Essa
série teve sua estreia em 12 de Outubro de 2015 e eu só ouvi falar dela na
temporada de premiação, inclusive Rachel Bloom que é produtora executiva da
série e protagonista dela ganhou um Critics Choice Awards e um Globo de ouro na
categoria de melhor atriz em série de comédia, isso já me deixou interessada na
série, como se não bastasse um dos comentaristas do Globo de ouro falou que a
série era um musical, e eu sendo a louca dos musicais fiquei mais atiçada ainda,
porém o mesmo comentarista falou muito mal da série, inclusive desmereceu o
premio dado a Rachel, o que me desanimou um pouco e me fez coloca-la no fim da
lista de séries a serem assistidas, daí esse mesmo cara falou no Oscar que o
Eddie Redmayne não merecia ter levado como melhor ator, pois ele não viu nada
de mais na atuação dele em A Teoria de tudo, com isso a série subiu na minha
lista e foi quase para o primeiro lugar.
Ele
estava muito errado ao falar da Rachel, ela é uma ótima atriz de comédia, seus
momentos musicais são impagáveis, além da sua voz ser linda, ela mereceu sim
aquele prêmio, mesmo sua personagem tendo altos e baixos. A única coisa que ele
disse e que eu tenho que confessar ser verdade é que a série apesar de
divertida é fraca, a construção da protagonista Rebecca Bunch é o que
enfraquece mais ainda a trama, ela é uma mulher na casa dos 30 que é totalmente
infantilizada. Por vezes é difícil dar crédito a suas escolhas, pois na vida
real não fazem o menor sentido.
Rebecca
trabalha num importante escritório de advocacia em Nova York, mas apesar da
carreira ir bem obrigada, ela está muito deprimida, até que encontra com Josh,
um ex-namorado de acampamento e enxerga nele uma possível felicidade, portanto
ela se muda para West Covina na Califórnia, cidade onde ele mora. Essa sinopse
está bem explicadinha na abertura da série, o que é muito legal, só a
musiquinha que fica na cabeça depois de um tempo.
Qualquer
pessoa acharia absurdo o que Rebecca fez, afinal, Josh é só um cara que ela
namorou pouco tempo e que ela não via há séculos. Mas a série tenta romantizar
essa loucura. A Rebecca deveria ser uma mulher independente, autossuficiente e
madura, mas não, ela não é nada disso, ela é dependente emocionalmente e sua autoestima
se encontra lá no subsolo. Ela mesma tira sarro disso durante a série, mas o
problema é que ela não muda. Para piorar ela faz amizade com Paula, colega do
seu novo emprego e ela que é mais velha e deveria ter mais maturidade que Becca
embarca na loucura da protagonista e fica insistindo num team Josh
incansavelmente. Como ela mesma diz, fantasiar os dois é o escape do casamento
arruinado dela. (mesmo que Becca ajude a melhorar esse casamento depois)
Josh
tem uma namorada gostosona que é professora de yoga, o que é o oposto da forma
física de Becca. Josh só tem olhos para valência, o que faz Beca e Paula fazer
planos para sabotar os dois, o que é ridículo. Em contrapartida há os melhores
personagens da série, que são o Daryl, patrão da becca, Heather, a vizinha
maluquinha e Greg, o “interesse romântico reserva” da protagonista. A
trajetória de Greg também é um dos pontos fracos da trama. Ele começou como um
cara descolado e engraçado, até seu mau humor era divertido e fofo, mas depois
ficou chato e babaca, eles conseguiram fazer um ótimo personagem, bem na pegada
do Seinfield, e depois estragaram tudo.
Até
as cenas musicais foram decaindo. As musicas dos primeiros episódios são
maravilhosas. As minhas preferidas foram The sexy Getting ready song (que é
muito legal e mostra muitas verdades do universo feminino) Settle for me (que
traz uma pegada de filme musical antigo, bem Fred Astaire) Dream Ghost (com a
Amber Riley de Glee) e Sex With a Stranger (que é bem o que eu penso sobre
relacionamentos casuais) entre outras que são muito boas e tem um sarcasmo
muito certeiro. Muitas têm obvias inspirações em cantoras como Beyoncé, Katy
Perry, Ciara e etc... e em seus vídeo clipes
Crazy
ex Gilfriend não é tão ruim como eu pensei e como eu provavelmente fiz vocês
pensarem, na verdade ela é muito divertida, mesmo a protagonista sendo trouxa,
nos apegamos a ela e queremos ela como amiga, mesmo que seja para agarra-la
pelos ombros e sacudir até ela acordar para a vida e ver que Josh não pode ser
o centro de tudo, seu desespero por ele é tanto que as vezes soa ridículo e inverossímil.
Tirando a parte dos planos bizarros sua amizade com a Paula é uma das coisas
boas da série, elas são como mãe e filha. E os números musicais também são o
grande atrativo, pelo menos para as pessoas que assim como eu amam musicais, se
você detesta passe longe.
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