Talvez
essa tenha sido a série mais aguardada do ano. Depois de uma primeira temporada
estrondosa, o publico queria saber o que aconteceria com Will e seus amigos
enfrentando os monstros do mundo invertido. O medo da queda na qualidade da
série era enorme, mas a surpresa ao assistir e constatar que ela continua tão
boa quanto à temporada anterior (talvez até melhor) foi um alivio e tanto.
A
2° temporada se passa um ano depois da primeira e Will ainda precisa lidar com
o monstro que está dentro dele, o fazendo ter visões do mundo invertido, em
paralelo a isso novas criaturas desse mundo aparecem e eles precisam
derrota-las.
Sabemos
que a 1° temporada fez sucesso muito sorrateiramente, aos poucos ela foi
conquistando cada vez mais as pessoas, principalmente aqueles apaixonados pelos
anos 80 e pelas referências cinematográficas daquela época, por conta disso ela
me conquistou desde o primeiro trailer, pois sou apaixonada por ET, Goonies, Conta
comigo e todos esses filmes que marcaram essa década, ter a Winona Ryder
aumentou ainda mais o meu interesse, afinal, cresci assistindo aos filmes mais
famosos dela como Edward mãos de tesoura e Os fantasmas se divertem. Por isso
quando saiu o trailer da 2° temporada minha hype aumentou exponencialmente.
Colocar Thriller do Michael Jackson, outra paixão da minha vida, foi golpe
baixo, não tinha como a temporada ser ruim, pelo menos assim esperávamos.
Ainda
bem que ela foi ótima. E foi ótimo reencontrar aquela cidade e seus habitantes
que tanto amamos. Ver as crianças juntas, dessa vez com Will, foi melhor ainda.
E pudemos conhecer mais de Will, já que na outra temporada ele aparece só no
começo, no final, e em flashbacks. Foi legal ver a interação dele com Mike,
Lucas e Dustin.
Voltando
ao trailer, há uma cena em particular de Will e Joyce que antecipava que Noah
seria a grande estrela dessa temporada e ele realmente foi, o menino é
incrível. Finn (Mike), Gaten (Dustin) e Caleb (Lucas) continuam tão bons quanto
na primeira temporada. Principalmente Gaten que está mais divertido do que
nunca, com seus rosnados de leão e seu gosto estranho para bichinhos de
estimação. A nova adição ao time é Sadie Sink como a Max (mad Max, melhor
apelido ever) uma menina que anda de skate, é ótima com vídeo games e que é rejeitada
por Mike, que não aceita outra menina no grupo que não seja a Eleven, fazendo a
mesma coisa que Dustin e Lucas fizeram com a Eleven na primeira. A atriz é bem
talentosa (sério, onde eles acham essas crianças tão boas?) e mesmo sendo um
estereotipo da menina rebelde, consegue quebrar o preconceito de que meninas
tem que fazer coisas de meninas, quando na verdade meninas podem fazer o que
quiser.
Millie
Bobby Brown continua ótima, mas não se destaca tanto quanto na primeira. Ela
tenta buscar respostas do passado e um episódio inteiro é dedicado a isso,
sabemos que é algo importante e faz parte da construção da personagem para as
próximas temporadas e da sua descoberta, mas nem por isso o episódio consegue
ser interessante, ele parece ser completamente desnecessário, a coisa boa é que
uma nova personagem orienta Eleven na magnitude de seus poderes e os aumenta e
a faz lidar com seu passado, mas mesmo assim Eleven punk, really?
Do
elenco adolescente o maior destaque dessa temporada é sem duvidas Steve (Joe
Keery) que na primeira só era o namorado chato e valentão da Nancy, mas aqui
adquire vida própria e consegue ser independente dela, se tornando uma espécie
de babá guerreira das crianças. A internet toda está venerando o personagem,
sua remissão e seus bons momentos (principalmente como mentor de Dustin, que
virou seu padwan) trazem justiça à esse amor todo que estão tendo pelo
personagem. Em contrapartida Nancy (Natalia Dyer) e Jonathan (Charlie Heaton)
se unem para resolver coisas que não soam tão importantes (mesmo sendo). O
romance também não convence muito, está difícil formar um casal nesse núcleo
teen, os das crianças dominam. Uma coisa legal de Nancy é que ela continua
badass e o final há uma cena dela com o Dustin que foi realmente fofo.
Winona
está melhor ainda dessa vez, sem exageros e mais natural em sua personagem, ela
volta e mostra mais uma vez que é uma das melhores mães da atualidade. David
Harbour voltou melhor ainda como Jim Hopper, com suas características de cara
durão, mas mostrando um lado mais sensível e paterno.
Além
de Max, as outras adições foram seu meio irmão Billy (Dacre Montogomery, do
filme Power Rangers) como o bully que diferente de Steve na temporada anterior
parece não ter lado bom nenhum, ele é genuinamente malvado, tanto com sua irmã,
madrasta e com as outras pessoas. Em um dos episódios entendemos porque ele é
assim. E temos também Bob vivido pelo Sean Austin de O senhor dos anéis e
Goonies, que interpreta o namorado da Joyce e se junta à Winona ao elenco
perfeitamente escalado graças aos seus papeis icônicos do passado. Temos também
Paul Reiser que vive um médico que ajuda Will e inicialmente parece ser o novo
Papa, mas não é bem isso.
A
2° temporada de Stranger Things mostra porque ela é hoje um dos produtos mais
queridos e importantes da cultura pop atual, ela cresceu ainda mais (assim como
seu monstro das sombras) e nos salda com coisas já vistas como uma trilha
sonora maravilhosa, ambientação oitentista perfeita e referências as coisas
mais importantes dos anos 80 (a homenagem aos caça fantasmas foi incrível e
totalmente adequada a série) e trás as novidades do universo estar mais
grandioso, os efeitos especiais mais aprimorados, adições ao elenco escolhidas
a dedo (assim como foi com o elenco original) e uma divisão do elenco em duplas
totalmente compatíveis para o crescimento dos personagens, como Eleven e
Hooper, Mike e Will, Steve e Dustin, Lucas e Max e etc... Stranger Things é sim
uma das coisas mais sensacionais e nostálgicas que temos hoje em dia.
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