Esse
é mais um filme do combo: David O. Russell, Jennifer Lawrence, Bradley Cooper e
Robert De Niro. É um filme que conta a história real de Joy, uma inventora e
empresária que inventou o esfregão. Essa pode ser a sinopse apresentada por
todos, mas Joy é muito mais do que isso, se foi fielmente retratada ela passou
por maus bocados na vida. Com uma família disfuncional ela tinha que cuidar de
todo mundo. Da mãe que era depressiva e só ficava dentro do quarto assistindo
novelas, do pai que é meio pirado e vai morar na casa dela, do ex marido que
vive no porão da casa dela, da avó que é a narradora do filme e dos dois
filhos.
De
começo você acha absurdo uma família como aquela, “tão diferente de todas as
famílias diferentes”. Como o marido vive na mesma casa depois de dois anos
separados? Mas aí depois vamos percebendo o porque daquela situação. Ele é um
cantor de boate que não tem grana ai vira um “encostado” na casa dela. O pai é
outro problema, vive em pé de guerra com a mãe de Joy e ex esposa e é largado
na casa delas por uma namorada que não o aguentava mais. E ainda tem uma meia
irmã presunçosa e invejosa que enche o saco dela. Quem assiste percebe o quão é
difícil ser ela. Cuida de todos, mas ninguém cuida dela. Até em encanamento ela
mexe.
Desde
pequena era uma inventora e adorava criar, numa dessas ela tem a ideia do
esfregão, o desenha, o constrói, o patenteia e vai parar na televisão para
vende-lo. Fracassa, depois tem sucesso, depois fracassa de novo e declara
falência ai advinha? Vem o sucesso novamente e ganha muito dinheiro. Isso não é
spoiler pois só pesquisar a Joy da vida real para ver isso.
Jennifer Lawrence é
uma ótima atriz e nada do que faça será ruim. Nesse ela está igualmente bem,
mas nada que possa faze-la ganhar um Oscar e nem ao menos ser indicada. A
impressão é que não acharam ninguém melhor para indicar e botaram ela mesma, já
que a academia gosta muito dela e ela tem simpatia com o publico. O problema é
que já estão começando a forçar a barra e estão fazendo com que até pessoas que
são muito fãs dela como eu fiquem cansados de sua presença no meio dos
indicados. Amo esta mulher maravilhosa mas espero sinceramente que ela não
ganhe dessa vez. Eu ainda não entendi porque o diretor David O. Russell insiste
em coloca-la como mãe ou viúva (no caso do filme O Lado Bom Da Vida) ela é uma
jovem que assim como eu tem 23 anos. Neste filme isso incomoda bastante já que
a filha mais velha dela é grandinha e parece mais irmã ou sobrinha dela. Acho
que o diretor gosta tanto dela que insiste em coloca-la em papeis que seriam
para mulheres na faixa dos 30 anos. Ela meio que despropositadamente tira a
vaga dessas mulheres.Robert De Niro continua confortável e sem se esforçar nas suas atuações e até Bradley Cooper pegou sua doença desta vez. Seu personagem aparece pouco, mas até nessas poucas vezes vemos uma atuação de um homem que parece está exausto e querendo fazer sua cena e ir logo para casa. Os outros personagens também estão apáticos.
David
O. Russell é um bom realizador, mas dessa vez parece que está apenas cumprindo
a cota de filmes por ano, mesmo que o filme não seja ruim e que algumas cenas
valham a pena. Como as que Joy parece estar dentro da novela preferida da mãe e
das vezes que ela vence seus desafios. Há algumas bem emocionantes e o filme é
bonzinho mas nada de excepcional. Lembro que quando ouvi falar dele e soube que
era sobre a inventora do esfregão fiquei meio WHAT??? Qual a necessidade? Mas é
uma boa historia de vida, mesmo que ainda seja sobre a “mulher do esfregão”
talvez um dia façam um filme sobre quem inventou o pau de selfie, quem sabe?
Lawrence fez um grande papel, muito bem sucedida. Além de que a maioria dos filmes do Bradley Cooper são realmente muito divertido. Seus papéis todos têm os seus prós e contras, mas no geral eu acho que é um excelente ator, como a versatilidade de seus papéis é grande, recentemente eu vi americana Sniper e ficou encantado com o seu papel, mas o filme não foi inteiramente de o meu gosto.
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