Serraria
baixo astral é o 4° livro de Desventuras em série, e com ele a minha missão de
ler os 4 livros correspondentes a 1° temporada da série da Netflix esta
cumprida, mas nem por isso quero deixar de ler os outros, pelo contrario,
espero faze-lo o mais rápido possível, pois realmente estou apaixonada por
esses livros.
Em
Serraria baixo astral os órfãos Baudelaire vão morar com outro tutor, a
diferença desse é que eles não vão para uma casa e sim para uma fabrica onde
também são obrigados a trabalhar.
Um
dos atrativos de Desventuras em série é que mesmo sendo livros infantis eles
falam muito com os adultos, ele faz criticas a varias coisas ruins da nossa
sociedade (mesmo em um tom ameno e fantasioso) e faz homenagens a vários
autores renomados e obras clássicas. Mas isso já foi dito nas minhas resenhas anteriores dos três primeiros livros. E achávamos que as criticas sociais
tinham acabado ou seriam as mesmas, aquelas sobre o sistema de adoção falho e a
incredulidade dos adultos frente ao apelo das crianças por conta da falta de
imaginação deles. Mas nesse o autor faz uma critica disfarçada da revolução
industrial, de quando as maquinas dominaram a Inglaterra e fizeram as pessoas
escravas que trabalhavam em um sistema insalubre.
Os
personagens moram e trabalham na fabrica
ironicamente chamada de Alto astral, acordam bem cedo, trabalham
duramente no ramo da serralheria e almoçam chiclete (SIM) e só tem um jantar no
final do dia, depois de trabalharem o dia todo, e com eles Violet, Klaus e
Sunny, três crianças, assim como acontecia nas primeiras fabricas onde crianças
trabalhavam como adultos e nas mesmas condições terríveis que eles.
E
eles também criticam a alienação do povo que não questionava seus superiores
mas sim obedeciam e independente do que os patrões mandassem eles fazer eles
diziam: “sim senhor” tudo isso na figura do Klaus que sofre lavagem cerebral
após ir no consultório da Dra Orwell, uma oftalmologista que estava mancomunada
com o Conde Olaf que nesse livro está disfarçado como sua secretaria.
Tirando
esses elementos mais obscuros e fortes temos muita coisa fantasiosa que ameniza
o tom desse que é o livro mais sério de todos, inclusive uma luta de espadas
onde a arma de Sunny é seus próprios dentinhos afiados.
Serraria
Baixo astral é bem melhor do que seu antecessor O lago das sanguessugas, a
leitura flui mais facilmente assim como os dois primeiros livros e continua a
encantar aqueles que o leem, estou sempre ansiosa para descobrir as próximas
aventuras dessas crianças tão fofas e tão azaradas.
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