O
primeiro filme de Minha Mãe é uma peça foi um sucesso estrondoso, a razão dele
é basicamente a identificação que as pessoas fazem com aquela mãe barraqueira e
engraçada. Dona Hermínia tem um pouco de cada mãe e nós nos identificamos com
isso, além dos próprios filhos também, como a personagem principal mesma disse
no primeiro filme: Mãe é tudo igual, filho também é tudo igual, e esse é o
segredo do sucesso de Minha mãe é uma peça que saiu dos teatros e foi para o
cinema, o segundo filme também está fazendo muito sucesso mesmo não sendo tão
bom quanto o primeiro.
Minha
mãe é uma peça 2 também é escrito e protagonizado por Paulo Gustavo e nesse
filme Dona Hermínia precisa lidar com os filhos indo se mudar para São Paulo.
Ao
ver o trailer imaginávamos que a mudança de Marcelina e Juliano seria o enredo
principal, mas pouco se aprofunda nisso. é claro que Hermínia fica louca com a
possibilidade deles partirem, e o filme também aborda a solidão dos pais quando
os filhos saem de casa mas isso não é nem 10% da trama, na verdade não temos um
ponto principal, temos um filme que funciona como uma novela ou um programa do
multishow que é bem cotidiano e quer abordar vários assuntos. Além desse
assunto já citado ele aborda temas como doença, descoberta sexual, ex-marido com
crise da meia idade, ser avó, morte e a relação entre irmãs, quando a irmã de Hermínia
volta de Nova york para morar com ela. São tantos assuntos a tratar que quem
assiste pode demorar a se conectar com o filme, por vezes nem parecia Minha mãe
é uma peça.
E
não só de piadas vive o filme, surpreendentemente nesse há muito drama o que
também afeta na identificação com aquele publico que amou o besteirol do
primeiro, mas isso não é ruim, pelo contrario, Paulo Gustavo está muito bem
graças as cenas de drama, nas de comédia sabemos que ele é ótimo, até achei que
ele ficaria mais sem graça nesse pela sua fraquíssima 2° temporada de 220 volts,
mas não, ele continua ótimo como ator de comédia e se revela um ótimo ator de
drama também. Destaque também para o restante do elenco que está muito bem. A
adição de Patricya Travassos como a irmã espevitada da protagonista foi muito
bem vinda, rendeu boas risadas.
Assisti
Minha mãe é uma peça com a minha mãe, rimos e nos identificamos muito em alguns
momentos (mais uma vez), no filme anterior ai que teve mais comparações ainda e
esse filme é feito para isso, para tirar sarro das nossas relações reais e para
rir com a família. Não tem nenhum roteiro brilhante, pelo contrario, há buracos
de roteiro enormes e a edição é bem mal executada. Também não há brilhantismo
na direção, esse filme é daqueles brasileiros feitos para os atores brilharem e
isso acontece, gostei muito do final, aquela redenção de Dona Hermínia é algo
que gostaria muito que minha mãe fizesse, e que outras mães também, um pouco de
liberdade depois de viver uma vida toda pros
filhos deveria ser de lei.
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