As
opiniões sobre a 1° temporada de Preacher são bem divididas, há aqueles que
amaram a originalidade, o elenco e a ousadia da série e outros que criticaram
pela divergência com as HQS. Independente do que cada um achou, essa 2°
temporada chegou com os dois pés na porta e trouxe primeiros episódios de uma
qualidade inquestionável, pena que ela foi perdendo a força e a criatividade ao
longo dela.
A
cidade onde eles viviam e Jesse tinha sua igreja na 1° temporada explodiu e
essa é coisa mais impactante do termino da temporada anterior, já que eles descobriram
que Deus tinha tirado umas “férias” e que Jesse tinha mandado Eugene para o
inferno com o poder do Genesis, então Jesse, Cassidy e Tulip partem em sua Road
trip tão característica da HQ para encontrar Deus. Enquanto Eugene quer escapar
de onde está.
Aposto
que os fãs da HQ ficaram bastante satisfeitos com alguns elementos dessa
temporada, teve a Road trip, teve o santo dos assassinos e teve Her Starr, os
dois vilões queridos pelos fanáticos. Esses novos personagens estão muito bem
caracterizados e muito bem atuados. Graham McTavish faz esse assassino que veio
do inferno só para matar Jesse (uma morte encomendada por outro personagem) e
ele parece realmente invencível, muito mais do que o vilão da 1° temporada,
afinal ele é praticamente um ser sobrenatural, que não morre com tiros e nunca
descansa, pois ele não tem uma alma, isso o torna mais temível ainda.
Pip
Torrens é um ótimo ator que trás momentos cômicos há um vilão inescrupuloso.
Ele não é tão perigoso quanto o citado anteriormente, mas é tão frio e
insensível quanto, o visual de ambos só acrescenta pontos à atuação deles, em
Starr também há um bom trabalho de maquiagem, a série já se mostrou boa nessa
parte graças à cara horrenda de Eugene, mesmo que essa temporada mostre o ator
sem a deformidade do rosto.
Nessa
temporada conhecemos mais o passado de Eugene e como foi o acidente que o
deixou daquela forma, na verdade em um dos episódios eles o repetem a exaustão,
chega a ser até irritante, mas dá oportunidade de mostrar a carga emocional do
personagem e como Ian coletti que o interpreta é expressivo. O núcleo do
inferno foi uma das coisas mais interessantes dessa temporada, pois ele
apresentou as personalidades que estavam lá, inclusive a maior de todas, o
próprio Hitler em pessoa sendo bonzinho com Eugene e se mostrando arrependido
de tudo que causou.
Noah
Taylor é quem interpreta Hitler e ele é um rosto conhecido, infelizmente só
interpretou coadjuvantes até agora, mas fez muito bem cada um deles, aqui não
está diferente, seu Hitler é amável, gentil e claro manipulador. Os flashbacks
de antes da 2° guerra mundial que mostra Hitler em um encontro no restaurante
em meio a funcionários e clientes que são judeus e homossexuais e ele nem um
pouco incomodado com isso é sensacional. [ALERTA DE SPOILER] : ainda bem que no
ultimo episódio ele mostra quem ele realmente é, que ele apenas usou Eugene
para escapar do inferno (afinal ele bonzinho não era nada ele) e Eugene não
parece se incomodar com ele escapando, espero que na próxima temporada eles
invistam nas maldades do Hitler e nas descobertas desse mundo novo, espero que
acertem a mão nesse personagem que pode proporcionar ótimos momentos (assim
como proporcionou nessa) talvez uma 3° guerra mundial?
Outro
personagem novo que temos é Dennis, um parente distante de Cassidy que os
acolhe, ele começa como um mero enfeite na série mas logo vai ganhando
importância e outras coisas vão sendo acrescentadas ao personagem [ALERTA DE
SPOILER] a morte desse personagem trouxe sentimentos divergentes, pois ao mesmo
tempo que vimos o verdadeiro Cassidy agindo e sendo aquele cara babaca (porém
sempre maravilhoso) que vai eliminar o que estiver em seu caminho e no de seus
amigos, também é chocante ver ele matando seu único vinculo de humanidade.
Dominic
Cooper, Ruth Nega e Joseph Gilgun, continuam ótimos em seus personagens,
implacáveis, sarcásticos e fieis um ao outro. Apenas Tulip decepciona algumas
vezes, pois enquanto ela se mostra badass em algumas cenas, em outras vira um
capacho de Jesse, vivendo em função de suas vontades e atendendo seus pedidos,
inclusive de servir bebida aos gritos. Contudo continua uma das melhores
personagens femininas da atualidade.
Essa
é uma temporada de muitas qualidades, a cinematografia da série está absurdamente
boa, principalmente nas cenas de perseguição dos primeiros episódios (há uma
cena excelente no primeiro) e a trilha sonora também está caprichada. Quanto ao
roteiro ele teve todos esses acréscimos que foram bem vindos, mas na metade
para o final parecia perdido quanto ao objetivo da série, derrapando em alguns
momentos e deixando a série bem boring. Nem parecia a série eletrizante de
quando começou a 2° temporada. Houve também alguns momentos de blasfêmia que
foram too much. De qualquer forma, essa é disparada a melhor temporada de Preacher
até agora, tanto em técnica quanto em narrativa.
ps:
as piadinhas com celebridades são sempre maravilhosas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário