Review + Podcast Stranger Things

        Stranger Things é uma série criada pelos irmãos Duffer, que são praticamente desconhecidos do grande público o que surpreende pelo excelente trabalho que fizeram nessa série. A série é uma mistura de vários gêneros, ela é suspense, terror e ficção cientifica e tudo com uma pitada de bom humor e fofura por parte das crianças.

             Ela se passa na cidade fictícia de Hawkins e lá um menino chamado Will desaparece misteriosamente, deixando sua mãe Joyce e seu irmão Jonathan desesperados para encontra-lo e não só eles, mas os amigos de Will e o xerife da cidade também.

            A primeira vista o que mais chama a atenção na série é a abertura, a musica junto com o sintetizador já faz o publico viajar para outra década, essa os anos 80. A ambientação está impecável. O figurino, os cenários, as referencias da cultura pop, as musicas e o clima, tudo é bem oitentista e tudo tem a cara do cinema daquela época. Matt e Ross Duffer apesar de não terem vivido muito nessa década (eles tem 32 anos) eles tem grande admiração por ela, assim como eu, que nasci nos anos 90, mas sou apaixonada por tudo dos anos 80. Por isso toda vez que os meninos falavam de algum filme, série, livro, jogo e etc eu ficava muito empolgada.

          Dos anos 80 também vieram dois dos atores principais da série, a Winona Ryder que interpreta Joyce e você conhece de Edward Mãos de Tesoura (se nunca viu esse filme a Terra está te chamando por que você estava em outro planeta) e o Mathew Modine que é o (Papa dos infernos) vilão da série e que fez muitos filmes dos anos 80 e 90. No núcleo adulto também temos o xerife da cidade vivido pelo desconhecido David Harbour. Os três tiveram ótimas atuações, mesmo o Modine parecendo robótico algumas vezes. David e Winona conseguiram transmitir fielmente todo seu sofrimento e revolta. Winona surpreendeu bastante, pois ela nunca tinha feito nenhum papel como Joyce e ela provou que é sim uma boa atriz, mesmo todos duvidando de sua capacidade ao longo de sua carreira. Outro adulto que gostei bastante mas que não é do elenco principal é o professor de ciências dos meninos. Mesmo com uma atuação discreta ele foi bem carismático.

          No núcleo infantil temos crianças que mais parecem adultos atuando. Millie Bobby Brown que vive a Eleven é uma aberração da natureza, tanto na série quanto na vida real, pois não é possível que alguém tão nova consiga atuar com aquela maturidade e confiança. Ela teve que raspar a cabeça para o papel e para isso se inspirou na Furiosa de Mad Max <3 temos Caleb interpretando Lucas, o mal humorado do grupo, sempre tem que haver um nos grupos de amigos e aqui é ele, o mais inteligente do grupo é vivido por Gaten Matarazzo que vem arrancando suspiros de tão fofo, ele vive o Dustin, como líder do grupo temos Mike que é vivido por Finn Wolfhard e claro temos o Will que é a criança que sumiu, (rimou rs) quem vive ele é Noah Schnapp, ele não aparece muito, mas quando aparece se mostra um ótimo ator. Na verdade todas as crianças são incríveis, mesmo sendo desconhecidos. Eles escolheram a dedo esse elenco infantil, eles são bons demais pra ser verdade.

            É e claro que temos que ter os adolescentes para trazer um pouco de romance high school para a série. Temos Charlie Heaton como Jonathan, me incomodei com sua atuação no começo mas depois vi que ele era bom e era só implicância minha mesmo, temos a irmã de Mike, Nancy, que é vivida por Natalia Dyer, que começou como uma menina comum e bobinha que só queria saber de ficar com o cara mais popular do colégio (o velho clichê) mas depois ela se reinventa e entra para o time das mulheres fortes da série, juntamente com Joyce, Eleven e até sua mãe que obviamente é a chefe da família. Sua melhor amiga também some na série e gostei muito da menina também, mais pelo visual dela beeem anos 80, como o namorado de Nancy temos Steve vivido por Joe Keery. O ator é bem bonito e também é bom, mas seu personagem confunde bastante, pois não sabemos suas verdadeiras intenções, não sabemos se ele realmente gosta de Nancy, pois ele age como um idiota algumas vezes e outras como um namorado apaixonado. Pena que os dois não têm química nenhuma.

          Stranger Things é uma mistura de tudo que amamos, tem lá seus momentos clichês, mas em momento algum sua credibilidade é abalada por isso. A trilha sonora é nostálgica e adequada, alguns efeitos especiais são ruins, mas parecem propositais, adequados aos efeitos risíveis dos anos 80. O elenco, o roteiro, a direção, os nomes em cada começo de um episódio, as mulheres badass, tudo é uma junção do passado e do presente, quem sabe do futuro, pois deve surgir muita coisa ainda inspirado nessa série. A série já foi renovada, só temos que aguardar quando ela volta.

Ps: no podcast abaixo eu falo mais um pouquinho da série e do elenco, principalmente da Winona, de quem sou muito fã e te dou três dicas de filmes para assistir depois dessa série.