Nos
dias 01,02,03 e 04 aconteceu em São Paulo a terceira edição da Comic Con
Experience, a comic con brasileira e uma das maiores do mundo, nos anos
anteriores eu não pude ir mas dessa vez eu fui e como o próprio logo do evento
já anuncia... Foi épico.
Primeiro
falarei da infraestrutura juntamente com a minha experiência no evento. Como é
de se imaginar o lugar é enorme. É muita coisa interessante para se ver, são
vários stands com atividades interativas e coisas fascinantes que nos fazem
querer tirar um milhão de fotos. São stands das maiores marcas que trazem
bonecos gigantescos dos nossos heróis e personagens preferidos, e há telões
exibindo trechos de filmes, lugares legais para tirar fotos na pele dos maiores
personagens da cultura pop e etc... é muita coisa para se fazer. Além das
belíssimas armaduras dos cavalheiros do zodíaco que estavam expostas lá.
Tem
também o Artist alley que é onde os quadrinistas exibem suas obras,
autografando elas e conhecendo seu publico. E o melhor de tudo... Os painéis, é
sofrido entrar neles, há filas quilométricas e são muitas horas perdidas de
sono, mas vale muito a pena. (pelo menos quando é algo que você quer muito ver)
Eu
assisti dois painéis, o da Marvel/Guardiões da Galáxia no sábado e o de The Walking
Dead no domingo, dois que eu queria muito ver. Também queria ver o da Netflix,
mas tive que ir embora cedo por motivos de: moro longe e tenho trabalho na
segunda.
O
de sábado foi uma verdadeira prova de fogo. Chegamos as 14:00 horas na fila e
ficamos nela até as 20:00 horas, que foi quando começou o painel. Era uma
mistura de sono, cansaço, fome e vontade de ir ao banheiro. A gente sentava no
chão todo minuto e só levantávamos quando a fila andava, e a gente nem sabia se
íamos conseguir entrar no painel. Estava lotado lá dentro e ninguém saia (nem
eu sairia) o legal foi que enquanto estávamos na primeira fila da grade vimos o
James Gunn e o criador do BB8 passando pelo tapete vermelho e dando entrevista.
Mas a incerteza ainda estava ali, depois de 5 horas de fila e quase desistindo
a menina avisa que só 10 pessoas irão entrar. E entre essas pessoas estava eu!
Quando
eu entrei naquele auditório tudo valeu a pena, é muito grande e lindo. Algo
magnífico do jeito que só a CCXP sabe fazer. A energia lá dentro era incrível.
O som estava no Maximo (estou surda de um ouvido até agora) e a galera pirava
com cada trailer e imagem de Guardiões da Galáxia que eram exibidos. Foi lindo.
Naquele momento todo sacrifício valeu a pena. Até o próprio James Gunn ficou
impressionado com a animação do publico brasileiro.
O de domingo cheguei mais cedo e não enfrentei
fila, entre um bocejo e outro finalmente começou a parte de The Walking Dead e
eu ria que nem louca das imitações do Ross Marquand, interprete do Aaron na
série, inclusive acho que fui a única que entendeu e riu da piada dos
alienígenas que ele contou. Ele é um show man e teve uma vida profissional
muito complicada, perto de desistir da carreira de ator que ele conseguiu o
papel na série e era semana do aniversário dele. Ele já passou por muita coisa
e enquanto eu ouvia os relatos dele ficava revoltada com as pessoas que fizeram
pouco caso da sua vinda a CCXP.
eu mesma com a linda da Arlequina |
Outra
coisa que me deixou impressionada no evento foram os cosplays, é impressionante
a perfeição de alguns, só ficava imaginando o trabalho e o dinheiro investido
naquelas roupas. E não eram apenas jovens fantasiados, havia muitos adultos
também, e até idosos, o que me deixou com os olhos brilhando. Em especial um
casal de idosos vestidos como os personagens de Coragem o cão covarde e uma
senhora vestida de Princesa Leia assim como sua neta na versão mais jovem da
personagem. Cara que sensacional. Cosplay não é coisa de criança e adulto
imaturo, é uma forma de arte e de diversão.
Mas
nem só de coisas boas vive o evento não é mesmo? Os problemas vocês já devem
imaginar: filas enormes e fila para tudo (até para encher a garrafinha D’agua,
juro) domingo estava lotado, o que atrapalhava bastante de andar por lá
(percebi que final de semana é um ótimo dia para painel e os outros para os
stands) e alguns casos de preconceito que chegaram aos meus ouvidos como
meninas gordinhas sendo hostilizadas por estarem fantasiadas de personagens
sexys. O que não faz o menor sentido já que lá está cheio de pessoas que já
foram excluídas e zoadas por serem nerd e agora fazem chacota com a aparência
física dos outros? isso é A vingança dos nerds contra os nerds?
Tirando
alguns contratempos, a Comic Con Experience é um evento essencial para aqueles
que assim como eu amam cinema, séries, quadrinhos e cultura pop em geral. Lá é
uma espécie de lugar mágico onde os nerds se juntam para falar do que gostam e
ver coisas que amam sem serem julgados por isso. Ele é muito mais do que uma
feira, ele é representatividade. Vemos nerds de todas as raças, idades e
lugares. Lá os estereótipos não existem, os meninos e meninas não são raquíticos,
desengonçados, asmáticos e com óculos fundo de garrafa como vemos o nerd sendo retratados,
lá eles são de todo os tipos e todos são lindos de uma forma ou de outra pois
ali o conhecimento importa e é o maior atrativo.
O
papo que você escuta as pessoas falando lá é aquele que você queria falar no
seu dia a dia e não pode, pois não tem com quem falar. Mas lá você tem, tem milhares
de pessoas na verdade. Pela primeira vez não me senti um avatar por falar das
coisas que eu amo. E isso não tem preço (isso e ver o Neil Patrick Harris de perto
dando xau pra galera) dentre as coisas ruins que citei acima a pior é: não
poder ficar para sempre na CCXP
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