terça-feira, 31 de outubro de 2017

5 filmes clássicos para assistir no Halloween

O Halloween é uma festa tipicamente americana, mas o brasileiro sempre dá um jeito de comemorá-la. Mesmo que não tenhamos crianças batendo em nossa porta falando “doces ou travessuras?” comemoramos de outras formas, os cinéfilos comemoram vendo filmes de terror e por isso vou indicar 5 filmes clássicos de terror para você assistir nesta data. Vale conferir os filmes que indiquei no ano passado que também  são bem divertidos. Happy Halloween.

A Múmia (1932):


No filme protagonizado por Boris Karloff (que também interpretou Frankenstein) um sacerdote do Egito antigo chamado Imhotep volta à vida depois de recitarem uma passagem de um velho pergaminho descoberto por uma equipe de arqueólogos. Ele retorna e vê em Helen (Zita Johann) a reencarnação de sua amada Anck-Su-Namun. Se você assistiu ao remake de 1999, protagonizado pelo Brendan Fraser e a Rachel Weisz, você irá identificar muita coisa, e não podemos falar que são referências porque A múmia de 1999 que na verdade tem referências do seu original. E não apenas nos nomes. A única diferença entre os dois é o fato de que no de 1932 a múmia ressuscitada gosta de gatos, a de 99 não. The Mummy de 1932 é um ótimo filme de mostro, o roteiro é original (foi escrito após o tumulo de tutankhamun ser aberto em 1922) e a maquiagem é satisfatória, assim como as atuações. Os produtores queriam um monstro parecido com O Drácula e o Frankenstein e esse foi um sucesso de bilheteria muito maior do que os dois. Esse é um daqueles filmes clássicos de mostro que agrada facilmente aos amantes desse subgênero.
O monstro da Lagoa negra (1954)


Por falar em monstro clássico, esse é mais um deles, só que dos filmes B. Nesse filme uma expedição arqueológica viaja para a floresta Amazônia e lá se deparam com um mostro aquático que parece humano e querem capturá-lo para estuda-lo. A vontade de assistir a esse filme partiu da vontade de assistir Shape Of Water, novo filme do Guilhermo Del toro que veio para o Festival do Rio. Guilhermo é um grande fã e disse que seu novo filme é sim inspirado em Creature from the Black lagoon, mas não é uma adaptação dele, ambos os monstros vieram da Amazônia e os humanos dos dois filmes querem pesquisar sobre ele (usando métodos nada gentis) a consciência também fica a cargo de um possível romance entre a criatura e a mocinha do filme, mesmo que no filme de 1954 seja mais sutil. O monstro apresenta pequenos momentos de admiração pela moça, querendo ter ela para ele. Apesar da criatura ser um humanoide esquisito, a maquiagem do rosto é boa (pelo menos para a época) e as sequencias na água são ótimas, trazendo a tensão da caça e a surpresa de ambos (monstro e humano) serem a caça e o caçador ao mesmo tempo. O filme também usa a religião e a passagem bíblica da criação para justiçar que a existência desse monstro aquático é um erro da natureza.

O Gabinete do Dr Caligari (1920)


Esse talvez seja o filme mais importante, antigo e mais característico do expressionismo alemão, que tinha como estética o contraste da luz e da sombra e das formas geométricas. Ele é sobre um hipnotizador chamado Dr Caligari que chega à cidade com o sonâmbulo Cesare, que ele diz estar adormecido há 23 anos. O filme faz alusão à linha tênue entre sanidade e loucura, verdade e mentira. Todo seu visual é composto para dar uma ideia de que tudo que acontece talvez não seja real, mas apenas um sonho. O filme também mostra um triângulo amoroso, onde os três ao participar de uma feira o Dr caligare faz uma previsão que uma das pontas desse triângulo irá morrer e ao acontecer esse assassinato eles começam a investigar quem o cometeu. O filme também utiliza a técnica do flashback para contar toda a história. Não é um filme fácil, ele não é tão fluido como os demais dessa lista, mas para os fãs de cinema ele é muito importante e marcou toda uma geração de cineastas de horror.

Nosferatu (1922)


Esse é outro filme alemão com grande influencia do expressionismo, onde abusam do uso das sombras. Essa é uma adaptação não autorizada do livro Drácula de Bram Stoker, onde os herdeiros do escritor não autorizaram a adaptação e por isso eles mudaram nomes e lugares, mas qualquer pessoa que conheça o mínimo sobre Drácula percebe todas as semelhanças. No filme Thomas Hutter vai para Montes carpatos a mando de seu patrão esquisito para fechar um negocio imobiliário com o conde Orlok, lá ele fala sobre Ellen, sua esposa, e faz o vampiro ir para sua cidade atrás de sua mulher e seus habitantes. O filme é em preto e branco (como todos dessa lista) e trás interpretações exageradas como era típico da época, mas nem por isso ruins. O filme demora um pouco mais do que deveria, mas nem por isso é pedante. Esse é outro que é um dever de casa para os cinéfilos.

A noiva de Frankenstein (1935)


Essa é a sequência do filme Frankenstein de 1931, que em meio há algumas desavenças conseguiu sair do papel e conseguiu ser até melhor do que o primeiro filme, mesmo que ele seja indiscutivelmente um dos maiores clássico do terror. Nesse filme temos não um, mais dois doutores malucos e o mentor de Frankenstein, o Dr Pretorius quer convencer o Dr de criar outra vida, quando antes ele só conseguira criar versões pequenas de seres humanos em uma ótima cena da apresentação dessas versões em pequenos potes de vidro, mostrando uma melhora dos efeitos especiais da época. Para convencer ainda mais o médico, o monstro reaparece e exige uma noiva, o fazendo trabalhar incansavelmente por isso. A noiva, mesmo sendo o titulo do filme, aparece pouco, só no ato final, e engana aqueles que queriam ver a versão feminina do monstro (que assim que o vê o rejeita, como todas as outras pessoas), mas o filme se torna interessante pelo aprofundamento nas características da criatura original, que aqui consegue formar palavras (o que desagradou seu interprete Boris Karloff, que também é a Múmia) e cria um vinculo de amizade com um homem cego. O filme oscila entre o terror e a comédia e repete muitas coisas do primeiro (inclusive o It’s alive), mas é imperdível.

Ps: na maioria dessas obras há um predomínio do elenco masculino e a única mulher é sempre a moçinha indefesa e vitima dos desejos do monstro. 

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