Quem
diria que o Deus do cinema daria uma nova chance a Deadpool? Depois da
desastrosa aparição no desastroso filme X Men Origens: Wolverine era quase
certo que o “herói” estava morto e enterrado para o cinema. Talvez essa
aparição tenha sido uma grata provação para que o personagem retornasse tão
sarcástico, fazendo piada de tudo e todos e quebrando a quarta parede, uma das
melhores coisas do filme.
Deadpool
na verdade é Wade Wilson, um ex-militar e mercenário que descobre que está com
câncer terminal, mas que logo vê uma chance de cura nas mãos de um homem que
irá leva-lo para um experimento em laboratório. Após sofrer muito e ser
regenerado ele vai atrás do homem que raptou sua namorada.
Olhando
assim até parece ser um filme sobre a donzela em perigo, em que seu herói com
roupa colada vai salva-la. Ele mesmo afirma no começo do filme que Deadpool é
um filme sobre romance, mas logo depois diz que é um filme de terror! Na
verdade Deadpool é um filme com vários gêneros em um só. Tem Drama, tem romance,
tem terror, tem ação e tem muita comédia. Ele é um filme de comédia com a
historia de um anti-herói como plano de fundo. E na maioria das vezes parece
uma daquelas sátiras hollywoodianas, só que com qualidade.
Pelo
começo do filme já sabemos o que nos aguarda. As risadas já começam dali quando
ao invés deles botarem os nomes da equipe, como todo filme, com o nome dos
atores, diretor, produtores, roteiristas e etc... Ele vai criando frases que
caracterizam a função de cada um naquele filme. Parece até aquelas legendas
engraçadas das entrevistas do programa pânico. Gostei muito da singela
homenagem aos roteiristas que são “os heróis de verdade” até que enfim alguém reconhecendo
aqueles que fazem o papel mais difícil numa produção de um filme. Eles são a
alma dos projetos, não existe vida sem eles. E por falar em roteiro, o de
Deadpool está bastante afiado, as piadas são referenciais e bem divertidas,
claro que algumas são escrachadas, mas não poderia ser diferente se levarmos em
conta o personagem dos quadrinhos. Enquanto pegaram firme na comédia, na parte
de desenvolvimento da trama eles pecam um pouco. A historia não é nem um pouco
grandiosa e nem original. É simplesmente o cara ferrado que adquire poderes e
que precisa lidar com eles ai depois precisa lidar com o vilão que sequestrou a
namorada. Sim é a donzela em perigo, mas ela não é tão indefesa assim. A cena
final mostra muito bem isso.
O
dono da frase do abacate é o amigo de Wade, Weasel, interpretado pelo ator T.J
Miller, que apresentou os Critic’s Choice Awards e foi um fiasco. No filme ele
também não está grandes coisas, tem uma piada boa aqui e ali, mas também nada
no nível de seu protagonista. Dos outros atores coadjuvantes se destacaram a
heroína do x-men Negasonic, que apesar de séria e ser a típica adolescente
ranzinza como o próprio deadpool zoa é uma figura legal. Seu parceiro Colossus
também é divertido, apesar dos efeitos especiais horríveis e o sotaque
irritante. Outros que também rendem bons momentos é o taxista particular de
Deadpool e sua companheira de cracolândia a idosa cega. Os encontros com o
taxista rendem ótimos momentos e apesar de alguns terem criticado a
participação da ceguinha e terem achado desnecessária eu achei muito divertida.
Invés de ele usar seu amigo como o “Robin do seu Batman” ele a usa para isso. O
que é muito legal. Os vilões são um dos mais fracos dos filmes de super-herói,
Ajax e Angel Dust parecem até piada.
Mas
não posso deixar de falar da melhor coisa de Deadpool.... O próprio Deadpool.
Ryan Reynolds conquistou o papel de sua vida. Ou melhor, reconquistou e como
ele conseguiu essa proeza é um grande mistério. Seja um ótimo agente, uma
macumba das boas, um teste do sofá... o que tenha sido... o fato é que ele está
melhor do que nunca. Não consigo enxergar outro ator para vestir a roupa do
herói. E o mais interessante é que ele próprio zoa suas escolhas do passado e
questiona seu talento. Tem que ter muito bom humor para isso. Torço muito para
que agora que viram seu talento a carreira dele entre nos eixos e ele faça boas
escolhas.
Deadpool
é a prova de que muitas vezes um filme com uma trama rasa, efeitos especiais
pobres e vilões fracos pode dar certo graças a força e o estrelismo de seu
protagonista e de seus coadjuvantes. E a trilha sonora também está super acertada,
com musicas lentas clássicas dos anos 80 que nossas mães ouviam no cd Good
Times (eu particularmente amo essas musicas e estou ouvindo em looping todas
elas) A direção de Tim Miller (Scott Pilgrim) teve sua chance de reconhecimento
agora. Com Pilgrim ele tinha se saído bem, mas pena que as pessoas não viram.
Ryan assina como produtor e dá pra ver que ele se dedicou inteiramente ao
projeto, fazendo algo que tirou gargalhadas de quem assistia. Mesmo com o
orçamento contado nas moedas (ele próprio tira sarro disso no filme) o filme se
tornou um dos mais eficientes filmes de herói da atualidade.
OBS:
A cena depois dos creditos é indispensável para os cinéfilos e aqueles assim
como eu que amam os filmes High School dos anos 80 <3
Deadpool foi realmente um filme incrível! Eu já imaginava que o filme ia dar certo pelo trailer e posters, e sem falar que Ryan queria muito fazer este filme e ele não iria topar se fossem fazer merda de novo. Eu sai do cinema com vontade de ver mais uma vez!
ResponderExcluirrefugiorustico.com.br
oieee, pois é, também quero MUITO ver novamente :) beijinhos
ExcluirNossa eu amei esse filme sério. Eu não conhecia o personagem. Eu não gosto de X-men então, nunca tinha visto o Deadpool.
ResponderExcluirGostei mtooo mesmo. Parabéns pelo review.
Beijos
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