Esse
livro é a sequencia de A Rainha vermelha, que eu gostei moderadamente. Essa é
mais uma distopia adolescente que como eu falei no review do primeiro livro é
muito semelhante a tantas outras. Essa sequencia parece mais uma ponte para os
próximos acontecimentos e intercala momentos arrastados com outros genuinamente
bons, o único problema que os arrastados prevaleceram dessa vez.
Mare
conseguiu escapar das garras de Maven e sua mãe e também descobriu que não é a
única de sangue vermelho que tem poderes, nesse livro ela vai se juntar a Carl,
seu irmão Shade que ela achou que estivesse morto, seu melhor amigo Kilorne, Farley
e outros para recrutar sanguenovos e formar um exército contra Maven e o
governo.
Essa
sequencia começa na correria da onde o livro anterior parou. Com Carl e Mare
difamados e sendo procurados pelos prateados. E Com Maven mais forte e mais
temido do que nunca, o que me incomoda um pouco porque as vezes me sinto como a
Mare, sinto falta do antigo príncipe com sua inocência e “bondade” ela fica remoendo
isso por todo livro e visivelmente sente falta dele, tive a impressão que é por
ele que ela estava apaixonada.A conclusão precipitada de que Mare é apaixonada por Maven se dá também graças a total falta de sentimentos românticos dela por Carl. Eles batalham, planejam e dormem na mesma cama, mas nada acontece. Não há faísca, não há sinal de nada. Há um momento ou outro de contato físico e tal mas nada memorável, tanto que nem sequer me lembro se teve beijo rs para verem o nível de química 0 que esse casal tem. Em certos momentos me pegava torcendo para o príncipe (agora rei) ficar bonzinho de novo e a garota elétrica ser trouxa e voltar para ele.
E
para piorar o livro ainda inventa um amor platônico de Kilorne por ela. Os
autores realmente não conseguem se segurar, eles sempre têm que querer
transformar uma amizade de infância em romance, não sei qual a necessidade
disso, alguém tem que informa-los que existe sim amizade entre homem e mulher,
pior ainda quando é de infância e nós vemos a outra pessoa como um irmão (a).
Nesse
livro vemos a família completa de Mare, com os irmãos que voltaram e ela que
volta para eles. Gisa que é uma interessante personagem nunca é explorada como
deveria, há até um possível par romântico para ela, mas nem isso eles
desenvolvem. Ela é definitivamente a
Prim desse universo.
E
por falar em Prim e jogos vorazes, a protagonista está mais Katniss do que
nunca. Afetada pelas coisas que passou, séria e mais cruel. A velha formula da
menina que já não era flor que se cheire e volta pior depois da guerra. Há
trechos particularmente irritantes em que ela fica se enaltecendo mesmo que sem
querer. Para uma menina insegura ela está se garantindo até demais.
A
espada de vidro tem uma narrativa bem arrastada mesclada com algumas boas cenas
de batalha e cenas emotivas. Acontecem duas mortes inesperadas, uma de partir o
coração e outra que foi muito bem vinda, mesmo que tenha acontecido tão
abruptamente que nem sequer deu tempo de sentir o gosto da satisfação. Há a
introdução de bons personagens novos, uns bastante interessantes outros
descartáveis. Ele tem um bom final que nos faz querer ler logo sua sequencia
intitulada de A prisão do rei, que sairá em 6 de março.
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