terça-feira, 2 de agosto de 2016

Review Série Crazy Ex-Girlfriend



          Essa série teve sua estreia em 12 de Outubro de 2015 e eu só ouvi falar dela na temporada de premiação, inclusive Rachel Bloom que é produtora executiva da série e protagonista dela ganhou um Critics Choice Awards e um Globo de ouro na categoria de melhor atriz em série de comédia, isso já me deixou interessada na série, como se não bastasse um dos comentaristas do Globo de ouro falou que a série era um musical, e eu sendo a louca dos musicais fiquei mais atiçada ainda, porém o mesmo comentarista falou muito mal da série, inclusive desmereceu o premio dado a Rachel, o que me desanimou um pouco e me fez coloca-la no fim da lista de séries a serem assistidas, daí esse mesmo cara falou no Oscar que o Eddie Redmayne não merecia ter levado como melhor ator, pois ele não viu nada de mais na atuação dele em A Teoria de tudo, com isso a série subiu na minha lista e foi quase para o primeiro lugar.

          Ele estava muito errado ao falar da Rachel, ela é uma ótima atriz de comédia, seus momentos musicais são impagáveis, além da sua voz ser linda, ela mereceu sim aquele prêmio, mesmo sua personagem tendo altos e baixos. A única coisa que ele disse e que eu tenho que confessar ser verdade é que a série apesar de divertida é fraca, a construção da protagonista Rebecca Bunch é o que enfraquece mais ainda a trama, ela é uma mulher na casa dos 30 que é totalmente infantilizada. Por vezes é difícil dar crédito a suas escolhas, pois na vida real não fazem o menor sentido.
          Rebecca trabalha num importante escritório de advocacia em Nova York, mas apesar da carreira ir bem obrigada, ela está muito deprimida, até que encontra com Josh, um ex-namorado de acampamento e enxerga nele uma possível felicidade, portanto ela se muda para West Covina na Califórnia, cidade onde ele mora. Essa sinopse está bem explicadinha na abertura da série, o que é muito legal, só a musiquinha que fica na cabeça depois de um tempo.
          Qualquer pessoa acharia absurdo o que Rebecca fez, afinal, Josh é só um cara que ela namorou pouco tempo e que ela não via há séculos. Mas a série tenta romantizar essa loucura. A Rebecca deveria ser uma mulher independente, autossuficiente e madura, mas não, ela não é nada disso, ela é dependente emocionalmente e sua autoestima se encontra lá no subsolo. Ela mesma tira sarro disso durante a série, mas o problema é que ela não muda. Para piorar ela faz amizade com Paula, colega do seu novo emprego e ela que é mais velha e deveria ter mais maturidade que Becca embarca na loucura da protagonista e fica insistindo num team Josh incansavelmente. Como ela mesma diz, fantasiar os dois é o escape do casamento arruinado dela. (mesmo que Becca ajude a melhorar esse casamento depois)


          Josh tem uma namorada gostosona que é professora de yoga, o que é o oposto da forma física de Becca. Josh só tem olhos para valência, o que faz Beca e Paula fazer planos para sabotar os dois, o que é ridículo. Em contrapartida há os melhores personagens da série, que são o Daryl, patrão da becca, Heather, a vizinha maluquinha e Greg, o “interesse romântico reserva” da protagonista. A trajetória de Greg também é um dos pontos fracos da trama. Ele começou como um cara descolado e engraçado, até seu mau humor era divertido e fofo, mas depois ficou chato e babaca, eles conseguiram fazer um ótimo personagem, bem na pegada do Seinfield, e depois estragaram tudo.
       Até as cenas musicais foram decaindo. As musicas dos primeiros episódios são maravilhosas. As minhas preferidas foram The sexy Getting ready song (que é muito legal e mostra muitas verdades do universo feminino) Settle for me (que traz uma pegada de filme musical antigo, bem Fred Astaire) Dream Ghost (com a Amber Riley de Glee) e Sex With a Stranger (que é bem o que eu penso sobre relacionamentos casuais) entre outras que são muito boas e tem um sarcasmo muito certeiro. Muitas têm obvias inspirações em cantoras como Beyoncé, Katy Perry, Ciara e etc... e em seus vídeo clipes
          Crazy ex Gilfriend não é tão ruim como eu pensei e como eu provavelmente fiz vocês pensarem, na verdade ela é muito divertida, mesmo a protagonista sendo trouxa, nos apegamos a ela e queremos ela como amiga, mesmo que seja para agarra-la pelos ombros e sacudir até ela acordar para a vida e ver que Josh não pode ser o centro de tudo, seu desespero por ele é tanto que as vezes soa ridículo e inverossímil. Tirando a parte dos planos bizarros sua amizade com a Paula é uma das coisas boas da série, elas são como mãe e filha. E os números musicais também são o grande atrativo, pelo menos para as pessoas que assim como eu amam musicais, se você detesta passe longe. 

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