sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Minha primeira Comic Con Experience


         Nos dias 01,02,03 e 04 aconteceu em São Paulo a terceira edição da Comic Con Experience, a comic con brasileira e uma das maiores do mundo, nos anos anteriores eu não pude ir mas dessa vez eu fui e como o próprio logo do evento já anuncia... Foi épico.
            Primeiro falarei da infraestrutura juntamente com a minha experiência no evento. Como é de se imaginar o lugar é enorme. É muita coisa interessante para se ver, são vários stands com atividades interativas e coisas fascinantes que nos fazem querer tirar um milhão de fotos. São stands das maiores marcas que trazem bonecos gigantescos dos nossos heróis e personagens preferidos, e há telões exibindo trechos de filmes, lugares legais para tirar fotos na pele dos maiores personagens da cultura pop e etc... é muita coisa para se fazer. Além das belíssimas armaduras dos cavalheiros do zodíaco que estavam expostas lá.

           Tem também o Artist alley que é onde os quadrinistas exibem suas obras, autografando elas e conhecendo seu publico. E o melhor de tudo... Os painéis, é sofrido entrar neles, há filas quilométricas e são muitas horas perdidas de sono, mas vale muito a pena. (pelo menos quando é algo que você quer muito ver)



         Eu assisti dois painéis, o da Marvel/Guardiões da Galáxia no sábado e o de The Walking Dead no domingo, dois que eu queria muito ver. Também queria ver o da Netflix, mas tive que ir embora cedo por motivos de: moro longe e tenho trabalho na segunda.
           O de sábado foi uma verdadeira prova de fogo. Chegamos as 14:00 horas na fila e ficamos nela até as 20:00 horas, que foi quando começou o painel. Era uma mistura de sono, cansaço, fome e vontade de ir ao banheiro. A gente sentava no chão todo minuto e só levantávamos quando a fila andava, e a gente nem sabia se íamos conseguir entrar no painel. Estava lotado lá dentro e ninguém saia (nem eu sairia) o legal foi que enquanto estávamos na primeira fila da grade vimos o James Gunn e o criador do BB8 passando pelo tapete vermelho e dando entrevista. Mas a incerteza ainda estava ali, depois de 5 horas de fila e quase desistindo a menina avisa que só 10 pessoas irão entrar. E entre essas pessoas estava eu!
        Quando eu entrei naquele auditório tudo valeu a pena, é muito grande e lindo. Algo magnífico do jeito que só a CCXP sabe fazer. A energia lá dentro era incrível. O som estava no Maximo (estou surda de um ouvido até agora) e a galera pirava com cada trailer e imagem de Guardiões da Galáxia que eram exibidos. Foi lindo. Naquele momento todo sacrifício valeu a pena. Até o próprio James Gunn ficou impressionado com a animação do publico brasileiro.
          O de domingo cheguei mais cedo e não enfrentei fila, entre um bocejo e outro finalmente começou a parte de The Walking Dead e eu ria que nem louca das imitações do Ross Marquand, interprete do Aaron na série, inclusive acho que fui a única que entendeu e riu da piada dos alienígenas que ele contou. Ele é um show man e teve uma vida profissional muito complicada, perto de desistir da carreira de ator que ele conseguiu o papel na série e era semana do aniversário dele. Ele já passou por muita coisa e enquanto eu ouvia os relatos dele ficava revoltada com as pessoas que fizeram pouco caso da sua vinda a CCXP. 

eu mesma com a linda da Arlequina
       Outra coisa que me deixou impressionada no evento foram os cosplays, é impressionante a perfeição de alguns, só ficava imaginando o trabalho e o dinheiro investido naquelas roupas. E não eram apenas jovens fantasiados, havia muitos adultos também, e até idosos, o que me deixou com os olhos brilhando. Em especial um casal de idosos vestidos como os personagens de Coragem o cão covarde e uma senhora vestida de Princesa Leia assim como sua neta na versão mais jovem da personagem. Cara que sensacional. Cosplay não é coisa de criança e adulto imaturo, é uma forma de arte e de diversão.
         Mas nem só de coisas boas vive o evento não é mesmo? Os problemas vocês já devem imaginar: filas enormes e fila para tudo (até para encher a garrafinha D’agua, juro) domingo estava lotado, o que atrapalhava bastante de andar por lá (percebi que final de semana é um ótimo dia para painel e os outros para os stands) e alguns casos de preconceito que chegaram aos meus ouvidos como meninas gordinhas sendo hostilizadas por estarem fantasiadas de personagens sexys. O que não faz o menor sentido já que lá está cheio de pessoas que já foram excluídas e zoadas por serem nerd e agora fazem chacota com a aparência física dos outros? isso é A vingança dos nerds contra os nerds?



       Tirando alguns contratempos, a Comic Con Experience é um evento essencial para aqueles que assim como eu amam cinema, séries, quadrinhos e cultura pop em geral. Lá é uma espécie de lugar mágico onde os nerds se juntam para falar do que gostam e ver coisas que amam sem serem julgados por isso. Ele é muito mais do que uma feira, ele é representatividade. Vemos nerds de todas as raças, idades e lugares. Lá os estereótipos não existem, os meninos e meninas não são raquíticos, desengonçados, asmáticos e com óculos fundo de garrafa como vemos o nerd sendo retratados, lá eles são de todo os tipos e todos são lindos de uma forma ou de outra pois ali o conhecimento importa e é o maior atrativo.
         O papo que você escuta as pessoas falando lá é aquele que você queria falar no seu dia a dia e não pode, pois não tem com quem falar. Mas lá você tem, tem milhares de pessoas na verdade. Pela primeira vez não me senti um avatar por falar das coisas que eu amo. E isso não tem preço (isso e ver o Neil Patrick Harris de perto dando xau pra galera) dentre as coisas ruins que citei acima a pior é: não poder ficar para sempre na CCXP

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