The
fundamentals of caring é aquele tipo de filme gostosinho feito para entreter
num sábado chuvoso, como o sábado em que eu vi esse filme. Ele não tem a
pretensão de ser um filme grandioso, é um filme pequeno produzido pela Netflix
pensado para alcançar os mais jovens.
Ele
é baseado no livro The Revised
Fundamentals of Caregiving
e apresenta a amizade entre
Ben, um escritor que está trabalhando como cuidador e seu cliente Trevor, que
tem 18 anos e possui distrofia muscular. Trevor só fica dentro de casa e não
costuma fazer muita coisa, até que Ben o leva numa viagem para conhecer o
buraco mais fundo do mundo.
Não
se enganem ao pensar que a amizade deles começa bonitinha, é claro que não,
pelo contrário, até o final do longa a trajetória de amizade deles é cheia de
espinhos. Esse filme é um Como Eu Era Antes de Você sem romance (pelo menos não
entre os dois) Trevor assim como Will é sarcástico e por vezes insuportável,
sempre pregando peças e desesperando seu cuidador, há especificamente uma cena
em que a pegadinha dele extrapola os limites, depois dessa já temos em mente
que não vai haver nada grave só zueira mesmo.
Quem
interpreta Trevor é Craig Roberts, que eu já conhecia de um clipe da banda The
Killers, ele é daqueles bons atores que infelizmente ainda não teve sua grande
chance, mesmo que esse filme esteja sendo bem falado e muitas pessoas estejam
assistindo, fazendo reviews e adorando, não acho que essa seja a grande chance
dele, por melhor que seja sua atuação aqui e apesar de ser um papel difícil ele
se saiu muito bem.
Como
seu cuidador temos Paul Rudd, que nos últimos anos vem acertando nas suas
escolhas e participando de bons projetos, ele consegue oscilar entre as
comédias pastelões, os filmes independentes de drama e em ser um super-herói
num blockbuster da Marvel. Nesse ele está eficiente como sempre, mas não se
destaca. Na verdade ninguém tem uma baita atuação nesse filme, todos são apenas
bons. Menos uma na verdade.
No
segundo ato do filme aparece Dot, personagem da Selena Gomez, e por pouco ela
não estraga o filme o transformando num filme da Selena “ex Disney” Ela
continua apática e sem carisma nenhum em tela. Não sei como ainda é convidada
para fazer filmes, isso se deve muito mais a sua imagem de estrela do que ao
seu talento propriamente dito.
A
atriz que mais se destaca e que apesar de poucas cenas mostra ser a melhor
atuação do elenco é Jennifer Ehle que faz Elsa a mãe de Trevor, ela é bem
expressiva e carismática, por vezes me lembrou uma jovem Meryl Streep. O resto
do elenco feminino não se destaca, nem a outra amiga que eles fazem na Road
trip deles.
Esse
filme entrou no catálogo da Netflix sem pretensão alguma, mas conseguiu atrair
um bom publico, não é nada grandioso e digno de prêmios, mas emociona (mesmo
não sendo do tipo que nos faz chorar rios) e nos diverte. Definitivamente é um
filme para ser notado, principalmente pelo seu publico alvo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário