmes e aqui não fugiu muito a regra, o destaque para o personagem dele é imenso, e ele esta muito bem como o vilão, muito Will, mas ótimo como sempre. Outra que está sensacional é Arlequina, a dona das melhores cenas e o alivio cômico do filme. Margot Robie além de extremamente linda ainda é um excelente atriz e aqui prova que consegue fazer qualquer coisa, ela entrega uma harley Queen louca, apaixonada e fascinante, como esperávamos, ela não nos decepcionou, mas irei me aprofundar mais nela e em seu relacionamento com o Coringa no podcast abaixo.
      E por falar nele, Jared Leto reinventou o coringa e trouxe uma figura totalmente diferente do que já foi apresentado no cinema, um Joker mais gangster, o que incomodou muita gente, inclusive a mim, achei ele glamouroso demais, essa coisa do cafetão apaixonadinho que fica com os capangas na boate não é bem o que imagino do personagem. Muita gente achou que ele apareceu pouco, eu já acho que ele apareceu mais do que deveria.
     Os outros membros do esquadrão são interessantes, mas não se destacam, como o Crocodilo, a Katana, boomerang e o El diablo ficamos com vontade de ver muito mais deles. Principalmente o El Diablo que é um personagem com uma boa historia que foi pouco explorada, mas gostei da importância que deram a ele em alguns momentos.

Como é realmente o relacionamento dos dois: abusivo

Como o filme mostrou o relacionamento dos dois: super amorzinho <3

      Joel Kinnaman faz um Rick Flag que sabe se impor, ele encaixou no papel, o contrario de seu interesse amoroso, a Magia interpretada pela modelo Cara Delevingne que insiste na carreira de atriz mas morre na praia todas as vezes. Em Cidades de Papel eu a achei ruim, mas tentei dar um desconto por que ela não tinha muitas cenas e tal, resolvi dar uma segunda chance aqui e percebi que ela é realmente ruim, muito, quando ela não está possuída é pior ainda, quando ela invoca a magia os efeitos especiais melhoram um pouco sua fraquíssima atuação, o visual é muito bem feito, e aquela voz grossa, rouca e irritante dela serviu para alguma coisa nesse filme.
      Juntamente com a Margot a outra rainha do filme é Viola Davis, ela interpreta uma líder que não tem pena de ninguém, por vezes mais malvada do que os próprios “vilões” eles fizeram o caminho inverso aqui, deram um coração e sentimento para os grandes e temidos vilões e para aquela que deveria ser a mais humana eles deram culhões a tornando implacável quando necessário.
      As expectativas para Esquadrão Suicida estavam bem altas, mas infelizmente ele não foi o filme que estávamos esperando. Acertaram na trilha sonora, no visual impecável dos personagens e nas atuações, mas erraram feio na direção, no roteiro cheio de furos (rombos na verdade) no ritmo acelerado até demais, no vilão sem apelo nenhum, na edição e no humor. A DC não sabe trabalhar com o humor, eles deveriam se ater a sua seriedade característica e deixar a Marvel ser a engraçada, os diálogos eram extremamente fracos e quando tentavam aliviar eles com algo engraçado eles pioravam ainda mais. O final é o mais clichê possível, quando vão perceber que a formula desse final já está ultrapassada? Chega! (aos que assistiram sabem do que eu estou falando) Eles tinham uma excelente ideia nas mãos, mas fizeram algo apressado e ordinário.

ps: abaixo está o meu podcast onde eu falo mais um pouco de Esquadrão mas o foco é a Arlequina, falo sobre sua origem, suas melhores e piores facetas nos quadrinhos e claro seu relacionamento abusivo com o coringa e como isso mostra a realidade de varias mulheres.

É só clicar no botãozinho laranja com a setinha branca aqui embaixo: 

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